quarta-feira, 31 de agosto de 2011

História de Carly - Autismo


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Quebrando Limites





Foto: Reuters 





Este mês tivemos a grata surpresa em ver participando do Mundial de Atletismo 
em Daegu, na Coreia do Sul, o primeiro atleta paraolímpico a competir em um 
Mundial. Oscar Pistorius teve amputadas suas pernas desde os 11 meses de idade. 
O sul-africano passou da eliminatória realizada no último sábado sem grandes 
dificuldades ao correr em 45s39. O tempo lhe renderia um lugar na decisão. 
Infelizmente, hoje acabou na semifinal o sonho de Oscar Pistorius no Mundial 
de atletismo, com tempo de 46s19, o sul-africano foi o último colocado em sua
série (22º no geral) e deu adeus à disputa da prova dos 400m.

Pistorius ainda participará do revezamento 4x400m com a África do Sul. A 
primeira eliminatória ocorrerá na próxima quinta-feira.


Lean Franco - 29/08/2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Pai cria jogo de computador para ajudar no tratamento de doença da filha


Foto: Universidade de Derby
David Day (à frente) contou com apoio de colegas como Andreas Oikonomou para ajudar a filha Alicia 

O pai de uma menina de 4 anos que sofre de fibrose cística desenvolveu um jogo de computador que ajuda no tratamento da doença.
David Day, que é professor de computação e matemática na Universidade de Derby, na Grã-Bretanha, sofria com as sessões diárias de fisioterapia respiratória com a filha Alicia.
"Toda noite, ela chorava e gritava e fugia e a coisa estava ficando progressivamente mais difícil quanto mais velha ela ficava", diz Day.
Foi então que ele percebeu que poderia usar o talento de seus colegas de universidade para diminuir o sofrimento da menina. Junto com especialistas da Escola de Computação e Matemática, ele desenvolveu uma linha de jogos de computador que tornam o tratamento divertido e ainda podem ajudar a monitorar a progressão da doença.
Ao respirar através de uma máscara conectada por tubos aos computador, as crianças controlam personagens e formas na tela ao expirar com determinada força.

Doença incurável
A fibrose cística é uma doença genética grave e incurável que causa uma alteração nas glândulas que faz com que o corpo produza um muco mais espesso, que bloqueia as vias respiratórias e outros órgãos.
"As crianças precisam de fisioterapia regular para que possam expelir o muco de seus pulmões, caso contrário ele vira local de proliferação de bactérias que podem agravar seu estado de saúde", explica Day.
"A fisioterapia inclui leves batidas nas costas ou peito do paciente. Também usamos uma máscara de pressão expiratória positiva (PEP), que é colocada no rosto e que dificulta a expiração, fazendo com que eles puxem o muco do pulmão e consigam expeli-lo tossindo. As crianças acham o tratamento de PEP difícil, desagradável e chato e pode ser bastante complicado conseguir que elas façam os exercícios."

Evolução
Foto: BBC
Além de um jogo com flores, há outros com piratas e dragões
Após observar a evolução dos videogames nos últimos anos, Day achou que seria possível criar um jogo que tornasse a fisioterapia mais atraente para as crianças.
Usando verbas da universidade e de bolsas de pesquisa europeias, a equipe de jogos de computador de Derby transformou a ideia em realidade.
Os pesquisadores colocaram um dispositivo na máscara de PEP que converte a respiração das crianças em sinais eletrônicos. Controlando sua respiração, elas controlam também os personagens na tela.
A tecnologia é similar à maneira como paraplégicos usam tubos respiratórios para controlar cadeiras de rodas e outros aparelhos eletrônicos.
"Organizando um registro da performance do jogador ao longo do tempo, um médico pode aferir a eficiência de seus pulmões. A flexibilidade dos jogos significa que mesmo as crianças mais jovens conseguem jogar nos níveis iniciais", explica Andreas Oikonomou, especialista em jogos de computador da universidade.

