quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Molécula obriga células cancerígenas a se 'suicidarem', diz estudo

Cientistas dos Estados Unidos descobriram uma molécula que "obriga" células cancerígenas a se comportar como células saudáveis, o que inclui causar sua própria morte quando apresentam algum problema.
O estudo, publicado nesta quarta-feira (31) na revista científica “Open Biology”, da Sociedade Real de Londres poderia servir de base para um novo tipo de terapia.
A investigação científica foi realizada pelo geneticista Adrian Krainer, do laboratório Cold Spring Harbor, de Nova York. O estudo, que analisou um tumor cerebral, descobriu que células cancerígenas provocam a mutação do gene PK-M, que passa a produzir uma proteína que estimula seu crescimento a uma velocidade muito maior das células saudáveis.

De acordo com Krainer, para que um tumor se prolifere e sobreviva é necessária uma grande quantidade desta proteína, presente apenas nas células doentes.
Conversão de células
No artigo publicado nesta quarta, o cientista apresenta uma molécula capaz de paralisar a produção dessa proteína em um glioblastoma, forma mais comum de tumor maligno no cérebro, e fazer com que as células malignas voltassem a ter padrões de uma célula saudável.
Isso significa também que as células do tumor voltaram a realizar a apoptose (morte celular programada), processo pelo qual as células problemáticas causam a sua própria morte.

O cientista espera que esta molécula sirva de base para novos tratamentos contra vários tipos de câncer, mas reconhece que a pesquisa ainda está em estágio inicial, sendo necessária avaliar sua eficácia em camundongos e analisar seus possíveis efeitos secundários.

Publicado originalmente em: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/10/molecula-descoberta-pode-reverter-celulas-cancerigenas-afirma-estudo.html

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Bebês que estão aprendendo a ficar em pé tornam-se mais estáveis quando focados


Thais Paiva

   shutterstock
Ver seu filho tentando ficar em pé pela primeira vez é um daqueles momentos inesquecíveis. As tentativas de manter o equilíbrio e arriscar os primeiros passinhos podem parecer bastante desajeitadas, mas, segundo um estudo da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, publicado no Journal of Experimental Child Psychology, eles podem estar com mais controle de seus corpos do que aparentam.

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que “balançar” é, na verdade, uma forma dos bebês explorarem o ambiente. A instabilidade do corpo no início da vida é funcional, pois ajuda as crianças a obter informações sensoriais sobre si e o espaço em que estão.

Agora esse novo estudo revelou que crianças que estão aprendendo a ficar em pé apresentam mais equilíbrio quando estão focadas em algum objeto. Para chegar a essa conclusão, os movimentos e a postura de 16 bebês de 11 meses que já conseguiam ficar em pé sozinhos, mas ainda não andavam, foram medidos por uma plataforma de força em duas situações diferentes: com e sem um brinquedo nas mãos.

O resultado da experiência mostrou que quando estavam com um brinquedo nas mãos, as oscilações diminuíam. Em outras palavras, foi possível verificar que os bebês mudam suas estratégias posturais conforme seus objetivos imediatos que variam entre explorar o ambiente ou interagir com um brinquedo.

“Nessa idade, a atenção deles é seletiva. Ou se concentram em andar ou em olhar o objeto”, explica a pediatra Miriam Silveira, membro do Departamento Científico de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Para ficar em pé, a criança usa a parte frontal do cérebro, responsável pelas funções motoras. Mas, quando interagem com o objeto, estimulam a parte posterior do cérebro, referente às percepções dos órgãos sensoriais”.

Em outras palavras, a posse do objeto direciona a atenção da criança para outro fato além do de estar de pé e, com isso, os movimentos se tornam mais naturais e estáveis.


Para o pediatra Mário Roberto Hirschheirmer, do Hospital e Maternidade São Cristóvão (SP), o brinquedo funciona como um estímulo. “Andar é uma das tarefas mais complexas do desenvolvimento. Para ficar de pé sem ajuda, a criança precisa estar com seus sentidos amadurecidos e o objeto ajuda a ‘organizar’ essas percepções”.

O especialista alerta, no entanto, que os pais não devem forçar este estágio que, para algumas, pode acontecer aos 8 meses e, para outras, só depois de 1 ano. “Esse momento vai variar de criança para criança e nada tem a ver com sua capacidade ou potencial, mas está ligado a fatores genéticos. Não adianta pressionar o bebê a ficar em pé ou andar se ele não dá sinais de que está perto disso. O mais importante é respeitar o tempo dele.”

