Ângela
Ribas
Fonoaudióloga
Cláudia
Lopes da Silva
Psicomotricista
Lean Fontain Franco
Fonoaudiólogo
Maracelis
Abilhoa da Rocha
Fonoaudióloga
Vanessa
Virmond Taque Andreoli
Psicóloga
Walquíria
Bauermann
Reeducadora Visual e Psicopedagoga
Esta pesquisa
teve como objetivo investigar o nível de compreensão dos pais sobre a
dificuldade de aprendizagem de seus filhos. Foram aplicados 20 questionários
com um dos responsáveis, procurando coletar dados a fim de verificar o
conhecimento sobre o assunto.
A)
Aprendizagem é a mudança gradativa de comportamento que está relacionada a
repetição de esforço que resultam em crescimento pessoal e pedagógico. Quando
criança apresenta dificuldades na aprendizagem demonstra falhas não especificas
multidimensionais que nem sempre estão associadas a um quadro clínico definido
porem acarreta dificuldade no relacionamento e credibilidade no potencial de
aprendizagem. Percebe-se que esta dificuldade esta muitas vezes relacionada não
apenas no individuo mas também no âmbito familiar e nos processos escolares.
Através da prática clinica no Centro de Reabilitação Sydnei Antonio – Cresa,
percebe-se que muitas crianças chegam para avaliação especializada com idade já
avançada, dificultando a tomada de providencia. São poucos os profissionais da
área da saúde que se mostram atentos as queixas familiares realizando o
encaminhamento necessário. Dentro deste aspecto, percebe-se que a demora na
intervenção profissional promove impedimentos em seu crescimento de forma
satisfatória bem como afeta a dinâmica familiar. Segundo JARDINI (2005) os
sintomas mais comuns apresentados por estas crianças são: falta de interesse
para aprendizagem, comportamento apático ou agressivo, ” fica no mundo mundo da
lua”, alta desmotivação em realizar as atividades em sala de aula. Com
respostas evasivas e inconsistentes no aprendizado. Dentre as definições mais
comuns citadas encontra-se a de CAPOVILLA (2001) que o termo “dificuldade de
aprendizagem” está relacionado aos problemas de ordem psicopedagogica e
socioculturais, ou seja, o problema não está centrado apenas no aluno, sendo
uma visão mais de cunho preventivo, como os atrasos no desempenho escolar por
falta de interesse, inadequações metodológicas ou mudanças no padrão de
exigências na escola, que são alterações normais, se foram consideradas, no
passado, como alterações patológicas e atualmente serão vistas como parte do
processo. É mais comum o emprego do termo “dificuldade de aprendizagem” do que
“dificuldades de leitura e escrita”. Fica claro que a dificuldade de
aprendizagem caracteriza-se por um quadro genérico, em que o desempenho da
criança encontra-se aquém do esperado por sua faixa etária, podendo ser
desencadeada por etiologia multifatorial, cognitiva, afetiva, neurológica,
psicológica ou de caráter social, devendo, portanto, ser pesquisada. As
dificuldades de aprendizagem estão associadas a: ensino deficiente, alta
exigência de tarefas, inadequação metodológicas. Alta rotatividade de
professores, mudanças constantes de escolas, falta de domínio da metodologia
utilizada, ausência de recursos ou espaço físico deficitário, salas de aula com
números de alunos excessivos. Levando em conta este aspecto, se faz necessário
à investigação sobre o nível de compreensão que os pais têm sobre as
dificuldades dos filhos, para só então a equipe multidisciplinar poder
orientá-los, colaborando para que as crianças encaminhadas possam desfrutar
plenamente sua cidadania. Pensando sobre dificuldade de aprendizagem e sua
relação com a família, é possível observar que muitas vezes, a compreensão
dessas relações não torna as crianças mais inteligentes, mas permite que elas
utilizem melhor seu potencial, favorecendo seu desenvolvimento. Deve-se
lembrar, conforme salienta WEISS (1997 p.33) “que a simples procura do
diagnóstico representa um grande movimento do paciente e de sua família. Nenhum
diagnóstico é inócuo; ela já é, em si, uma intervenção na dinâmica pessoal e
familiar”. O processo de obtenção de informações coletadas em diferentes
níveis, social, emocional e cultural, faz-nos pensar que apesar das diferenças,
as famílias estão em busca de um mesmo objetivo – o de ensinar ou melhorar o
aprendizado de seu filho, melhorando assim sua compreensão, diminuindo suas
dificuldades de forma indireta ou diretamente e aprendendo socialmente a
interagir com o meio em que vive. Segundo BERBERIAN (2002, p.63) “É preciso
investigar paralela ou até prioritariamente os fatores ambientais, sobretudo
familiar e escolar, pois neles reside a possibilidade de mudança no sujeito”.
Alunos com dificuldade de aprendizagem incluem problemas mais localizados nos
campos da conduta e de aprendizagem, dos seguintes tipos: Atividade motora:
hiperatividade ou hipoatividade, dificuldade de coordenação; Atenção: baixo
nível de concentração, dispersão; Área matemática: problemas de
codificação/decodificação simbólica, disgrafia; Emoções: desajustes emocionais
leves, baixa auto-estima; Memória: dificuldade de fixação; Percepção:
reprodução inadequada de formas geométricas, confusão entre figura-fundo,
inversão de letras; Sociabilidade: dificuldade na interação, pouca habilidade
social, agressividade. As crianças com dificuldade de aprendizagem são
normalmente descritas pelos pais e pelos professores como vivas e fabulosas,
nervosas e desatentas, irrequietas e traquinas, possessivas e coléricas,
desarrumadas e desorganizadas, conflituosas e descontroladas, explorativas e
manipulativas, irresponsáveis e negativistas, instáveis e impulsivas. As
dificuldades de aprendizagem podem produzir conseqüências emocionais profundas,
evidenciando freqüentemente sinais de instabilidade emocional e uma reduzida
tolerância à frustração. Sua conduta social, às vezes bizarra, revela
dificuldade de ajustamento à realidade aliada à problemas de comunicação.
Algumas crianças tornam-se tão frustradas tentando fazer coisas das quais não
conseguem e que desistem de aprender e começas a desenvolver estratégias para
evitar isso. Chegam a questionar sua própria inteligência sentindo-se furiosos.
Alguns a põem para fora, fisicamente, tal sensação; outros tornam-se ansiosos e
deprimidos. Em ambos os casos sofrem de solidão, bem como de baixa auto-estima.
A repetição crônica do insucesso e o seu efeito em termos de expectativa acaba
levando o indivíduo à resistências, fobias e defesas perante as tarefas
educacionais. Segundo FONSECA (1995, p.265) “Muitas crianças com dificuldade,
face aos resultados escolares, vão-se convencendo que não aprendem por mais que
tentem, daí o perigo em negligenciar a implicação das dificuldades de
aprendizagem no desenvolvimento da personalidade global da criança”. A
resistência à aprendizagem pode tornar-se pó maior problema da criança na
escola – dificuldade bem maior que a dificuldade de aprendizagem original e
muito mais difícil de ser superada. A preocupação principal dos pais deve ser
do bem estar emocional da criança. Conforme salienta SMITH (2001, p.38) “Se
você mantém seu foco sobre proteger a auto-estima de seu filho, você pode
evitar o aspecto mais “debilitante” das dificuldades de aprendizagem: o desejo
de desistir”. As crianças emocional e socialmente desajustadas tendem a obter
fracos resultados escolares na medida direta que os distúrbios emocionais
desintegram o comportamento e,
conseqüentemente, o potencial de aprendizagem. Para melhorar os produtos da
aprendizagem, aquilo que no fundo a escola espera, é necessário que se resolva
o “caos interno”, onde os desequilíbrios emocionais assumem papel de relevante
importância nos processos psicológicos da aprendizagem. Observa-se que crianças
com dificuldade de aprendizagem encontram-se na maioria das vezes uma ou certa
dificuldade relacionada ao movimento no processo de execução das atividades no
qual manifestam e interferem tarefas escolares refletidas diretamente na
escrita alterações psicomotoras de ordem geral. Segundo Fonseca (2004, p.13 e14) “As indicações e aplicações atingem uma grande
diversidade de populações e necessidades: crianças com ou sem deficiência,
normais e paranormais (parapatológicas), em risco ou inteligentes com problemas
e síndromes de desenvolvimento psicomotor, com dificuldades de aprendizagem,
hiperativas ou impulsivas, inibidas, adolescentes com problemas psicoafetivos atípicos
e desviantes ou com problemas de comportamento; adultos com síndromes
psiquiátricas (crônicas ou agudas) e até idosos, como forma de prevenção do
envelhecimento precoce, et., visando, em qualquer dos casos, a equilibrar e