Flores e dragões
Segundo David Day, o efeito em Alicia foi imediato.
"Ela soprou no aparelho, viu flores na tela e olhou para mim com uma expressão maravilhada", diz o pai.
Foto: BBC
Alicia agora se diverte durante as sessões de fisioterapia
"Ela me perguntou como funcionava e eu disse que era mágica. Ela adorou e desde então, isso tirou toda a pressão e preocupação de garantir que ela fizesse a fisioterapia."
Além do jogo das flores, o favorito de Alicia, a equipe também desenvolveu jogos com navios piratas e dragões.
Agora, Day espera conseguir verbas para testar os jogos com mais dez crianças, entre seis e nove anos de idade.
"Esperamos que nos próximos 12 meses tenhamos uma versão disso à venda para o público para que outras crianças e pais possam se beneficiar. Até onde sei, todos os pais sofrem para conseguir que os filhos façam a fisioterapia", diz o professor.
"É uma batalha que todos os pais de crianças com fibrose cística têm de lutar, então acho que o que estamos fazendo é absolutamente fundamental."
O Grupo Brasileiro de Estudos de Fibrose Cística (GBEFC) afirma que há mais de 2,5 mil pacientes com fibrose cística em tratamento no Brasil, mas segundo a associação, para cada paciente diagnosticado no país, há quatro sem diagnóstico.

Publicado originalmente em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2011/08/110818_fibrosecistica_is.shtml

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Malformação de Dandy-Walker


Dandy-Walker Org

Malformação de Dandy-Walker (MDW) é uma malformação cerebral que ocorre durante o desenvolvimento embrionário do cerebelo e do 4º ventrículo . O cerebelo é a área do cérebro que ajuda a coordenar o movimento, e também está envolvido com a cognição e comportamento. O 4º ventrículo é uma das quatro cavidades preenchidas por fluido que compreendem o sistema ventricular no interior do encéfalo humano. A MDW é caracterizada pelo subdesenvolvimento (pequeno tamanho e posição anormal) da parte média do cerebelo conhecido como o vermis cerebelar, alargamento cística do 4º ventrículo  e alargamento da base do crânio (fossa posterior). A MDW é, por vezes (20-80%) associada com hidrocefalia, em que o bloqueio do fluxo normal do líquido espinhal leva a quantidades excessivas de líquido acumulado em torno do cérebro. Isto leva a uma pressão anormalmente elevada dentro do crânio e inchaço da cabeça, e pode levar a comprometimento neurológico.

Tradução: Lean F. Franco
Texto original: http://www.rarediseases.org/rare-disease-information/rare-diseases/byID/275/viewAbstract


Como devo cuidar dos dentes do meu bebê?

.
                                     Foto: Thinkstock

Limpar corretamente a gengiva do bebê é essencial para um desenvolvimento saudável
O que são as cáries de mamadeira e como evitá-las?

Os bons cuidados bucais começam cedo na vida. Mesmo antes dos dentes do bebê nascerem, existem alguns fatores que podem afetar sua futura aparência e saúde. Por exemplo, a tetraciclina, um antibiótico comum, pode causar a descoloração ou manchas nos dentes. Por esta razão, não deve ser usada por mães que estão amamentando ou mulheres na segunda metade da gravidez.
Como os dentes do bebê geralmente nascem por volta dos seis meses de idade, não há razão para usar os procedimentos padrão da higiene bucal, ou seja, a escovação e o uso do fio dental. Mas, os bebês têm necessidade de cuidados bucais especiais que todos os pais devem conhecer. Entre esses cuidados estão a prevenção das cáries causadas pelo uso da mamadeira e a certeza de que seu filho está recebendo uma quantidade adequada de flúor.

São cáries causadas pela exposição freqüente a líquidos que contém açúcar, como o leite, as fórmulas comerciais preparadas para bebês e os sucos de fruta. Os líquidos que contém açúcar se acumulam ao redor dos dentes por longos períodos de tempo, enquanto seu bebê está dormindo, provocando as cáries, que primeiro se desenvolvem nos dentes anteriores, tanto da arcada inferior quanto da superior. Por esta razão, nunca deixe sua criança adormecer com a mamadeira de leite ou suco na boca. Ao invés disso, na hora de dormir, dê a ele uma mamadeira com água ou uma chupeta que tenha sido recomendada pelo seu dentista. Ao amamentar, não deixe o bebê se alimentar continuamente. E após cada mamada, limpe os dentes e as gengivas do seu bebê com um pano ou uma gaze umedecidos.

