Millie nasceu com uma pequena mancha azul no rosto. Na ocasião, os médicos disseram a Michelle e Stuart, pais da criança, que se tratava de um machucado sem gravidade por causa do trabalho de parto rápido.
Segundo informações do jornal “Daily Mail”, alguns dias depois, a pequena marca havia se transformando em uma imensa mancha vermelha, que não só deixou o bebê desfigurado, como também estrangulava a traquéia, mandíbula e laringe.
A mancha é conhecida como hemangioma, um tumor formado por veias sanguíneas que, se continua a crescer, chega ao ponto de provocar graves problemas respiratórios. E, no caso de Millie, o hemangioma só aumentava, até que ela precisou ser submetida a uma traqueostomia para respirar. Isso deixou a menina incapaz de fazer qualquer som.
Ela fez contato com o hospital e a enfermeira pediu uma foto do bebê. “Ela me telefonou de volta e disse que poderia ser outro tipo de marca de nascença e que ela queria nos ver assim que possível”, contou Michelle. No dia seguinte, Millie piorou e precisou ser submetida a procedimentos de emergência. Ela foi transferida para Great Ormond Street Hospital, onde ficaria pelos próximos seis meses.
A menina se alimentava através de tubos e só respirava por causa da traqueostomia, realizada em uma operação de sete horas. “Uma das partes mais tristes foi não poder alimentar minha filha e nunca ouví-la chorar ou fazer qualquer som”, conta Michelle.
Os médicos de Millie ficaram relutantes em usar o remédio, com medo que ela piorasse. “Nós acabamos tentando, principalmente por causa da diferença que fez em outras crianças com hemangioma”, conta Michelle. Os especialistas deram a droga em pequenas doses e a mancha no rosto de Millie começou a diminuir. “O resultado foi quase instantâneo”, enfatiza a mãe.
Mesmo depois da melhora, Millie ainda precisou passar por uma cirurgia de reconstrução das vias aéreas. Depois de duas semanas, o bebê já podia respirar sozinho e recebeu alta. Meses depois, a menina passou por uma cirurgia plástica para reconstruir os lábios, embora ela ainda tenha algumas cicatrizes.
“O remédio mudou a vida dela completamente. O tumor era muito doloroso e ela nunca gostou de ser tocada. Millie precisava de morfina diariamente para se sentir confortável. Agora, nós podemos beijar e abraçar nossa filha”, festeja Michelle.
Publicaso originalmente em: http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/menina-sobrevive-marca-de-nascenca-fatal-por-causa-de-tratamento-pioneiro-no-reino-unido-3640912.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário