sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Feliz 2013!!!!

Agradeço à todos que vêm acessando este Blog, e, que demonstram como eu interesse por estes assuntos interessantes nas diversas áreas das ciências e saúde. Desejo um Feliz 2013 à todos.
Lean.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Conheça seis fatores que podem causar autismo


Autismo

  Além da genética, novos estudos associam uso de antidepressivos, obesidade e até poluição do ar ao aumento do risco de desenvolver o distúrbio


Autismo: apesar de não haver um consenso sobre as causas da doença, especialistas concordam que existem fatores genéticos e ambientais envolvidos (Thinkstock)
Estabelecer com precisão as causas do autismo ainda desafia a medicina. Sabe-se que existe um componente genético envolvido, mas os pesquisadores passaram a considerar também uma série de fatores externos que podem contribuir para o desenvolvimento do distúrbio. Novos estudos mostram que a gravidez é de extrema importância. Desde o uso de antidepressivos até contrair uma gripe durante esse período aumentam as chances de ter filhos que manifestem a doença mais tarde. "Não existe um único autismo. A manifestação da doença é muito variada e o que se entende é que pode ter diversas causas", afirma Guilherme Polanczyk, psiquiatra infantil do Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo. Ele explica que os fatores ambientais podem aumentar o risco do surgimento de uma doença, mas isso não significa que apenas um deles é suficiente para causá-la – ou que todos sejam necessários. Conheça os fatores apontados pelas mais recentes pesquisas.

Seis fatores ambientais relacionados ao autismo

1)Uso de antidepressivos:

O uso de antidepressivos durante a gravidez pode dobrar o risco do filho desenvolver autismo. Essa é a conclusão de um estudo realizado na Califórnia e publicado no periódico Archives of General Psychiatry em novembro de 2011, que envolveu 298 crianças com distúrbios do espectro do autismo (ASD, na sigla em inglês) e 1.507 crianças no grupo de controle. O uso de tais medicamentos foi relatado por 6,7% das mães de crianças autistas, contra 3,3% das mães no grupo de controle. Essa relação é considerada mais forte caso os medicamentos sejam utilizados no primeiro trimestre da gravidez.

2) Gripe ou febre persistente 

Um estudo preliminar realizado com quase 96.736 crianças nascidas na Dinamarca entre 1997 e 2003, publicado em novembro de 2012 na revista americana Pediatrics, mostrou que a incidência de gripe ou febre prolongada durante a gravidez pode ser um fator de risco para o autismo.
De acordo com os pesquisadores, as crianças cujas mães tiveram gripe durante a gravidez tinham duas vezes mais chances de serem diagnosticadas com distúrbios do espectro do autismo (ASD) antes de completarem três anos de idade. No caso de febres com duração de uma semana ou mais, o risco pode ser até três vezes maior.
 
A motivação para a pesquisa surgiu de estudos em animais, que indicavam que a ativação do sistema imunológico da mãe durante a gravidez poderia afetar o desenvolvimento do cérebro da criança.
 

3) Obesidade, diabetes e pressão alta

Mães obesas têm chances maiores de ter filhos autistas. De acordo com um estudo publicado no periódico Pediatrics em abril de 2012, a obesidade materna aumenta em até 67% a chance da criança sofrer do distúrbio.
A pesquisa envolveu com 517 crianças com distúrbios do espectro do autismo (ASD, na sgila em inglês), 172 com distúrbios do desenvolvimento e 315 com desenvolvimento normal, nascidas na Califórnia entre janeiro de 2003 e junho de 2010, e mostrou que a incidência de diabetes, hipertensão e obesidade das mães era maior no grupo que apresentava a doença do que no grupo de controle.

Além disso, dentre as crianças com ASD, aquelas cujas mães tinham diabetes apresentavam dificuldades relacionadas à linguagem, em comparação com os filhos de mulheres não-diabéticas.