O que é o flúor? Como saber se meu bebê está recebendo a quantidade certa de flúor?
O flúor faz bem mesmo antes de os dentes do seu filho começarem a aparecer. Ele fortalece o esmalte dos dentes enquanto estes estão se formando. Muitas empresas de distribuição de água adicionam a quantidade de flúor adequada ao desenvolvimento dos dentes. Para saber se a água que você recebe em casa contém flúor e qual a quantidade de flúor que é colocada nela, ligue para a empresa de distribuição de água no seu município. Se a água que você recebe não tem flúor (ou não contém a quantidade adequada), fale com seu pediatra ou dentista sobre as gotas de flúor que podem ser administradas ao seu bebê diariamente. Se você usa água engarrafada para beber e para cozinhar, avise seu dentista ou médico. É possível que eles receitem suplementos de flúor para seu bebê.

Artigo fornecido pela Colgate-Palmolive. Copyright 2011 Colgate-Palmolive.
Todos os direitos reservados.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Estudo abre caminho para tratamentos que evitem o alastramento do câncer


câncer/SPL
Ao se espalhar pelo corpo, a doença se torna mais agressiva e difícil de tratar


Cientistas britânicos dizem ter descoberto de que forma células cancerosas conseguem sair de tumores e se espalhar pelo corpo, um avanço que abre caminho para o desenvolvimento de drogas que impeçam o alastramento da doença.
Os pesquisadores, do Institute of Cancer Research, em Londres, Inglaterra, dizem ter identificado uma proteína conhecida como JAK que ajuda as células cancerosas a gerar força necessária para o alastramento.
Em artigo publicado na revista Cancer Cell, a equipe diz que as células se contraem como músculos para gerar a energia que permitirá que se movam, forçando seu caminho pelo organismo.
Quando um câncer se espalha - um processo conhecido como metástase - ele se torna mais difícil de tratar, já que tumores secundários tendem a ser mais agressivos.
Estima-se que 90% das mortes provocadas pelo câncer ocorram após a metástase - o que torna imperativo que o processo de alastramento da doença seja controlado.

A proteína JAK
Após estudar substâncias químicas envolvidas no processo de alastramento das células em melanomas - câncer de pele -, a equipe concluiu que as células cancerosas se alastram de duas formas.
Elas podem forçar sua passagem para fora de um tumor ou o próprio tumor forma corredores por meio dos quais as células podem escapar.
O líder do estudo, Chris Marshall, disse que ambos os processos são controlados pela mesma substância.
"Existe um padrão comum de uso da força gerada pelo mesmo mecanismo, uma mesma molécula, chamada JAK", ele disse.
A proteína JAK já é conhecida por especialistas que estudam o câncer. Ela já foi, por exemplo, associada à leucemia. Por conta disso, já há drogas sendo desenvolvidas para atuar sobre ela.
"Nosso novo estudo sugere que essas drogas possam, talvez, interromper também o alastramento do câncer", disse Marshall.
"O teste vai ser quando começarmos a ver se qualquer desses agentes vai impedir o alastramento. Estamos pensando em (realizar) testes clínicos nos próximos anos", acrescentou.


Desafio
Uma representante da entidade de fomento a pesquisas sobre o câncer Cancer Research UK disse que o grande desafio no tratamento da doença é impedir o alastramento pelo corpo e manter o câncer que já se alastrou sob controle.
A representante, Lesley Walker, disse: "Descobrir como as células cancerosas podem abrir passagem pelos tecidos, saindo dos tumores primários e se espalhando por outras áreas, dá aos cientistas uma melhor compreensão a respeito de formas de parar o alastramento".