ajustar a totalidade psicossomática indivisível do ser humano, procurando
evocar a inter-relação recíproca e a sinergia entre os fatores de expressão e
de comunicação e os fatores de integração, elaboração e planificação da
conduta.” Essas alterações de
ordem geral resultam pela falta de maturidade motora, tonicidade alterada,
incoordenação psicomotora, inabilidade nas atividades cotidianas, incapacidade
em participar nos jogos, desordens na predominância lateral, dificuldade de
associar símbolos e formas, desconcentração, incapacidade em nominar partes do
corpo, dificuldade de colorir símbolos grandes, incapacidade ao descrever
corretamente letras, números e símbolos. Vale ressaltar que quando se fala em
alterações psicomotoras da criança com distúrbio de aprendizagem atribuí-se não
somente nos aspectos motores, mas de ordem orgânica, psicológica, pedagógica,
relacional e sócio-cultural. Para Alves
(2005, p. 128) ”A criança, cujo, o desenvolvimento psicomotor é mal
constituído, poderá apresentar problemas na escrita, na leitura, na direção
gráfica, na distinção de letras (Ex.: b/d), na ordenação de sílabas, na
abstração (matemática), na análise gramatical, entre outras...”. O ponto de
partida para se ter o êxito no processo educacional da criança com distúrbio de
aprendizagem que está inserida nos atendimentos em Psicomotricidade que
primeiramente pretende-se servir de mediador na
aquisição das seguintes áreas: Esquema corporal, Coordenação óculo-manual, Coordenação dinâmica global,
Coordenação e estruturação temporal, Organização e estruturação espacial.De
acordo com Fonseca (2004,
p.11)“Em Psicomotricidade, o psíquico e o motor não são uma conseqüência linear
um do outro; são os dois componentes complementares, solidários e dialéticos,
da mesma totalidade sistêmica, encarando o corpo e a motricidade como elementos
essenciais da estrutura psicológica do Eu, pois é na ação que se toma
consciência do próprio e do mundo”. E, portanto, utilizar o centro de interesse
da criança para o direcionamento das atividades, propiciando um ambiente de
segurança e prazer, onde o potencial da mesma seja enfatizado. Para tanto a
Psicomotricidade procura valorizar os movimentos espontâneos, permitindo que a
criança utilize o seu próprio recurso, buscando soluções para a descoberta de
novos caminhos. Oferecendo à criança um modelo de
como executar determinado movimento. Propiciando momentos de reflexão das
atividades realizadas. Para que a criança alcance máximo de sua potencialidade,
num processo educativo que visa o desenvolvimento global do ser humano com
vistas à sua cidadania. Alves
diz: (2005, A
Psicomotricidade existe nos menores gestos e em todas as atividades que
desenvolve a motricidade da criança, visando ao conhecimento e ao domínio do
seu próprio corpo. Por isso dizemos que a mesma é um fator essencial e
indispensável ao desenvolvimento global e uniforme da criança. A estrutura é a
base fundamental para o processo intelectivo; quando uma criança apresenta
dificuldades de aprendizagem, o fundo do problema, em geral, está no nível das
bases de desenvolvimento psicomotor”. p.127 e 128) As crianças com dificuldade da percepção
visual têm problemas em entender o que vêem. O problema não é de visão, mas do
modo como seus cérebros processam as informações visuais. Entre indivíduos com
dificuldade de percepção visual ou que apresentam distúrbios na codificação ou
decodificação (leitura, escrita), percebe-se as trocas mais freqüentes
visualmente entre p/b – d/b – p/q – u/n – h/u e m/n. Segundo MORAIS (2006,
p.92) “Outro tipo de troca, que é decorrente dos distúrbios de discriminação
visual, é entre letras que diferem por pequenos detalhes (por ex: “o” e ”e”;
“f” e “t”; “c” e “e“;”h“ e ”b “; “a“ e ”o“), ou entre palavras que possuem
configurações gerais semelhantes”. Muitas vezes tipos de distúrbios visuais
afetam o processo de aprendizagem, tal como a insuficiência de convergência que
se não tratada ou diagnosticada a tempo levam crianças a apresentarem baixo