4) Vitamina D

Diversos estudos associam baixos níveis de vitamina D no sangue a doenças autoimunes. Um estudo publicado em agosto de 2012 no periódico Journal of Neuroinflammation aponta uma relação entre a falta dessa vitamina e o autismo
A pesquisa foi realizada com 50 crianças autistas, entre 5 e 12 anos, e 30 crianças com desenvolvimento normal. Entre as crianças com autismo, 88% delas tinham insuficiência ou deficiência (sendo a última a mais severa) de vitamina D. Ao mesmo tempo, 70% dos pacientes com a síndrome apresentaram níveis elevados do autoanticorpo denominado anti-MAG (glicoproteína associada à mielina). Autoanticorpos são células do sistema imunológico que atuam contra proteínas do próprio indivíduo que as produz, e por isso estão associados a doenças auto-imunes, como diabetes tipo 1 e lúpus sistêmico, por exemplo.
 
Os pesquisadores acreditam que a deficiência de vitamina D pode contribuir para a produção do autoanticorpo, mas a relação de tal vitamina com o autismo ainda não é clara.
 

5)Tabagismo

Fumar durante a gravidez está associado a distúrbios menos graves relacionados ao autismo, como a Síndrome de Asperger. Essa é a conclusão de um estudo realizado pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), nos EUA, que analisou dados de 633.989 crianças nascidas entre 1992 e 1998. Por outro lado, não foi identificada relação entre o fumo na gravidez e o autismo comum. 

6)Poluição do ar

A poluição do ar é um fator ambiental que tem sido relacionado ao autismo por diversos estudos. Uma pesquisa de 2010, realizada na Califórnia, mostrou que crianças que viviam a menos de 300 metros de rodovias tinham o dobro de chance de desenvolver autismo do que aquelas que viviam mais longe.
Os mesmos pesquisadores publicaram um estudo em novembro de 2012, no periódico Archives of General Psychiatry, que aprofunda tais resultados. Participaram 279 crianças diagnosticadas com autismo e outras 245 que não apresentavam a doença. As mães informaram os endereços em que viveram durante a gestação e o primeiro ano da criança e os pesquisadores analisaram os níveis de poluição do ar em cada local. O resultado mostrou que as crianças que foram expostas aos maiores níveis de poluição causada por veículos tinham até três vezes mais chances de desenvolverem autismo. 

Publicado originalmente em: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/conheca-seis-fatores-que-podem-causar-autismo

 

 

 

 

 

 

 

 


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Técnica ‘Cavalo de Troia’ elimina câncer em camundongos



Cavalo de Troia | Foto: Getty
Técnica faz referência a batalha em que os gregos adentraram território inimigo com um cavalo
Um tratamento experimental usando uma técnica de "Cavalo de Troia" eliminou totalmente o câncer de próstata em camundongos. O estudo, realizado na Grã-Bretanha, enviou uma espécie de agente invasor disfarçado ao interior de células doentes.
A equipe escondeu uma série de diferentes vírus capazes de matar células cancerígenas dentro do sistema imunológico dos roedores com o objetivo de introduzi-los dentro de tumores.
Uma vez no interior, dezenas de milhares de cepas destes vírus foram liberados para tentar "matar o câncer".
Os resultados, publicados no periódico científico Cancer Research, mostram que o grupo foi bem sucedido. Embora analistas tenham classificado a pesquisa como "animadora", testes em humanos ainda são necessários antes de qualquer posicionamento definitivo.
O nome da técnica faz referência à mítica batalha em que os gregos adentraram o território inimigo da cidade de Troia escondidos no interior de um grande cavalo.

'Surfando na onda'

A técnica de "Cavalo de Troia" no tratamento médico não é nova. Cada vez mais cientistas têm-se valido deste recurso mas, segundo eles, o principal desafio é a profundidade necessária dentro do tumor para que os vírus sejam eficazes o suficiente.
"O problema é a penetração", diz Claire Lewis, professora da Universidade de Sheffield. Ela lidera um estudo em que glóbulos brancos são usados como "Cavalos de Troia" para abrigar os vírus em sua jornada ao interior dos tumores.
Ela explica que seu grupo também trabalha com a lógica de uma "onda".
Após tratamentos com radioterapia e quimioterapia, os tecidos do paciente ficam danificados, e uma grande quantia de glóbulos brancos é enviada ao local para ajudar a reparar o estrago.
"Estamos surfando nesta onda para introduzir o número maior possível de glóbulos brancos levando os vírus capazes de explodir os tumores até o coração desses tumores", explica a cientista.
Sua equipe injetou glóbulos brancos contendo poucos de vírus nos camundongos dois dias após um ciclo de quimioterapia. Após entrarem no tumor, os vírus se replicam e em apenas 12 horas os glóbulos brancos explodem e expelem mais de 10 mil vírus cada, infectando e matando as células cancerígenas.