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

9 erros dos pais no desenvolvimento da fala das crianças

Por: Renata Losso, especial para o iG São Paulo | 13/08/2011 07:57



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9 erros dos pais no desenvolvimento da fala das crianças Entenda - e aprenda a evitar - os equívocos mais comuns cometidos pelos adultos quando os filhos estão aprendendo a falar
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9 erros dos pais no desenvolvimento da fala das crianças Entenda - e aprenda a evitar - os equívocos mais comuns cometidos pelos adultos quando os filhos estão aprendendo a falar
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Foto: Getty Images 
 
Desenvolvimento da fala: evite os erros comuns que atrapalham as crianças
Desde o nascimento dos filhos, um dos momentos mais esperados é o da primeira palavra – e que ela seja, de preferência, “mamã” ou “papá”. Mas, sem saber, os pais podem atrapalhar o caminho natural da criança rumo à fala. Antes mesmo do seu filho começar a emitir os primeiros sons, algumas atitudes devem ser evitadas. Entenda quais são os principais erros cometidos e aprenda a evitá-los.

1. Não repita a palavra errada

Um dos equívocos mais comuns dos pais é repetir a palavra errada que o filho disse antes de corrigi-lo. A fonoaudióloga Bianca Sabbag, especialista em linguagem da EDAC (Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico), em São Paulo, explica: se a criança disser “pato” em vez de “prato”, os pais não devem dar respostas como “não é 'pato', é 'prato'”. A melhor opção é somente repetir a palavra correta – de maneira exagerada, se necessário: “Ah, você quer o prato? A mamãe vai pegar o prato para você”. “Nunca dê o modelo errado. E dar as duas informações para a criança pode dificultar o desenvolvimento da linguagem”, afirma.

2. Evite o tatibitate

Trocar as consoantes e abusar dos diminutivos, dizendo sempre “ti nenê bonitinho da mamãezinha” em vez de “que nenê bonito da mamãe”, também atrapalha o desenvolvimento da linguagem infantil. De acordo com a fonoaudióloga clínica Danielle Lins, de Belo Horizonte, ao conversar com os filhos que ainda não sabem o som correto das palavras, é melhor não usá-las sempre no diminutivo. O ideal é empregar o vocabulário adequado desde a chegada do bebê, já que ele está desenvolvendo a fala durante os primeiros anos de vida. “Até os cinco anos de idade ele já deve estar se comunicando muito bem”, diz Patrícia Junqueira, fonoaudióloga do Hospital São Luiz, em São Paulo.

3. Não use palavras substitutas

Falar sempre corretamente com a criança é a melhor escolha que os pais podem fazer, embora às vezes pareça difícil. Falar errado ou substituir palavras por outras inexistentes, mas mais fáceis – como mamadeira por “tetê” – pode parecer uma mão na roda, mas não é. Como a palavra certa é outra, a criança tem que aprender duas vezes. “Como a criança tende a se espelhar no adulto, se eles falarem errado, ela será influenciada”, diz a fonoaudióloga Lindsei Paupitz, do Hospital Pequeno Príncipe, em Porto Alegre.

4. Não antecipe nem interrompa a criança

Quando a criança está com dificuldades para completar uma frase, não a apresse. “É preciso deixá-la falar no tempo dela, e os pais não podem competir com isso”, diz Lindsei. Se os pais se habituarem a antecipar o discurso, a criança sempre vai esperar que alguém fale por ela.

O problema se agrava na fase da gagueira, comum por volta dos três ou quatro anos de idade. De acordo com Bianca, nesta época costuma haver um aumento repentino do vocabulário e a elaboração mental não acompanha a elaboração motora. “Ela acaba gaguejando, atropelando as palavras e se repetindo”, diz. Interromper as crianças o tempo todo também faz com que elas se estressem.

5. Não aceite a linguagem gestual

Muitas crianças usam gestos para conseguir o que querem. A linguagem gestual pode ser uma ponte, mas deve ser superada. Se os pais sempre entregam ao filho um objeto simplesmente apontado, a criança se habitua e não aprende a pedir o que quer. “Isso cria a substituição da linguagem oral pela gestual. Embora a criança ainda não fale, o pai deve explicar o que é aquilo”, diz Patrícia Junqueira. Por isso, no momento em que o filho apontar a mamadeira, é indicado que os pais digam: “Ah, você quer a mamadeira? Papai vai te dar a mamadeira”.