rendimento escolar com dificuldade para ler e escrever. Pode ser detectado por
um exame detalhado no oftalmologista, a partir dos quatro anos de idade, pois
este problema costuma a aparecer no período pré-escolar, quando a criança
começa a fixar o olhar por um determinado tempo e apresenta embasamento
momentâneo e, em alguns casos, ao focalizar a imagem a diplopia ou imagem dupla
ao fundir unicamente uma imagem, o que torna a leitura muito difícil e
cansativa. Por isso antes da alfabetização encaminhar ao oftalmopediatra. Segundo VASCONCELOS (2006 p.126 revista seleções)
”Cerca de 80% das pessoas (crianças e adultos) encaminhadas ao oftalmologista a
seu consultório apresentam problemas relacionados ao distúrbio de convergência.
Ela ressalta que muitos adultos não desconfiam que tem o problema, que pode
prejudicar a concentração e o rendimento no trabalho”. Quando as crianças nas
séries iniciais do ensino fundamental apresentam estas trocas, exigindo
movimentos visuais para perceberem a silabação da junção das consoantes com as
vogais, formando palavras e levando-as a processar visualmente os símbolos utilizados,
podem ser diagnosticadas como disléxicas (Indivíduos que sofrem uma lesão no
trajeto visual podem decodificar palavras visualmente não podendo
decodificá-las com a mesma rapidez). Segundo RATEY (2002, p.313) “Tanto que 20%
da população norte americana pode ser diagnosticada como disléxica, se forem
levadas em conta todas as variações em dificuldades de leitura”. A dislexia é
uma dificuldade que ocorre no processo de leitura, escrita, soletração e
ortografia. Não é uma doença, mas um distúrbio com uma série de
características. Torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns
sintomas estejam presentes em fases anteriores. Apesar de instrução
convencional, inteligência adequada, oportunidade sociocultural e ausência de
distúrbios cognitivos fundamentais, a criança disléxica falha no processo de
aquisição de linguagem. A dislexia independe de causas intelectuais, emocionais
e culturais. Há uma discrepância inesperada entre o seu potencial para aprender
e seu desempenho escolar. É hereditariamente e a maior incidência é em meninos
na proporção de “três para um”. No Brasil a ABD (Associação Brasileira de
Dislexia) vem trabalhando desde 1983 promovendo e divulgando cursos, debates e
palestras sobre o tema. CAPOVILLA (2001, p.37) define a dislexia como alteração
resultante de limitações sensoriais discretas ou de anomalias na organização
dinâmica dos circuitos cerebrais responsáveis pela coordenação
visuo-audio-motora. Os indivíduos acometidos são portadores de diferenças de
aprendizagem específicas, não
tratando-se de uma patologia e sim um modo diferente de pensar, não uma
incapacidade. O “nome” dislexia pode, muitas vezes, rotular a criança,
estigmatizando-a como u problema a ser resolvido e, como conseqüência, passar a
enfrentar muitas dificuldades, decorrentes desta discriminação. Porém, todo e
qualquer rótulo é fruto da ignorância sobre o tema, da falta de informação e
interesse em compreender o distúrbio e suas diversas formas de abordá-lo. A
dislexia enquadra-se como um distúrbio da leitura e escrita, que está presente
em crianças das séries iniciais do ensino fundamental que podem apresentar
alteração do processamento visual e ou distúrbios visuais. Em estudos
científicos descobrem que os cérebros de disléxicos são anatomicamente
diferentes. Tanto quanto em diferenças celular (estrutura e funcionamento das
células do sistema nervoso) e de conexão. Que se repete em membros das mesmas
famílias hereditariamente (que está ligada a um número de cromossomos). Então
se começa a compreender a relação entre sistemas de desenvolvimento neural e o
meio ambiente, que estabelece ligação entre diferenças cerebrais e
comportamento do aprendizado. O distúrbio mais comum do
aprendizado é a dislexia, uma condição de incapacidade de ler em um nível de
complexidade compatível com a inteligência global da pessoa. As pessoas com