Quando seu filho ficar em pé, você pode estimulá-lo a andar, mas sem pressa. E, quando os primeiros passos finalmente acontecerem, os tombos serão normais! Afinal, seu filho ainda está aprendendo a se equilibrar. Então, respire fundo e acalme-se porque as quedas não costumam ser graves. Se acontecerem, acalme-o com abraços e beijinhos – muitas vezes, só isso já basta! Se a criança tiver batido a cabeça, observe-a por 18 horas. Repare se houve algum afundamento ou galo muito grande e se ela está diferente (pálida, sonolenta, chorosa ou com a fala enrolada). Se não tiver nenhum desses sintomas, pode dormir, sim.

Publicado originalmente em: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI321914-10587,00-BEBES+QUE+ESTAO+APRENDENDO+A+FICAR+EM+PE+TORNAMSE+MAIS+ESTAVEIS+QUANDO+FOCA.html

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

MITOS E FATOS SOBRE EPILEPSIA

Por Roger Soares
 
Será que alguém ainda acredita que o contato com a baba de uma pessoa em convulsão pode transmitir a epilepsia? Provavelmente não. Mas ainda vejo aqueles que ao presenciarem uma crise epiléptica, incontinentes, tentam abrir a boca do pobre doente para evitar que venha a “engolir a língua”. Também há aqueles que seguram a pessoa para que ela não se debata muito… ou pior, os que fogem(fazendo o sinal da cruz) assustados com o grito ou a respiração estertorosa durante uma convulsão. Vamos então esclarecer alguns pontos importantes para desbastar o preconceito que envolve essa patologia e, talvez, estimular um pouco mais a solidariedade aos que passam por essa situação.
Por uma questão de objetividade, vou escrever no formato de FAQ e os que desejarem acrescentar comentários ou levantar mais perguntas, fiquem à vontade.
 
O que é a epilepsia?
 
É uma condição neurológica em que existem descargas anormais e excessivas das células nervosas – os neurônios. Quando essas descargas são muito intensas, podem acometer vários grupos de neurônios em uma área específica ou em todo o cérebro, ocasionando uma crise epiléptica que pode se manifestar de várias maneiras, desde uma convulsão até uma pequena ausência.
Como a epilepsia é considerada uma doença crônica, é preciso que haja várias crises identificadas por um médico, sem fatores precipitantes, para ser feito o diagnóstico. Isso é importante porque uma pessoa diabética pode ter uma convulsão se apresentar uma hipoglicemia, o mesmo pode acontecer com um etilista em abstinência, em situações de usos de drogas ou medicamentos etc. Nesses casos, quando a causa é removida, a pessoas deixa de ter crises. Algumas pessoas podem ter um única crise durante toda a vida e não são consideradas epilépticas.
 