6. Não permita chupeta ou mamadeira após os dois anos de idade

Permitir que a criança fale com a chupeta na boca atrapalha a pronúcia e dificulta o aprendizado. “Estes hábitos causam um posicionamento incorreto e podem gerar até mesmo uma flacidez da língua”, diz Patrícia.

7. Não torne a palavra errada uma diversão para a família

Não raro, uma palavra falada errada soa tão divertida e engraçadinha que se torna um entretenimento familiar. Mas repetir demais a brincadeira pode trazer problemas, alerta a fonoaudióloga Regina Donnamaria Morais, do Grupo de Saúde Oral da SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo). “Prolongar por muito tempo uma forma de fala equivocada dá, aos pais, um prolongamento do tempo de infantilidade do filho”. Quanto mais tempo isso prevalecer, mais complicado será corrigir.

8. Fale na altura da criança sempre que possível

Bianca Sabbag, especialista do EDAC, também indica aos pais ficar na mesma altura da criança ao se comunicar com ela. “Abaixar para conversar e olhar no olho da criança é muito importante, para que ela tenha esse modelo visual”, diz. Poder observar os movimentos da boca do adulto colabora bastante para o desenvolvimento da fala infantil.

9. Se necessário, procure ajuda

Cada criança tem um tempo de desenvolvimento próprio e isso também vale para a fala. Mas existem alguns marcos gerais. De acordo com a fonoaudióloga Patrícia Junqueira, a partir dos dois anos de idade a criança já deve ser capaz de dar um movimento ao diálogo, formando frases como “quer água” ou “dá mamar”. Até os quatro anos e meio, a criança já deve conseguir usar a linguagem muito bem, explicando situações e articulando adequadamente todos os sons. “Esta idade é o limite”, diz Bianca Sabbag. Se a criança ainda tiver dificuldades depois deste período, é indicado procurar um profissional da área. E se ela não realizou o teste da orelhinha ao nascer, é melhor correr atrás o quanto antes. Ela pode estar com problemas de audição.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Modelo surda supera preconceitos do mundo da moda


 . Foto: Divulgação
Brenda Costa faz leitura de lábios para compreender fotógrafos

Por: Marina Pita

Brenda Costa é modelo e trabalha por todo o mundo. Chama a atenção de todos por sua beleza mas, mais ainda por sua força de vontade para superar preconceitos e barreiras no mercado da moda internacional. Brenda é surda e considerada uma das mais belas profissionais da atualidade, depois de ouvir muito "não" de quem achava que ela não conseguiria responder às demandas dos fotógrafos.
"Todos me olhavam em diziam: nossa, você é linda! Mas como consegue trabalhar, saber o que o fotógrafo precisa? Na passarela, também duvidavam que eu pudesse andar no ritmo", lembra a modelo. A resposta profissional que ela dava a todos sempre foi muito simples: "sou normal, veja meu book e faça um teste".
Assim, aos poucos ela conseguiu superar os preconceitos em relação às pessoas com deficiência. Em sua rotina, pouca coisa difere da de uma profissional ouvinte. O despertador de Brenda vibra em baixo do travesseiro e ela está sempre munida do smartphone que a auxilia em diversas tarefas.
Ainda, a bela precisa estar sempre atenta ao fotógrafo nos estúdios para conseguir responder aos pedidos, mas isso é algo natural para uma pessoa ligado ao seu entorno, como ela mesma se define. "Tamanha atenção e empenho fazem com que eu desempenhe muito bem minhas funções, como qualquer modelo ouvinte", diz.
Como desde pequena Brenda conviveu com ouvintes, estudou em escolas regulares e teve acompanhamento de fonoaudióloga, pode ler lábios bem, ao ponto de muitas pessoas não perceberem. A modelo ri e acha graça quando não raro alguém pergunta porque sua voz é "diferente". "Ninguém acha que sou surda. Até eu esqueço e, às vezes me atropelo com as palavras, porque sou muito ansiosa e penso muito rápido".
Para ela, ainda falta incentivo para que pessoas com deficiência assumam mais diversos postos de trabalho e invistam nas mais variadas carreiras. "Temos que mostrar quem somos. Somos mais cobrados e precisamos provar que somos capazes", afirma a modelo. A lei de cotas, em sua avaliação, é um importante instrumento para inserir pessoas com deficiência no mercado de trabalho e, mais do que isso, diminuir o preconceito.
"As pessoas passam a conviver e aceitar as pessoas com deficiência", diz. Segundo ela, para acabar com o preconceito é preciso aumentar o número de oportunidades, algo que já está acontecendo. "Ter a cabeça fechada é muito feio. O mundo mudou e precisamos vencer mais esse desafio". Para contar sua história, Brenda lançou no Brasil o livro "Bela do silêncio", pela Editora Martins Fontes.