Eliminação dos tumores

Ao final do ciclo de 40 dias do estudo, todos os camundongos que receberam o tratamento ainda estavam vivos e sem sinais dos tumores.
Em comparação, aqueles sob outros esquemas de tratamento viram seu câncer se espalhar e depois morreram.
"[O tratamento] elimina completamente o tumor e impede que ele volte a crescer", diz a cientista Claire Lewis, acrescentando tratar-se de um conceito "revolucionário". Mas ela lembra que outros avanços do tipo acabaram sendo completamente inúteis quando testados em humanos.
Ela espera começar os testes em pacientes no próximo ano.

Radioterapia e quimioterapia

Para Emma Smith, do Cancer Research UK (Instituto de Pesquisas do Câncer do Reino Unido), o estudo mostra que a quimioterapia e a radioterapia, tratamentos tradicionais contra o câncer, podem tornar-se mais eficientes com a ténica do "Cavalo de Troia".
"Equipar o próprio sistema imunológico do corpo para levar um vírus mortal aos tumores é uma tática animadora que muitos cientistas estão pesquisando. Este estudo mostra que tem o potencial de transformar a quimioterapia e a radioterapia em armas mais eficientes contra o câncer", diz.
Kate Holmes, chefe de pesquisas do Prostate Cancer UK, diz que se os estudos em humanos forem bem-sucedidos a técnica pode vir a ser um "divisor de águas" no tratamento do câncer de próstata.
"Se este tratamento tornar-se um sucesso em humanos, poderia se revelar um progresso substancial em encontrar melhores tratamentos para homens com câncer de próstata, quando este já se espalhou pelos ossos", avalia.

Publicado originalmente em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121221_cavalo_troia_cancer_jp.shtml

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Bebê prematura tem vida salva por causa de erro médico

Para quem não sabe, bebês prematuros que inspiram cuidados especiais nascidos no Reino Unido não recebem o tratamento adequado para sobreviverem. A regra vem de um código de ética criado pelos hospitais locais.
Acontece que um casal conseguiu salvar sua filha, que deveria entrar para as estatísticas dos prematuros inviáveis, por conta de um bobo erro médico.
De acordo com o Daily Mail, Kate e Renato Douse tiveram 2 crianças, as gêmeas Maddalena e Isabella. Ocorre que as duas nasceram com 23 semanas e Isabella não resistiu, morrendo algumas semanas após o nascimento.
No entanto, Maddalena sobreviveu e foi aí que o inusitado aconteceu. Ao pesarem a criança, a balança marcou 453 gramas (1 libra), o que já pode ser considerado razoável para que os médicos se empenhem em manter um bebê vivo.
O curioso é que Maddalena pesava, na realidade, 382 gramas. O restante do peso foi completado por uma tesoura esquecida em cima da balança.
Seis meses mais tarde, a bebê recebeu alta do Hospital Royal Sussex e deve crescer como uma criança saudável.

Publicado originalmente em: http://colunistas.ig.com.br/obutecodanet/2012/12/18/bebe-prematura-tem-vida-salva-por-causa-de-erro-medico/

Tetraplégica controla braço robótico com a mente de 'forma inédita'

Atualizado em  17 de dezembro, 2012 - 13:50 (Brasília) 15:50 GMT

Jan desenvolveu grande controle do braço mecânico com seu pensamento
Um braço robótico já pode ser controlado pelo pensamento de forma "sem precedentes", de acordo com um estudo publicado pela revista médica The Lancet.
Jan Scheuermann, de 53 anos, paralisada do pescoço para baixo, foi capaz de mover com destreza um braço mecânico, segurando objetos como se eles fossem movidos por sua própria mão biológica.
Implantes cerebrais foram usados na paciente para controlar o braço robótico, e o resultado foi avaliado por especialistas como "uma conquista extraordinária".
Jan foi diagnosticada com degeneração espinocerebelar 13 anos atrás e foi perdendo o controle de seu corpo progressivamente. Ela não consegue mais mover seus braços e pernas.
Ela recebeu o implante de dois sensores - cada um de 4mm x 4mm - no córtex do cérebro. Uma centena de pequenas agulhas em cada sensor percebe a atividade elétrica de 200 células cerebrais.