Qual o problema de ter um “ameaço” de crise?
A rigor, não existe um ameaço de crise, o que acontece é uma crise mesmo.Existem vários tipos de crises epilépticas, mas a mais conhecida é a convulsão – crise tônico-clônica generalizada . Quando uma crise começa em uma região do cérebro, pode haver o que chamamos de crise parcial. De acordo com o local do córtex onde começam as descargas, surgem os sintomas. Por exemplo, se a crise parcial acomete a região frontal no ponto de controle do braço, o paciente sente movimentos involuntários naquele membro. Se essas descargas se distribuem por todo o córtex cerebral, a crise torna-se “generalizada”, a pessoa perde a consciência, fica rígida, se debate etc. Só que, na verdade, a crise começou mesmo no braço e se tivesse acabado ali mesmo, ainda seria uma crise e não apenas um ameaço.
Qual o objetivo e duração do tratamento?
O principal tratamento para epilepsia consiste no uso de medicamentos específicos, os chamados anti-epilépticos. O objetivo do tratamento é evitar completamente qualquer tipo de crise(inclusive os “ameaços”). Ficando o paciente ao menos dois anos sem crises, é possível tentar a retirada progressiva da medicação, sob os cuidados de um neurologista. Entre 40 e 60% dos pacientes ficam sem crises e sem remédios depois desse período. Caso voltem a surgir as crises, é preciso reintroduzir o tratamento e sua retirada posterior é menos provável. Em uma percentagem menor de indivíduos, mesmo com o uso concomitante de várias drogas, em doses altas, ainda subsistem as crises. Isso é o que chamamos de epilepsia de difícil controle. Felizmente, correspondem a uma minoria de pacientes.
O que fazer ao presenciar uma crise convulsiva?
Em primeiro lugar, é preciso deixar a pessoa solta e protegida de objetos que possam ocasionar lesões. Soltar a gravata ou qualquer coisa que possa prejudicar a respiração. Começar a contar o tempo em um relógio para determinar a duração da crise. Pode-se apoiar a cabeça, sem segurá-la. Quando os movimentos pararem, vire o paciente de lado, pois caso vomite não engasgará. Observe-o até que recupere a consciência. Se o período de rigidez ou de movimentos espasmódicos durar mais que cinco minutos – ou se houver duas crises sem recuperação da consciência entre as crises – é preciso levar o doente a um pronto-socorro mais próximo.
Ah! Não precisa tentar abrir a boca, puxar a língua ou algo parecido. O paciente não respira porque seus músculos torácicos estão contraídos. Ao afastar os dentes você pode se machucar ou ao paciente.
Se um epiléptico quiser beber álcool, deve parar as medicações naquele dia?
JAMAIS!!! Nunca, de modo algum! O álcool, por si mesmo, já pode precipitar uma crise convulsiva mesmo em quem não é epiléptico. A maior causa dos estados de crises prolongadas (estado de mal epiléptico) – que podem levar a danos cerebrais graves e irreversíveis – é a suspensão abrupta de medicação. Portanto, nunca deixe de tomar seus medicamentos, a não ser por orientação do seu neurologista. Outro cuidado: o uso de certos medicamentos podem afetar o nível dos anti-epilépticos no sangue, comprometendo sua eficácia.
O portador de epilepsia pode nadar ou andar de bicicleta?
Depende da gravidade de cada caso, do grau de controle das crises com as medicações e dos efeitos colaterais(como sonolência) que podem acarretar o seu uso. O médico que acompanha o paciente pode determinar os riscos para uma pessoa em particular. Via de regra, se o paciente está bem controlado, sem crises há pelo menos 3 a 6 meses, em uso regular de medicamentos, não há problema em nadar ou fazer outras atividades esportivas. Aconselha-se a natação sob a supervisão de um instrutor capacitado que estará atento para uma eventual crise na água. Deve-se evitar, contudo, esportes radicais, nadar em mar aberto, manuseio de máquinas pesadas ou exercer atividades que possam colocar outras pessoas em risco na eventualidade de uma convulsão.
A epilepsia é um problema espiritual?
Alguns grupos religiosos podem compreender as manifestações da epilepsia como sinais de um problema espiritual. Os espíritas kardecistas interpretam as crises como fruto da ação de obsessores desencarnados, alguns protestantes evangélicos podem entender a doença como decorrente da ação de demônios. Respeitamos essas opiniões e o desejo de muitos pacientes de receberem tratamentos espirituais para melhorar ou curar a patologia. Mas, gostaria de deixar um alerta: não deixem de tomar suas medicações por um ato de fé.
Quando você se curar pela intercessão de forças espirituais superiores, seu médico reconhecerá que você está livre do problema por tempo suficiente para suspender as medicações com segurança. Não importa que sua cura espiritual seja interpretada pelo doutor apenas como uma “remissão espontânea”. O perigo é jogar os remédios no altar do templo ou algo parecido, mediante o desafio de alguns líderes espirituais, e entrar em um estado de mal epiléptico que pode deixar seqüelas irremediáveis.
Deve haver muitas outras dúvidas e mitos em relação à epilepsia que merecem ainda esclarecimento. O importante é falar abertamente, sem preconceito ou restrições. Quanto à baba do epiléptico, não há qualquer problema em tocá-la, já que a doença não é transmissível. Já a solidariedade e o respeito podem ser contagiosos, se nos empenharmos nisso.

Fonte: http://pauloliberalesso.wordpress.com/

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Dislexia: transtorno causa dificuldade para ler, escrever e compreender textos

Publicado originalmente em: http://minhavida.uol.com.br/saude/videos/14841-dislexia-transtorno-causa-dificuldade-para-ler-escrever-e-compreender-textos

