Atualizado em 16 de junho, 2011 - 10:53 (Brasília) 13:53 GMT
A doença é causada pela bactéria sexualmente transmissível Treponema pallidum.
As vidas de centenas de milhares
de bebês podem ser salvas anualmente se mulheres grávidas fizerem
exames de sífilis, dizem pesquisadores na Grã-Bretanha.
Pesquisadores da University College London
analisaram 10 estudos prévios, que envolveram um total de 41 mil
mulheres, e divulgaram suas conclusões na publicação científica Lancet Infectious Diseases.
Os pesquisadores dizem que exames e consequentes tratamentos a base de antibióticos seriam uma forma barata e efetiva de diminuir pela metade o número de mortes.
O estudo sugere que a realização de exames acompanhados de tratamento resultou na redução de 58% dos casos de natimortos e em uma redução similar nos casos de mortes nas primeiras semanas de vida. Casos de sífilis congenita também foram reduzidos.
Custo
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que resulta em ferimentos e coceiras e evolui para danos mais sérios ao coração, cérebro e olhos, podendo causar a morte.
Ela pode ser passada de mãe para filho pela placenta, doença conhecida como sífilis congenita.
Calcula-se que menos de uma em cada oito mulheres faz o teste de sífilis durante a gravidez e mais de dois milhões de mulheres com a doença ficam grávidas anualmente.
Em mais de dois terços dos casos, ocorrem sérias complicações.
Outro estudo complementar publicado no Lancet calcula que o custo para a realização de testes para a sífilis é de US$ 1.44 (equivalente a cerca de R$ 2,3).
Os pesquisadores dizem ainda que se todas as mulheres grávidas que testarem positivo receberem uma única dose do antibiótico benzatina antes da 28ª semana de gravidez, não haveria mais mortes de bebês recém-nascidos causa da sífilis.
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