Uma menina de quatro anos com malformação congênita no coração, o
chamado sopro cardíaco, foi submetida a uma técnica inovadora de
cateterismo no Instituto do Coração de Piracicaba (Incorpi), vinculado
ao Hospital dos Fornecedores de Cana (HFC), um dos centros de referência
em cardiologia no interior do Estado de São Paulo. É o primeiro
procedimento desse tipo feito na região e a vantagem está na rapidez da
recuperação: a paciente teve alta após 48 horas.
A menina, que tem Síndrome de Down, nasceu com a chamada Comunicação Interventricular (CIV). "O defeito gera um fluxo elevado de sangue nos pulmões provocando hipertensão arterial pulmonar, infecções respiratórias de repetição, baixo ganho de peso e baixa estatura", disse Pablo Tomé, médico e coordenador de Setor de Intervenções Congênitas do Incorpi, que foi responsável pela cirurgia realizada em fevereiro e divulgada nesta terça-feira (18).
A menina, que tem Síndrome de Down, nasceu com a chamada Comunicação Interventricular (CIV). "O defeito gera um fluxo elevado de sangue nos pulmões provocando hipertensão arterial pulmonar, infecções respiratórias de repetição, baixo ganho de peso e baixa estatura", disse Pablo Tomé, médico e coordenador de Setor de Intervenções Congênitas do Incorpi, que foi responsável pela cirurgia realizada em fevereiro e divulgada nesta terça-feira (18).
A técnica utilizada foi a inserção de duas próteses de nitinol (liga
feita de níquel e titânio) por meio de cateteres que foram introduzidos
por orifícios na região da virilha da paciente. O nitinol tem
flexibilidade e memória térmica, o que permite que a prótese se deforme
para passar pelos cateteres e no coração, mas volte ao formato original
ao ser implantada nos orifícios cardíacos. O monitoramento foi feito por
raio X e ecocardiograma.
Além do tempo menor de recuperação, a técnica traz outras vantagens:
"A sensação dolorosa é menor, havendo também menor índice de
complicações pulmonares e de transfusões sanguíneas, quando comparadas à
cirurgia aberta convencional, além do bem-estar proporcionado para toda
família", explica Tomé.
O tratamento convencional dessa patologia é a cirurgia cardíaca,
com incisão no tórax do paciente, com visualização direta do
coração, parada cardiorrespiratória e circulação extracorpórea.
Tomé informou que o HFC é um dos poucos centros com capacidade técnica
para realizar o procedimento no país.
Fonte: UOL
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