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

CRAID Promove Passeio para Idosos com Dificuldades Visuais




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 No dia 01 de outubro é comemorado no Brasil o dia do idoso, em razão da criação do estatuto do idoso nesta data, que tem como objetivo a valorização dos idosos. Tendo em mente esta data especial, o Grupo de Idosos do CRAID foi levado à um passeio ao Jardim Botânico no último dia 05, onde existe um “jardim dos sentidos”, cujo objetivo é promover uma experiência sensorial nas pessoas. A Secretaria de Saúde enviou um micro-ônibus para que o passeio fosse realizado. Esta iniciativa mostrou-se muito produtiva e outras como ela serão programadas.
O CRAID – Centro Regional de Atendimento Integrado ao Deficiente, uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde,  entre seus programas, possui a atenção à pessoa com visão sub-normal, prestando apoio terapêutico através de pedagogas com especialização em Educação Especial área de Deficiência Visual, desde bebês até idosos. Este programa é possível através de uma parceria (única conhecida no Brasil) entre a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná-SESA e a Secretaria de Estado da Educação do Paraná-SEED. Por iniciativa da Psicologia do CRAID formou-se um grupo de idosos com visão sub-normal, onde são realizadas reuniões periódicas para tratar de assuntos de interesse para esta parcela de pacientes, contando ainda com o apoio do Serviço Social, Enfermagem e Terapia Ocupacional do CRAID.
Pessoas que possuam dificuldades visuais, e que precisam deste tipo de atendimento, podem pedir maiores informações ao CRAID através do telefone 3304-6600.

Por: Lean F. Franco

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Cientistas tentam criar espermatozoide humano com células-tronco


Espermatozoide e óvulo (arquivo BBC)

Cientistas querem criar espermatozoides em dois anos e óvulos em cinco
Pesquisadores americanos esperam criar espermatozoides humanos a partir de células-tronco prontos para uso em tratamentos de reprodução assistida.
Renee Pera, pesquisadora da Universidade de Stanford, na Califórnia, diz que o objetivo das pesquisas atuais é criar espermatozoides dentro de dois anos e óvulos humanos dentro de cinco anos.

"Sei que as pessoas pensam que é medicina Frankenstein, mas acredito que (a infertilidade) não seja um problema de saúde menor - a infertilidade afeta toda sua vida", disse.
"Manter relações sexuais e ter um bebê parece ser uma decisão muito simples, mas ela não está ao alcance de todos", acrescentou.
Segundo estimativas, a infertilidade afeta até 15% dos casais em idade reprodutiva em todo o mundo.
A equipe de Pera no Instituto para Biologia de Células-Tronco e Medicina Regenerativa usa células-tronco embrionárias, o que gera polêmica, pois embriões humanos são destruídos para que estas células sejam usadas. O laboratório usa embriões que sobraram em tratamentos de fertilização.

Embriões descartados

As células-tronco são capazes de se transformar em outros tipos de células do corpo humano - de células nervosas a células da pele, passando por músculos e rins, entre outros.
Criar óvulos e espermatozoides em um laboratório a partir destas células pode se transformar em um procedimento comum, segundo a pesquisadora.
Ela explica que mais de um milhão de embriões são criados por ano nos Estados Unidos em programas de fertilização in vitro e cerca de 500 mil destes embriões são descartados enquanto 500 são usados para pesquisas.
"E as pessoas se preocupam com estes 500 e não com os 500 mil descartados", disse a pesquisadora.
Os pesquisadores americanos prometeram aumentar seus esforços já que uma equipe da Universidade de Kyoto, no Japão, usou células-tronco de camundongos para criar óvulos e espermatozoides que foram fertilizados e produziram filhotes de camundongos.
O estudo japonês marca a primeira vez em que um mamífero foi gerado desta maneira e está sendo chamado de o Santo Graal da pesquisa com células-tronco com fins reprodutivos.
"Estamos revigorados. Parece que a cada dois anos algo acontece e todos se sentem revigorados", disse Pera a respeito da pesquisa japonesa.
"Estamos trabalhando principalmente no sistema (reprodutivo) humano para fazer a mesma coisa - fazer óvulos maduros e espermatozoides maduros."

Primitivos

O laboratório de Renee Pera já produziu espermatozoides e óvulos "primitivos", mas ainda não conseguiu criar células boas o bastante para serem usadas em reprodução humana.
"As células têm alguns problemas. Quando você pensa em biologia de células-tronco e medicina regenerativa, a maior parte das aplicações se voltam para a produção de grandes quantidades de células para, por exemplo, reparos cardíacos", afirmou a pesquisadora.
"Neste caso, estamos tentando criar uma célula que é perfeita. Um erro em um genoma pode levar a uma doença devastadora em uma criança."
Se os cientistas americanos conseguirem seus objetivos, eles poderão voltar o tempo no relógio biológico de mulheres e atender àquelas que adiaram os planos de gravidez para cuidar da vida profissional ou também mulheres que não podem engravidar por terem passado por tratamentos como, por exemplo, o câncer.