Publicação original em: http://invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade/noticias/0,,OI5293599-EI17840,00.html

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Órgãos Públicos Municipais podem ter que contratar tradutor de libras


 

Órgãos Públicos Municipais podem ser obrigados a contar com pelo menos um funcionário tradutor da Linguagem Brasileira de Sinais – a Libras. Esta é a determinação do projeto de lei do vereador Roberto Hinça, do PDT. De acordo com ele, o objetivo é que as pessoas com deficiência auditiva sejam atendidas da melhor forma possível. O vereador afirmou que em alguns órgãos já existe esta preocupação e que a ideia é conscientizar todos as demais entidades.O projeto deve ser votado hoje (terça 09/08/2011).

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

90% dos ônibus de Curtiba são adaptados a portadores de necessidades especiais

04/08/2011
principal





Única cidade do mundo a contar com um sistema de transporte urbano exclusivo para portadores de necessidades especiais – o Sistema Integrado de Transporte para Ensino Especial (Sites) – Curitiba também vai cumprir, com folga, a exigência legal de 100% de acessibilidade nos ônibus até 2014.
Noventa por cento dos ônibus da frota operante da Rede Integrada de Transporte (RIT) já estão adequados à legislação, com elevadores, espaço para cadeirantes e acompanhantes e balaustres em relevo próximo aos bancos exclusivos para pessoas com deficiência.
Estes ônibus atendem a 85% das 355 linhas da Rede o que inclui as 18 linhas de Ligeirinhos (Linhas Diretas) onde a acessibilidade já é de 100%. Ou seja, todos os 395 ônibus da frota de Ligeirinhos estão dentro das normas nacionais de acessibilidade.
Além dos ônibus, também as estações tubo estão sendo adequadas. Atualmente, 87% das estações são acessíveis, com elevadores ou rampas. As rampas são a melhor alternativa em estações onde a altura em relação à calçada é pequena.
Transporte Especial – Os curitibanos também contam com um serviço pioneiro no mundo. É o transporte prestado a alunos especiais por 56 ônibus que fazem 52 linhas e contam com terminal exclusivo. Todos os ônibus circulam com atendentes que auxiliam os alunos no embarque, desembarque e acomodação dentro do veículo, garantindo que todos viajem com segurança.
Implantado em 1984, o sistema é operado em parceria pela Urbs e Secretaria Municipal da Educação e atende atualmente 2.429 alunos de 35 instituições de ensino especial. Do total de alunos atendidos, 1.128 usam ônibus a partir do Terminal do Sites, que fica na avenida Visconde de Guarapuava, 830, entre as ruas Padre Germano Mayer e Schiller.
Outros 1.304 alunos são atendidos no próprio bairro, o mais próximo de suas casas, pelas chamadas linhas diretas. São 31 linhas que percorrem a cidade de Norte a Sul e de Leste a Oeste. O ponto mais distante fica no Tatuquara, perto do conjunto Rio Bonito, já na divisa com Araucária.
O serviço diferenciado prestado pelo Sites, conta Airton Correa, que há 25 anos coordena o sistema especial de transporte, tem atraído visitantes de várias cidades tanto do Brasil quanto do exterior. “As pessoas chegam aqui e ficam admiradas com o serviço por sua importância na qualidade de vida dos alunos e suas famílias”, conta. “Não tenho dúvida de que, sem o Sites, muitas destas famílias simplesmente não teriam como levar os alunos até as instituições”, completa.
 