Comandos

Os neurônios se comunicam entre si através de pulsos, diz o professor Andrew Schwart, da Universidade de Pittsburgh.
Essas vibrações elétricas no cérebro são então traduzidas em comandos para mover o braço - dobrar na altura do cotovelo, rotar e agarrar um objeto, por exemplo.
Jan foi capaz de controlar o braço logo no segundo dia de treinamento; ao longo de 14 semanas, foi aperfeiçoando essa habilidade.
Segundo o estudo médico, ela adquiriu "coordenação, habilidade e velocidade quase similares às de uma pessoa de corpo não deficiente".
Schwartz contou à BBC que movimentos tão precisos nunca haviam sido observados antes.
"São (movimentos) fluidos e muito melhores do que o que se havia demonstrado antes", afirmou. "Acho que isso é uma prova convincente de que essa tecnologia (se converterá em uma terapia) para pessoas com lesões na espinha dorsal."
Para Schwartz, a nova tecnologia já permite que essas pessoas realizem tarefas diárias.

Tecnologia em casa

As técnicas que apostam no poder de um cérebro saudável para superar um corpo danificado têm avançado rapidamente.
No início deste ano, um estudo apontou que uma mulher conseguiu usar um braço robótico para servir-se de uma bebida pela primeira vez em 15 anos desde que sofreu um derrame.
Nos dois estudos, porém, os resultados foram obtidos em laboratório - ou seja, a tecnologia ainda não foi aplicada em suas casas.
Agora, pesquisadores tentam acoplar o braço mecânico à cadeira de rodas de Jan, para que ela possa usá-lo em sua vida cotidiana.
Também há tentativas de dar sensações ao membro artificial, para que seu portador volte a experimentar o sentido de toque.
Para os pesquisadores Gregoire Courtine, Silvesto Micera, Jack DiGiovanna e José del Millan, o controle do braço retratado no estudo é uma conquista "tecnológica e biomédica incrível".
Eles acrescentam que tecnologia do membro mecânico está chegando perto do ponto em que "poderá, em breve, se tornar um modelo revolucionário de tratamento" para portadores de paralisias.

Publicado originalmente em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121217_braco_robotico_pai.shtml

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Universidade treina cão a detectar bactéria hospitalar


O beagle Cliff (Foto: Centro Médico da Universidade VU, Amsterdã)
Cliff passou por dois meses de treinamento para detectar a bactéria em pacientes infectados
Um estudo realizado pela Universidade VU, de Amsterdã, na Holanda, revelou que cães podem detectar bactérias que causam infecções hospitalares graves, como a Clostridium difficile.
Cliff, um beagle de dois anos usado no estudo, conseguiu detectar a superbactéria com 83% de precisão.
Os testes com Cliff foram feitos em dois hospitais de Amsterdã nos quais, como em outros países, os médicos estão tentando reduzir as taxas de infecção pela bactéria detectada pelo beagle.
Os exames de laboratório usados atualmente são lentos, caros e podem atrasar o início do tratamento em até uma semana.
A Clostridium difficile geralmente afeta pacientes idosos que estão sendo tratados com antibióticos. Ela provoca problemas na flora intestinal, diarreia e, em casos extremos, inflamação intestinal e a morte.
Os cientistas afirmaram que usar um cachorro nos hospitais para detectar os pacientes infectados é uma forma "rápida, eficaz e popular" de evitar a propagação da bactéria.
A pesquisa foi divulgada na revista britânica especializada British Medical Journal.