Publicado originalmente em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/10/121009_espermatozoide_celula_tronco_fn.shtml

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Mulher volta a enxergar após implante de 'telescópio' no olho



Implante telescópico | Foto: UC DAVIS

Micro-telescópio do tamanho de uma ervilha foi implantado sobre a retina 


Uma mulher de 89 anos com uma grave doença ocular voltará a enxergar com definição graças ao implante de um microtelescópio do tamanho de uma ervilha em seu olho esquerdo.
A operação, feita na Califórnia, nos Estados Unidos, é pioneira e pode se tornar um procedimento de rotina nos próximos anos.
Virginia Bane sofre de Degeneração Macular Relacionada à Idade (AMD, na sigla em inglês), uma das principais causas de cegueira. "Já consigo enxergar melhor. As cores são mais vibrantes, bonitas e naturais, e consigo ler letras grandes com meus óculos", diz.
Pintora de aquarela, ela também espera retomar suas atividades após quase dez anos de problemas de visão.
"Não conseguia ler durante os últimos sete anos, e estou animada para pintar novamente", acrescenta.
A causa exata da degeneração macular ainda é desconhecida, mas o problema se agrava conforme o olhos envelhecem. A mácula é composta de milhões de células fotossensíveis responsáveis pela visão central clara, nítida e detalhada.
Trata-se da parte mais sensível da retina, que está localizada na parte de trás do olho humano e que transforma a luz em impulsos elétricos que são enviados ao cérebro através dos nervos óticos. O cérebro lê os impulsos e os traduz em imagens.
No caso do olho atingido pela doença, pontos centrais não são vistos com clareza.
"A degeneração macular danifica a retina e causa um ponto de cegueira no campo central de visão das pessoas. O implante telescópico restaura a visão ao projetar imagens sobre uma parte não danificada da retina, o que torna possível ver os rostos das pessoas e detalhes de objetos localizados diretamente diante delas", diz Mark Mannis, professor titular de oftalmologia e ciências da visão do Centro de Olhos do hospital da universidade americana US Davis, em Sacramento, na Califórnia.
Virginia Bane é a primeira de uma lista de 50 pessoas que se voluntariaram nos Estados Unidos para receber o implante.
"A visão de Virginia vai continuar melhorando com o tempo, conforme ela recondiciona seu cérebro para enxergar", diz Mannis.
Já o médico Richard van Buskirk explica a diferença entre os dois olhos da paciente.
"Ela basicamente usa o olho esquerdo com o implante telescópico para enxergar detalhes, tais como usar um teclado de micro-ondas ou ler um livro. Seu olho direito, sem tratamento, proporciona visão periférica, o que ajuda com a mobilidade, incluindo atividades como caminhar ou se localizar dentro de sua casa", diz.
"Eventualmente, seu cérebro alternará de forma automática, usando a capacidade de cada olho conforme for necessário", indica.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/10/121004_telescopio_visao_jp.shtml

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Doação de Medula Óssea - Vontade de sobra para salvar vidas




Uma chance em 100 mil. Essa é a probabilidade de uma pessoa com leucemia, linfoma, alguns tipos de anemia ou outras doenças hematológicas graves encontrar um doador compatível de medula óssea. Com isso, o transplante, essencial para salvar a vida de pacientes com esses problemas de saúde, depende – e muito – da boa vontade de desconhecidos que decidem se cadastrar como doadores. “Entre os familiares, a compatibilidade é de apenas 25%, então é muito importante que a população realize o cadastro e dê esperança a esses pacientes”, diz a médica hematologista do Hospital Nossa Senhora das Graças Larissa Alessandra Medeiros.

Quer mais um bom motivo para se tornar doador? Como o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, cadastro brasileiro que reúne os doadores, é integrado internacionalmente, sua medula pode ajudar alguém em qualquer lugar do Brasil ou do mundo.

Além de se cadastrar, é importante que o doador esteja consciente e certo de que, quando for chamado a doar, será mantida a disposição para o ato. “Ainda existem desistências no meio do processo. É uma vida que está em jogo e é preciso respeitá-la”, alerta a pedagoga do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná Cristina Richter.