Publicado originalmente em: http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/acessibilidade-nos-onibus-de-curitiba-chega-a-90/23784

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Brilho diferente em olho leva a diagnóstico de câncer em bebê


A bebê Darcey (BBC)
Amiga identificou brilho estranho no olho de Darcey em fotografia

Ativistas querem que pais sejam alertados sobre uma forma rara de câncer que pode ser detectada através de sinais no olho da criança.
O retinoblastoma, um tumor maligno da retina que afeta crianças com menos cinco anos de idade, pode levar à remoção do olho se houver demora no tratamento.
Detectar a presença do tumor o mais rápido possível pode acabar sendo decisivo - o que pode ser feito com ajuda de uma mera fotografia.
O sinal mais claro do retinoblastoma é um tipo de brilho branco na pupila do olho, causado pelo reflexo da luz do tumor na parte posterior do olho do bebê. Ele pode ser detectado em fotos do rosto da criança, especialmente quando a cor branca de um olho contrasta com a cor do outro olho.
Ali Fryer, mãe do pequeno Darcey, deve à observação de uma amiga o diagnóstico de sua filha de seis meses, que se deu em fevereiro.
“Uma ex-aluna de piano minha viu um pequeno brilho no olho direito de Darcey (em uma foto) e sugeriu que eu a levasse ao médico. Eu a levei na manhã seguinte e nosso médico nos conduziu diretamente para a emergência. Naquela tarde mesmo (o diagnóstico) foi confirmado’’, conta a mãe.
Ali nunca havia ouvido falar dessa condição. Ela e seu marido não tinham ideia do futuro que seria reservado à sua filha. Foi uma época confusa e penosa.
“Se o tumor tivesse sido um pouco maior, o olho dela teria de ser removido. No momento há um chance de que em seis meses a quimioterapia possa salvar seu olho’’, conta a mãe.
Tratamento
Darcey foi submetida a quimioterapia e a exames regulares sob anestesia, para avaliar o seu progresso.
A criança conta com uma chance de 50% de manter o seu olho direito. Há o perigo de que o tumor se propague para o olho esquerdo – mas é raro que isso aconteça.
No momento, a quimioterapia vem reduzindo o retinoblastoma e Darcey está lidando bem com os efeitos colaterais.

Ilustração de retinoblastoma (BBC)
Fotomontagem mostra como foto acusa sintomas de retinoblastoma 

A mãe conta que foram prescritos remédios que visam amenizar os efeitos colaterais do tratamento, como uma solução de lactose para combater a constipação, e "um creme maravilhoso para prevenir o ressecamento da pele e a perda de cabelo". "Bem, ela só tem alguns fios, de qualquer maneira", afirma Ali.
A família vem recebendo a visita de enfermeiras duas vezes por semana. Elas monitoram a quimioterapia e realizam testes sanguíneos.
Na Grã-Bretanha, a retinoblastoma afeta um em cada 20 mil bebês por ano e representa 3% dos tipos de câncer no país.
A boa notícia é que 98% das crianças submetidas a tratamento sobrevivem. Mas cerca de 80% das crianças afetadas acabam tendo o olho removido porque a maior parte dos casos não é diagnosticada cedo o suficiente.
Prevenção
Ashwin Reddy, cirurgião ocular infantil e perito em retinoblastoma do Royal London Hospital diz que o tumor é capaz de matar.
“Detectar o reflexo branco ou brilho branco no olho pode fazer uma diferença vital porque, assim, o tumor não vai estar tão evoluído e nós não seremos obrigados a remover o olho’’, afirma.
A quimioterapia é o tratamento padrão para o retinoblastoma, mas também podem ser usados terapia a laser e radioterapia.
Um tipo relativamente novo de quimioterapia no qual medicamentos são submetidos diretamente ao olho por meio de uma artéria na perna evita as tradicionais complicações decorrentes da quimioterapia tradicional, que é aplicada através de uma linha intravenosa central.
Mas ainda não há garantias de que novos tratamentos sejam bem-sucedidos.
Crianças que acabam tendo de ter seu olho removido podem tê-lo substituído por um olho artificial aplicado seis semanas após a operação.
Ali Fryer adverte para a a necessidade de detectar os sinais da retinoblastoma ainda no estágio inicial.
“Se você constatar algo incomum no olho de seu bebê ou de sua criança, por favor leve-a ao médico. Pode muito bem não ser nada e você poderá permanecer tranquilo. Ou pode ser algo que exige tratamento. E se for retinoblastoma, você poderá salvar os olhos de sua criança, se não a própria vida dela.’’