Cheiro

Estudos anteriores demonstraram que cães são capazes de detectar vários tipos de câncer.
A ideia de treinar um cachorro para detectar a Clostridium difficile surgiu quando os pesquisadores do Centro Médico da Universidade VU, de Amsterdã, notaram que as fezes contagiadas pela bactéria emitiam um odor específico.
Cliff, que nunca tinha sido treinado para aprender a detectar a bactéria, passou por dois meses de instrução para farejar os odores da bactéria em amostras de fezes e em pacientes contagiados.
Cliff tinha que se sentar ou deitar quando o micro-organismo estivesse presente.
Quando o beagle foi colocado à prova, foram apresentadas 50 amostras de fezes com a bactéria e 50 sem.
Cliff identificou corretamente as 50 amostras positivas e 47 das 50 negativas.
Bacteria 'Clostridium difficile'
A bactéria 'Clostridium difficile' atinge pacientes idosos
Os números equivalem a uma qualificação de 100% em termos de sensibilidade (a proporção de positivos detectados corretamente) e 94% em especificidade (a proporção de negativos identificados corretamente).
Depois, Cliff foi levado para as salas de dois hospitais para provar sua capacidade em meio aos pacientes.
O cachorro conseguiu identificar corretamente 25 de 30 pacientes infectados (83% de sensibilidade) e 265 de 270 pacientes sem a bactéria (98% de especificidade).

'Rápido e eficaz'

De acordo com os pesquisadores, Cliff "demonstrou ser rápido e eficaz, rastreando uma sala completa do hospital para buscar os pacientes com as infecções da C. difficile em menos de dez minutos".
"Para os propósitos de detecção, o cão não precisou de uma amostra de fezes ou do contato físico com os pacientes", afirmaram os autores da pesquisa.
"Tudo indica que os cães podem detectar a C. difficile no ar em volta dos pacientes", acrescentaram.
Mas, os cientistas holandeses destacam que este foi um estudo inicial e agora deverão fazer pesquisas mais abrangentes.
Também existem algumas dúvidas como a imprevisibilidade de se usar um animal como ferramenta de diagnóstico e o potencial que este animal teria de espalhar infecções.

Publicado originalmente em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121217_caes_bacterias_fn.shtml

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Craid comemora 27 anos de atividades com festa de Natal

 http://www.sesa.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/386/DSC_0051.JPG
Nesta quarta-feira (12) o Centro Regional de Atendimento Integrado ao deficiente (Craid), unidade da Secretaria da Saúde, completou 27 anos. O secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, participou das festividades organizadas pelos funcionários da unidade. Com a presença do Papai Noel, os pacientes participaram de atividades de arte e receberam doces e presentes doados pela Associação Santa Rita – Oficina Santana, pela Receita Federal e pela Secretaria da Saúde.

Criado no ano de 1985, o centro acompanha crianças com paralisia cerebral ou que estão em observação desde o nascimento porque tiveram problemas no pré-natal ou parto, e as com baixa visão. A equipe do Craid é formada por pediatras, neuropediatras, oftalmologistas, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, dentistas e profissionais de apoio. Durante o ano de 2012, o Craid já realizou 50.132 procedimentos.

Fonte: http://www.sesa.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=2743&tit=Craid-comemora-27-anos-de-atividades-com-festa-de-natal

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cientistas reprogramam células de urina para gerar neurônios


Foto: Lihui Wang, Guangjin Pan e Duanqing Pei
Células progenitoras neurais derivadas de urina humana em estudo de pesquisadores chineses
Cientistas chineses afirmam ter conseguido reprogramar células de urina humana em células cerebrais (progenitoras neurais), em uma pesquisa que pode contribuir para futuros avanços no tratamento de males degenerativos como Alzheimer e Parkinson.
A pesquisa, publicada na mais recente edição do periódico Nature Methods, afirma que células de urina foram isoladas de três doadores, de 37, 10 e 22 anos, e reprogramadas para gerar células progenitoras neurais (NPCs), que são precursoras das células cerebrais. Estas NPCs, por sua vez, foram capazes de se subdividir e "gerar com eficiência neurônios funcionais" distintos in vitro.
Os mesmos cientistas haviam identificado no ano passado que a urina humana contém células do rim "que podem ser reprogramadas em células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs)". Agora, dizem ter avançado neste método.
"Ainda faltam análises, mas reportamos que as células sobrevivem e se dividem quando transplantadas ao cérebro de um rato recém-nascido", diz o estudo, liderado por Duanquing Pei, da Academia Chinesa de Ciências.
Células progenitoras neurais são potenciais fontes de neurônios para pesquisa, com a vantagem de se dividirem e, por conta disso, poderem ser "expandidas" em laboratório antes que sejam divididas em neurônios.