A seguir, você vê o passo a passo do transplante e os mitos mais comuns associados à doação de medula óssea:

Cadastro simples

Tornar-se doador é simples: você deve procurar o banco de sangue mais próximo de casa e manifestar a vontade de ser doador. Não é preciso estar em jejum, mas você deve ter em mãos um documento com foto (pode ser carteira de identidade, motorista ou trabalho ou passaporte) e fazer seu cadastro fornecendo dados pessoais, endereço residencial, telefone, e-mail e indicação de duas pessoas que possam servir de referência caso você não seja encontrado. São esses dados que vão ajudar a equipe do Instituto Nacional do Câncer (Inca) a entrar em contato o mais rapidamente possível se você for compatível com algum receptor.

Coleta de sangue

Feito o cadastro, é preciso assinar um termo de consentimento para realização do exame de compatibilidade genética. Depois, você é encaminhado para uma sala especial onde é feita a coleta de 5 ml de sangue. O processo não dura mais que cinco minutos. Se você é doador de sangue, esse material pode ser coletado e separado no momento da doação. Seu cadastro e o resultado dos exames são encaminhados para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), cadastro nacional que reúne os doadores e é coordenado pelo Inca, no Rio de Janeiro.

Cruzamento de dados

Suas informações vão ficar armazenadas no banco do Redome até que você complete 60 anos. Você só vai ser avisado quando o sistema identificar, após o cruzamento de dados entre o Redome e o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme) – banco que concentra os dados de pacientes que precisam de um transplante de medula óssea cadastrados por médicos em todo o Brasil – que há a possibilidade de você ser compatível com algum receptor. Nesse caso, uma equipe do Inca entra em contato, garante seu consentimento e marca uma nova sessão de exames de compatibilidade. Mesmo cadastrado, não há a obrigação de doar e a pessoa pode se recusar a fazer os exames, caso mude de ideia.

Transplante

Comprovada a compatibilidade, a pessoa é encaminhada para exames clínicos e faz uma entrevista com um médico, na qual tira dúvidas e responde perguntas sobre seu estado de saúde e histórico de doenças. Caso seja aprovada, é marcado o transplante. O procedimento dura no máximo 3 horas, pode ser feito com anestesia peridural ou geral e consiste na retirada de 600 ml a 700 ml da medula óssea do doador (tecido gelatinoso localizado nos ossos da bacia). Não há cortes, o material é aspirado por agulhas de apenas 3 mm, não gera problemas de saúde para quem doa e só exige internação de um dia no hospital. No máximo, você vai sentir um desconforto na região lombar por três dias, o afastamento do trabalho dura entre cinco e sete dias e, em duas semanas, a medula volta ao volume normal.

Veja onde tornar-se um doador em Curitiba:

- Biobanco do HC/UFPR
Quando: de segunda a sexta, das 7h30 às 18 h; e aos sábados, das 7h30 às 12h30.

Endereço: Av. Agostinho Leão Junior, 108, Alto da Glória.

Informações: (41) 3360-1875.

- Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná

Quando: de segunda a sexta, das 8 às 17 h.

Endereço: Travessa João Prosdócimo, 145, Alto da XV.

Informações: 0800-645-4555.

- Hemobanco

Quando: de segunda a sexta, 8h às 18h.

Endereço: Rua Capitão Souza Franco, 290, Batel.

Informações: (41) 3023-5545.

- Hospital Erasto Gaertner

Quando: de segunda a sexta, das 9 às 17h30.

Onde: Rua Dr.Ovande do Amaral, 201, Jardim das Américas.

Informações: (41) 3361-5038.

- Santa Casa de Curitiba

Quando: de segunda a sexta, das 8 às 12 h, e das 14 às 18 h; e aos sábados, das 8 às 12 h.

Endereço: Praça Rui Barbosa, 694, Centro.

Informações: (41) 3322-2387.


Fontes: Cristina Richter, pedagoga do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar); Larissa Alessandra Medeiros, hematologista do Hospital Nossa Senhora das Graças; e Neusa Trento Soffiatti, enfermeira coordenadora do serviço de doadores voluntários de medula óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR).

Publicado originalmente em: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1304225&tit=Vontade-de-sobra-para-salvar-vidas

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Britânico recebe mão biônica do serviço público de saúde



Um homem de Hull, na Inglaterra, tornou-se a primeira pessoa na Grã-Bretanha a ser equipada com uma mão biônica paga pelo sistema de saúde pública.
Mike Swainger perdeu um braço e uma perna depois de ser atropelado por um trem quando tinha 13 anos de idade.