dislexia têm dificuldade de ler, de escrever e de soletrar as palavras; contudo
suas capacidades de conversação e visuais são normais. Elas podem interpretar
os objetos visuais e figuras, sem dificuldade. Alguns casos de dislexia foram
identificados como resultantes de anormalidades de um gene no cromossomo 6.(Ekman,2000, p.281) O maior
número de crianças identificadas com problemas de aprendizagem são aqueles com
problemas de processamento da linguagem. Estes problemas vão desde ouvir as
palavras corretamente, entender seu significado, recordar materiais verbais e
comunicar-se claramente. (SMITH 2001, p.48) A alteração do processamento
auditivo é considerada um distúrbio da audição em que o indivíduo apresenta
inabilidade para analisar e interpretar sons. Este distúrbio nada tem a ver com
a perda auditiva e sim com a análise do som e seu significado. Processar a
informação, via sentido da audição exige que o s sons sejam detectados e
interpretados. A alteração de processamento auditivo é observada através de um
exame que irá analisar como pistas do sinal da fala estão sendo utilizadas para
reconhecer e compreender a mensagem. Geralmente as crianças encaminhadas para
uma avaliação do processamento auditivo apresentam uma queixa referente ao
desenvolvimento da linguagem e/ou
habilidades escolares, muitas vezes, sem diagnóstico etiológico definido. Os
pais e professores referem queixas tais como: parecem não entender ou não ouvir
a mensagem, são agitados ou muitos quietos, a atenção é curta e se cansam em
atividades longas, são irritados e sensíveis a sons intensos, não seguem
instruções longas, não gostam de ouvir histórias, pedem para repetir o que foi
dito /â?/, tem dificuldade em memorizar informações verbais, apresentam
dificuldades escolares e têm dificuldade para contar fatos ocorridos. O
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade -TDAH- é um transtorno
neurológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente
acompanha o indivíduo por toda sua vida. Se caracteriza por sintomas de
desatenção, inquietude e impulsividade. Não é visto como um problema de
aprendizado, como a dislexia e a disortografia, mas as dificuldades em manter a
atenção, a desorganização e a inquietude atrapalham bastante o rendimento dos
estudos. O TDAH parece estar associado a um grande risco de desempenho escolar,
repetências, expulsões e suspensões escolares, relações difíceis com
familiares, professores e colegas, desenvolvimento de ansiedade, depressão,
baixa auto-estima, problemas de conduta e em alguns casos delinqüência. Por
este motivo, o psicólogo está diante de uma grande tarefa e responsabilidade
que é o de minimizar o sofrimento da criança com TDAH, de seus pais e de seus
professores. “A psicoterapia também é importante porque oferece a oportunidade
de esclarecer dúvidas quanto às dificuldades sociais e de aprendizagem. A
psicoterapia promove também o desenvolvimento de habilidades sociais,
habilidades essas que muitas vezes a criança hiperativa carece.” (BENCZIK 2000,
p.92) Essencialmente e de fundamental importância para o aprendizado é a
participação dos pais, nas séries iniciais dos indivíduos que apresentam
dificuldade na aprendizagem, ajudando-os a não terem baixo auto-estima em relação
à leitura e escrita, sendo assim não dificultando o seu aprendizado. Crianças
com dificuldades ou distúrbios da leitura e escrita, podem ser ajudadas através
de orientações, tornando a família co-participante deste processo, visto que é
fundamental para seu desenvolvimento. Conforme cita MORAIS (2006, p.25) “O
prognóstico irá depender de cada um, bem como do envolvimento da tríade
escola-família-profissionais envolvidos. È fundamental o comprometimento de
todos para que os resultados esperados sejam efetivos”. Dependendo da visão que
a família tem frente às dificuldades do indivíduo e como ela irá trabalhar com
os sintomas apresentados é a grande alavanca para o prognóstico terapêutico.