Pesquisa e teste de medicamentos

"Há um grande interesse em gerar progenitoras neurais de indivíduos com doenças degenerativas", diz comunicado da Nature Methods.
"E como as células a serem reprogramadas são derivadas de (processos) não-invasivos, da urina de doadores, os autores da pesquisa propõem que o procedimento deve ser praticável para gerar progenitoras neurais específicas para determinadas doenças", acrescenta a publicação.
"Neurônios derivados dessas células podem ser úteis para pesquisas em males neurodegenerativos e para o teste de novos medicamentos", conclui o comunicado.
A pesquisa de Duanquing Pei lembra que ainda não há medicamentos eficientes para combater diversas doenças neurológicas.
Há importantes avanços no campo de células-tronco, mas o método é alvo de questionamentos por alas mais conservadoras porque as células são obtidas de embriões humanos. Além disso, existe o risco de rejeição do sistema imunológico. A vantagem da pesquisa chinesa é evitar esses dilemas.
Além disso, reportagem da revista Nature aponta que o estudo pode ajudar pesquisadores a produzir mais rapidamente células específicas para cada paciente, em número maior.
"Progenitoras neurais proliferam em cultura, então os pesquisadores podem produzir diversas células para seus experimentos", diz a reportagem.
Um geneticista consultado pela revista afirma que outra vantagem de obter células dessa forma é que a urina pode ser coletada de quase qualquer paciente.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121210_celulas_urina_cerebro_pai.shtml

Médicos usam vírus da aids para salvar menina com leucemia



Emma com a mãe, Kari. A menina, que quase morreu por causa da leucemia, passa bem após tratamento experimental Foto: The New York Times / Reprodução 
Emma com a mãe, Kari. A menina, que quase morreu por causa da leucemia, passa bem após tratamento experimental
Foto: The New York Times / Reprodução

Uma menina americana foi salva após receber um tratamento inédito para uma criança e para o tipo de leucemia que ela sofria. Emma Whitehead, hoje com 7 anos, recebeu uma versão "desligada" do HIV que reprogramou seu sistema imunológico para combater a doença. As informações são do The New York Times.
Quando Emma tinha 6 anos, os médicos ficaram sem opções tradicionais para tratar a leucemia. Desesperados, os pais recorreram ao tratamento experimental no Hospital da Criança da Filadélfia, em abril. O tratamento não deu resultados no início - na verdade, quase matou a menina.
Contudo, sete meses depois, a criança se recuperou e o câncer entrou em completa remissão. Ela se tornou uma das primeiras pessoas em que os médicos conseguiram reprogramar o sistema imunológico para combater um tipo de câncer.
"Nosso objetivo é conseguir uma cura, mas não podemos dizer essa palavra", diz Carl June, líder da equipe que estudo o tratamento, da Universidade da Pensilvânia. O médico espera que a nova técnica substitua o transplante de medula, um procedimento mais perigoso e caro e que atualmente é a última esperança de casos como leucemia.
O Dr. June cita outros três casos que tiveram remissão completa - sendo que dois não mostram sinais da doença há dois anos. Outros quatro não tiveram remissão total; outro foi tratado muito recentemente para se tirar conclusões; uma criança melhorou e depois teve uma recaída; em dois adultos, o tratamento não funcionou.
Segundo o jornal, apesar dos resultados mistos, especialistas dizem que o estudo é uma grande promessa, porque nesta fase de teste os casos eram aqueles considerados sem esperança. "Eu acho que é um grande avanço", diz Ivan Borrello, professor da Universidade Johns Hopkins. Outro pesquisador, John Wagner, da Universidade de Minnesota, chama os resultados de "fenomenais" e diz que eles têm "o que nós temos trabalhado e esperado por, mas não temos visto com esta extensão". Agora, uma grande farmacêutica - a Novartis - investiu US$ 20 milhões no estudo para que os médicos o levem ao mercado.
Como funciona
A aids é uma doença que ataca o sistema imunológico - e o HIV é muito bom em inserir seu código genético nas células que deveriam nos defender. Foi por causa dessa característica que os cientistas usaram unidades "desligadas" (que não causam a doença) do vírus para inserir material genético nas células-T (do sistema imunológico). Os médicos retiram milhões destas do corpo da paciente e usam o HIV para "reprograma-las". As T são jogadas de novo no sangue, irão se reproduzir e atacar o câncer.
Curiosamente, um sinal de que o tratamento está funcionando é que o paciente irá se sentir terrivelmente doente, com febre alta e calafrios, além de perigosas quedas de pressão e até edema. Foi essa reação que quase levou Emma a óbito. O caso dela foi tão extremo que os parentes e amigos foram chamados para se despedir da pequena.
Contudo, os exames indicaram uma reviravolta no caso dela - eles apresentaram um alto nível de uma substância chamada de interleucina-6 (IL-6). Os médicos deram um remédio (usado em pacientes com artrite reumatoide) para baixar o nível da substância e Emma melhorou.
Próximos passos
Os cientistas afirmam que a pesquisa está ainda nos seus passos iniciais e muitas questões precisam ser respondidas. Os pesquisadores não têm certeza, por exemplo, porque o tratamento funciona em alguns casos, mas falha em outros.
Além disso, as T modificadas atacam outro tipo de células, o que deixa corpo vulnerável a certos tipos de infecções. Emma e outros pacientes precisarão de tratamentos regulares para evitar essas infecções.
Apesar disso, os pais afirmam que a menina já voltou à escola e passa bem. "Chegou a hora de ela voltar a ser uma criança, de ter sua infância de volta", diz o pai da criança.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/medicos-usam-virus-da-aids-para-salvar-menina-com-leucemia,20089bc62098b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Ciência aumenta sobrevivência de prematuros