Vinte anos depois e ele diz ter uma nova chance de desfrutar a vida com sua mão a pilhas.
Ele se ofereceu para ser cobaia em uma empresa que desenvolvia o produto.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2012-10-04/britanico-recebe-mao-bionica-do-servico-publico-de-saude.html


O bebê não é de vidro: saiba como cuidar do recém-nascido sem exagerar

Nos primeiros meses de vida, é preciso ter cuidados, mas o bom senso deve prevalecer


Dentro da barriga da mãe, o bebê estava protegido da maior parte das ameaças do mundo exterior. Agora que está do lado de fora, ele dá a impressão de que qualquer coisa pode quebrá-lo. Mas a criança não é tão frágil quanto parece.
É verdade que alguns cuidados são necessários, mas você não precisa enlouquecer imaginando que tudo pode fazer mal a seu filho. A infectologista pediátrica Daisy Maria Machado, da USP; a pediatra Alessandra Kimie Matsuno, da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), da USP,  e o pediatra Renato Procianoy, presidente do Departamento Científico de Neonatologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), apontam o que é exagero e com o que você deve se preocupar no início da vida da criança.

É melhor pedir para que as visitas não venham no primeiro mês do bebê?

Não é proibido receber visitas nos primeiros 30 dias de vida da criança. A chegada de um bebê traz alegria para toda a família e é natural que os parentes queiram conhecê-lo. O que se recomenda é evitar muitas pessoas de uma única vez e que as visitas sejam demoradas. O tempo ideal de permanência é de, no máximo, 45 minutos. Assim torna-se possível respeitar o período de descanso da mãe –que ainda está se adaptando ao novo ritmo de sono– e do bebê. Além disso, é preciso combinar o melhor horário de modo a não atrapalhar as mamadas.

As visitas podem pegar o bebê no colo?

Essa não é a situação ideal, já que o recém-nascido precisa de sossego e de interação com o pai e a mãe, não com desconhecidos. Mas, como muitas vezes é impossível evitar, peça aos visitantes que lavem bem as mãos com água e sabão antes. E não permita que peguem a criança se estiverem com qualquer doença infecciosa, ainda que seja aparentemente um simples resfriado. E não é preciso usar álcool em gel para desinfetar as mãos. Basta lavar bem com água e sabão.

É preciso esterilizar mamadeiras e chupetas?

Pelo menos nos primeiros seis meses de vida, o ideal é que a criança receba apenas leite materno. Caso precise usar a mamadeira, ela deve ser esterilizadas antes de cada uso. Para isso, leve os utensílios ao fogo em uma panela com água até que levante fervura (consulte o modo de higienização na embalagem da mamadeira). Se preferir, é possível usar esterilizadores, que permitem controlar o tempo de exposição ao calor e evitar de danificar o produto. No caso da chupeta, basta esterilizar uma vez por dia (isso se ela não cair no chão, por exemplo).

O bebê não deve sair de casa no primeiro mês?

Pode sair de casa, só não deve frequentar lugares com aglomeração de pessoas, como festas infantis, supermercados e shoppings. Desde que o tempo esteja bom, os passeios ao ar livre estão liberados também. O sistema imunológico da criança é frágil e por isso é bom evitar expô-la a vírus e a bactérias que circulam no ar.

Atenção, ter tomado as primeiras doses das vacinas não garante que a criança esteja completamente imunizada. O bebê só completa o chamado primeiro esquema de vacinação por volta de seis meses, por isso o que vale é o bom senso ao escolher os primeiros passeios.

É preciso visitar o pediatra periodicamente nos primeiros meses?

Sim, isso é imprescindível para que o crescimento e o desenvolvimento do bebê sejam acompanhados de forma bem orientada. Segundo a SBP, o bebê deve fazer a primeira consulta com o pediatra ainda na primeira semana de vida. Estando tudo bem, a criança retorna quando estiver prestes a completar o primeiro mês. No primeiro semestre de vida do bebê, as visitas devem ser mensais. A partir do segundo semestre, podem acontecer de dois em dois meses.

A casa deve ficar na penumbra e em silêncio?

Não, a casa deve manter seu ritmo e rotina. Assim o bebê vai, aos poucos, reconhecer o ambiente e diferenciar o dia da noite. É claro que é melhor evitar muito barulho, para não assustar a criança nem deixá-la agitada demais.

É proibido usar lencinhos umedecidos nos primeiros meses de vida?