Publicado originalmente em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/05/110509_brilho_bebe_cancer_bg.shtml

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Estudo aponta sete medidas para evitar Alzheimer


Fumo (arquivo/PA)



Tabagismo está em segundo lugar na lista de fatores de risco do Alzheimer
Pesquisadores americanos divulgaram a lista de sete medidas que poderiam evitar milhões de casos do mal de Alzheimer em todo o mundo.
Os sete fatores são ligados a estilo de vida: não fumar, ter uma dieta saudável, prevenir o diabetes, controlar a pressão arterial, combater a depressão, fazer mais atividades físicas e aumentar o nível de educação.
De acordo com o estudo dos cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, a metade dos casos da doença no mundo se devem a falta destas medidas de saúde e basta uma redução de 25% nos sete fatores de risco para evitar até 3 milhões de casos.
Os detalhes da investigação foram divulgados na revista científica The Lancet e apresentados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, que ocorre em Paris.

Causas
As causas do mal de Alzheimer, forma mais comum de demência, ainda não são totalmente conhecidas. Mas, os estudos demonstraram que vários fatores estão ligados à doença, incluindo fatores genéticos, idade e estilo de vida.
Pesquisas já realizadas mostraram que vários fatores de risco podem ser modificados para evitar a doença, como por exemplo, doenças cardiovasculares, níveis de atividade física, estímulo mental e dieta.
Mas, até o momento, não estava claro até que ponto uma pessoa poderia evitar o Alzheimer modificando algum destes fatores de risco.
Para conseguir esta resposta, os pesquisadores usaram um modelo matemático sobre os riscos do Alzheimer no mundo todo.
Com este modelo, os cientistas calcularam a porcentagem global de casos de Alzheimer que poderiam ser atribuídos a diabetes, hipertensão, obesidade, tabagismo, depressão, baixo nível de educação e falta de atividade física.

Sete passos para evitar Alzheimer

Praticar mais atividade física
Não fumar
Ter uma dieta saudável
Controlar a pressão arterial
Evitar o diabetes
Combater a depressão
Aumentar o nível de educação
Os resultados mostraram que a metade dos casos da doença no mundo parecem ser causados por estes fatores, que estão ligados ao estilo de vida e podem ser modificados.

Educação
O fator que parece causar a maior porcentagem de casos da doença, segundo os pesquisadores, é o baixo nível educacional (19%), seguido pelo tabagismo (14%), falta de atividade física (13%), depressão (11%), hipertensão na meia idade (5%), obesidade na meia idade (2%) e diabetes (2%).
Juntos, estes sete fatores de risco contribuem para os 17,2 milhões de casos de Alzheimer no mundo, o que corresponde a 51% dos casos globais da doença.
"Nos surpreendeu descobrir em nosso modelo que os fatores de estilo de vida, como o baixo nível educacional, falta de atividade física e tabagismo parecem contribuir para um número maior de casos de Alzheimer do que as doenças cardiovasculares", disse Deborah Barnes, que liderou o estudo.
"Mas isto sugere que mudanças relativamente simples no estilo de vida podem ter um impacto dramático no número de casos de Alzheimer no decorrer do tempo", acrescentou.
A pesquisadora destacou, no entanto, que estes são apenas cálculos matemáticos e serão necessários estudos mais amplos em várias populações para comprovar estes dados.
Mesmo assim, segundo os pesquisadores, estes cálculos são uma "suposição importante " e qualquer coisa que ajude a evitar a grande carga que esta doença significa para os serviços de saúde é positiva.

Notícia publicada originalmente em:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110720_alzheimer_prevencao_fn.shtml