Avanços na medicina britânica estão aumentando as chances de vida de bebês extremamente prematuros, segundo um estudo recém-divulgado.
Em 1995, um total de 40% dos bebês ingleses nascidos entre 22 e 25 semanas e que foram tratados em unidades intensivas, sobreviveram.
Em 2006, o número de crianças extremamente prematuras nascidas com entre 22 e 25 semanas de gestação que sobreviveram passou a ser de 53%.
Mas o estudo não descobriu melhoras significativas no índice de sobrevivência de bebês nascidos com menos de 22 semanas de idade, o limite legal para a realização de aborto.
E as chances de bebês extremamente prematuros eventualmente sofrerem sequelas como cegueira, paralisia cerebral e surdez não foram reduzidas. Elas afetam um em cada cinco bebês.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121205_prematuros_sobrevivencia_bg.shtml

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Terror noturno é comum entre seis e 12 anos; veja como agir se seu filho sofre do problema

Nos casos de terror noturno, a criança acorda sem se lembrar do que aconteceu

A criança se comporta como se estivesse em perigo, grita, o coração fica acelerado. Parece ver ou sentir algo amedrontador, mas, apesar de toda a agitação e de até ficar de olhos abertos em alguns casos, ela está dormindo. A cena, descrita pela psicóloga clínica e terapeuta cognitiva Margarida Antunes Chagas, retrata um episódio do chamado terror noturno, distúrbio do sono incidente, principalmente, entre os seis e os 12 anos.

“Embora sério no momento em que ocorre, pois costuma assustar quem o presencia pela intensidade da manifestação, esse distúrbio é benigno e tende a desaparecer com o tempo, conforme o amadurecimento dos mecanismos do sono”, afirma a neurologista Márcia Pradella-Hallinan, coordenadora do setor de pediatria do Instituto do Sono, em São Paulo.

Segundo a médica, é como se o cérebro não soubesse ainda alternar entre os estágios do sono e ficasse “encalhado” entre eles. Essa dificuldade de transição faz com que haja sobreposição do sono profundo com um despertar, daí a crise é desencadeada. A criança parece que está sonhando ou que teve pesadelo, mas não se lembrará de nada, independentemente se acordar durante o episódio ou na manhã seguinte.
O fato de a criança não se lembrar é um dos fatores que diferencia o terror noturno de um pesadelo comum. No caso do sonho ruim, ela é capaz de contar sobre o que estava sonhando e às vezes até de identificar o que a deixou com medo. No terror noturno, é como se nada tivesse acontecido.