Os lenços umedecidos devem ser evitados no dia a dia. O melhor é limpar a região genital da criança com algodão embebido em água morna no momento da troca da fralda, pois algumas crianças apresentam reações alérgicas às substâncias químicas contidas nesse tipo de produto. No entanto, o lencinho umedecido pode ser utilizado em casos especiais, como em um passeio ou em lugares em que a mãe não tenha possibilidade de realizar a limpeza da maneira recomendada.

Se o casal tiver um animal, é melhor deixá-lo na casa de alguém até o bebê crescer?

Não há necessidade de retirar o animal da casa, mas é conveniente não deixar que ele tenha acesso ao quarto da criança. É também aconselhável evitar o contato direto do bebê com o bicho, pelo menos nos seis primeiros meses de vida. Mas como não há um consenso da comunidade científica sobre o assunto –porque há crianças com problemas de alergia e diferentes tipos de bichos– é bom que os pais tomem orientações com o pediatra do filho e observe se ele apresenta algum sintoma.

O recém-nascido não deve ter contato com outras crianças?

O recém-nascido pode e deve ter contato com as crianças da família. Mas, se possível, é melhor evitar receber muitas visitas de crianças pequenas, que sempre querem tocar o bebê e pegá-lo no colo.
Devido à imaturidade do sistema imunológico, e pelo fato de ainda não ter recebido todas as vacinas contra as doenças da infância, o ideal é que crianças não frequentem escolas ou creches nos primeiros meses de vida. Mais uma vez, não há consenso entre os especialistas, mas, em linhas gerais, os pediatras costumam sugerir esperar até o segundo ano da criança, quando seu sistema imunológico estará fortalecido.
Mas os pais que precisam deixar seus filhos nesses locais mais precocemente não precisam se culpar. Nem sempre o ideal é o possível, e isso deve ser levado em consideração. Nesses casos, uma conversa com o pediatra do bebê pode ajudar. O especialista pode informar sobre quais são as doenças mais comuns em crianças que frequentam berçários e escolas e suas formas de prevenção. O médico do bebê ainda pode dar dicas para os pais escolherem melhor a instituição que irá cuidar de seus filhos, auxiliando-os a observar aspectos de higiene do lugar, se exige caderneta de vacinação em dia e como a instituição controla o acesso de crianças doentes.

O bebê pode dormir sozinho no quarto?

Sim, pode e deve. Muitos pais têm dúvidas sobre a melhor posição para o bebê dormir. A recomendação do Ministério da Saúde e da SBP, entre outras instituições, diz que o bebê deve dormir de barriga para cima, pois pesquisas mostram que essa posição reduz em até 70% o risco de morte súbita, uma das principais causas de óbitos de crianças com até um ano.

A moleira do bebê não deve ser tocada?

Não existe apenas uma moleira ou fontanela (seu nome científico) na cabeça do bebê. Mas a que está localizada no alto da cabeça, chamada de fontanela anterior, é a mais conhecida e temida pelos pais. Realmente, trata-se de uma região um pouco mais sensível, uma vez que nela os ossos do crânio não se encontram totalmente unidos. Mas isso não significa que não possa ser tocada. A mãe pode passar a mão tranquilamente na hora do banho, fazer carícias, pentear. E não se impressione ao ver a região pulsar, o que é resultado da pressão arterial no cérebro. Isso é normal, especialmente quando a criança chora. Até por volta do 15º mês de vida, ela deve estar fechada.

Fonte: http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2012/10/02/o-bebe-nao-e-de-vidro-saiba-como-cuidar-do-recem-nascido-sem-exagerar.htm

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Médicos reconstroem em antebraço orelha removida após câncer


 

Sherrie Walter, de Bel Air (Maryland, EUA), teve a orelha esquerda e uma pequena parte do crânio removidas por causa de um câncer de pele bem agressivo.

Mas cirurgiões da Universidade de John Hopkins conseguiram reconstruir uma orelha inteira e parte do crânio da gerente de vendas de 42 anos. Eles usaram na reconstrução o próprio tecido da paciente. O hospital divulgou foto procedimento, que precisou de seis cirurgias e durou 20 meses para ser concluído em antebraço de Sherrie:
Ao juntar mais de uma dúzia de pedaços de ossos, pele e artérias, os cientistas desenvolveram uma nova orelha esquerda e recuperaram o sistema auditivo da americana. Todos os tecidos foram retirados de áreas renováveis do corpo da própria paciente para minimizar os riscos de rejeição pelo sistema imunológico.

Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2012/09/28/medicos-reconstroem-em-antebraco-orelha-removida-apos-cancer-467585.asp