“O pesadelo e os episódios de terror acontecem em fases distintas do sono. O primeiro tem lugar no chamado sono REM, mais próximo do despertar, quando o sono está mais superficial. Já o segundo acontece em um período bem profundo do sono”, diz o neurologista Saul Cypel, neuropediatra do Hospital Israelita Albert Einsten, de São Paulo, e consultor da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, voltada à primeira infância.
Para ajudar os pais a lidarem com esse distúrbio, o UOL Gravidez e Filhos reuniu informações sobre as perguntas mais frequentes sobre o assunto:

O terror noturno é herdado?

De acordo com a especialista Márcia Pradella-Hallinan, não há um gene que transmita o terror noturno, mas a forma como a criança amadureceu em relação ao sono pode ter sido “herdada” de familiares. A especialista diz que mais da metade das crianças com qualquer manifestação de parassonia do despertar –sonambulismo, terror noturno, choro inconsolável do bebê– tem um parente próximo que teve o mesmo quadro.

Quanto tempo dura um episódio de terror noturno? O que acontece com a criança durante a crise?

A duração é de cinco a 15 minutos em média. Segundo a psicóloga Margarida Antunes Chagas, durante a manifestação, a criança pode até se levantar da cama. Se acordar abruptamente, continuará amedrontada, pode não reconhecer as pessoas e ficar agressiva.

O que fazer quando acontece uma crise?

Se a criança sair da cama, os pais devem conduzi-la calmamente para que ela se deite de novo, sem acender luzes ou expô-la a fatores que possam despertá-la. Acordá-la, em vez de interromper a crise, pode prolongar o episódio.
É necessário acompanhar o momento e oferecer proteção e carinho, principalmente nos casos em que a criança apresenta sonambulismo ou comportamento agressivo, correndo o risco de causar danos físicos a si. Para evitar que ela se machuque, algumas medidas preventivas são necessárias, como colocação de redes de proteção em janelas e portões em escadas e esconder chaves e objetos cortantes.

Estabelecer uma rotina tranquila antes de ir para a cama pode evitar as manifestações?

Segundo a neurologista Márcia, do Instituto do Sono, ajudar a criança a ter um sono mais tranquilo não impede que o terror noturno se manifeste.
“De toda forma, ter cuidados com a alimentação, investigar se algum medicamento em uso pode estar acentuando os episódios, diminuir a ansiedade, caso a criança esteja passando por um momento de estresse, e oferecer conforto físico e emocional antes do sono é sempre muito importante”, afirma a terapeuta Margarida Antunes Chagas.

Com que frequência pode acontecer e quando os pais devem procurar ajuda?

Na maioria das vezes, os episódios são esporádicos e o período de ocorrência varia de criança para criança. Algumas têm semanalmente, outras no espaço de dez a 15 dias. Em casos raros, várias vezes durante a mesma noite.

“Se forem frequentes, vale a pena procurar um especialista para avaliação. Quando a qualidade do sono da família estiver sendo prejudicada e tiver havido acidente associado a um episódio, é indicado procurar ajuda médica”, diz Márcia Pradella-Hallinan, do Instituto do Sono.

Para a psicóloga Margarida, também é válido procurar um médico no caso de a criança apresentar prejuízos emocionais ou em suas atividades diárias.

Fatores emocionais podem ter ligação com as crises de terror noturno?

“Servem como favorecedores em um terreno predisponente”, afirma a neurologista do Instituto do Sono. Quando a criança não tem predisposição, segundo a profissional, a chance de um episódio acontecer é muito menor.
No entanto, para o neuropediatra Saul Cypel, do Einstein, os fatores emocionais devem ser levados em conta. “Pela observação em consultório, vejo que muitas crianças que apresentam o distúrbio têm também algum transtorno em seus aspectos emocionais.” De acordo com Cypel, por vezes, são intolerantes durante o dia e apresentam dificuldade de lidar com regras.
Para o neuropediatra, crianças que manifestam certa dose de insegurança e medo quando estão acordadas e que não têm maturidade emocional adequada para a idade tendem a manifestar, mais do que as outras, alterações do sono. Daí a importância de os pais buscarem orientação de como lidar com o filho que apresenta esse tipo de distúrbio não apenas no que tange o problema, mas também em outros aspectos comportamentais.

Fonte: http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2012/11/29/terror-noturno-e-comum-entre-seis-e-12-anos-veja-como-agir-se-seu-filho-sofre-do-problema.htm