terça-feira, 26 de junho de 2012

Conheça o Projeto Clube Escolar Paralímpico da ADFP




Hoje recebemos no CRAID a visita do Prof. Marcelo da ADFP, divulgando um projeto da instituição: "Projeto Clube Escolar Paralímpico". É sempre bom conhecer as pessoas dedicadas por trás de um projeto, o qual passo a descrever abaixo. Parabéns á ADFP.
O Programa Clube Escolar Paralímpico é uma iniciativa do Comitê Paralímpico Brasileiro a fim de fomentar ações de formação de atletas de alto rendimento para representar o Brasil nas Paralimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.

A Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP) engajada no desenvolvimento do paraesporto desde a sua fundação em 1979, vem prestar seu trabalho e dedicação a esta idéia, promovendo por meio de parcerias como as Universidades Federal do Paraná, Positivo e Tuiuti, atividades paradesportivas nas modalidades de futebol-7, basquete em cadeira de rodas, natação, tênis de mesa, esgrima em cadeira de rodas, atletismo e boccia.

As atividades mencionadas atendem desde o deficiente físico mais comprometido até a pessoa com poucas limitações motoras.

QUEM PODE PARTICIPAR?
Todas as crianças e adolescentes de 10 a 20 anos que estejam matriculadas em qualquer unidade de ensino regular fundamental, médio ou educação de jovens e adultos e/ou especial.

Preocupados com a formação integral do atleta a ADFP segue os padrões internacionais de formação de atletas, buscando oferecer o maior número de estímulos motores, sensoriais, sociais, culturais e ambientais possíveis para o enriquecimento do futuro atleta com a finalidade única de proporcionar uma pessoa mais bem preparada para a superação de limites.

Pessoas com deficiência acima dos 10 anos podem participar do programa gratuito obedecendo as disponibilidades de vagas.

Maiores informações: Prof. Darlan
Tel: 41 3264-7234
email: adfp@adfp.org.br
Site: http://www.adfp.org.br


Fonte: Folder ADFP - Projeto Clube Escolar Paralímpico

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Teratoma Oral - Cirurgia inédita retira tumor de feto dentro de útero

Feto (Foto: American Journal of Obstetrics  Gynecology)
 Em exame realizado às 17 semanas de gravidez, mãe viu 'bolha' saindo da boca do feto


Médicos do hospital americano Jackson Memorial, em Miami, conseguiram remover um tumor raro da boca de um feto dentro do útero da mãe, no que anunciaram como a primeira cirurgia do tipo realizada no mundo.
A cirurgia foi realizada em 2010, mas só foi divulgada nesta semana.
A menina Leyna Gonzalez nasceu em outubro daquele ano, cinco meses depois da operação que salvou sua vida.
Sua mãe, Tammy Gonzalez, conta que em um exame realizado às 17 semanas de gravidez viu uma "bolha" saindo da boca do feto.
A mãe ouviu dos médicos que se tratava de um teratoma oral, um tumor raro, e que sua filha teria poucas chances de sobrevivência.
Segundo os médicos do Jackson Memorial, esse tipo de tumor é tão raro que foi diagnosticado no hospital somente uma vez nos últimos 20 anos.

Operação

A operação durou apenas pouco mais de uma hora, e o tumor foi retirado com laser.
A mãe recebeu anestesia local, enquanto uma agulha era introduzida no saco amniótico, que envolve o feto.
Tammy disse que os médicos foram "salvadores".
"Quando eles finalmente cortaram a coisa toda, e eu vi aquilo flutuando, foi como se esse enorme peso fosse tirado das minhas costas, e eu pude finalmente ver o seu rosto", lembra a mãe.
A única marca da cirurgia é uma pequena cicatriz no lábio da menina.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120622_feto_cirurgia_boca_ac.shtml

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Brasil terá 182 atletas nos Jogos Paralímpicos de Londres



Fotocom
O nadador Daniel Dias é destaque na delegação brasileira
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou nesta quarta-feira a convocação de 182 atletas que representarão o País nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, que ocorrem na capital inglesa entre 29 de agosto e 9 de setembro.
A lista brasileira para Londres 2012 tem 115 homens e 67 mulheres, mas a delegação brasileira é formada no total por mais de 300 pessoas. Guias, técnicos, auxiliares e profissionais da área de saúde completam o grupo nacional que viaja à capital inglesa para acompetição.
“A equipe será formada por atletas e comissão técnica de altíssimo nível. Tenho confiança extrema em cada integrante desta equipe. O Comitê Paralímpico Brasileiro fará o possível para oferecer a melhor estrutura em Londres para que o Brasil alcance seu principal objetivo nesta edição das Paralimpíadas, que é levar o País ao seu melhor resultado de todos os tempos”, disse o presidente do CPB, Andrew Parsons.
Nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008, o Brasil ficou com a nona colocação geral do quadro de medalhas. Foram 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes. A liderança foi da China, com 89 ouros, 70 pratas e 52 bronzes.

Fonte: http://olimpiadas.ig.com.br/2012-06-20/brasil-tera-182-atletas-nos-jogos-paralimpicos-de-londres.html

quarta-feira, 20 de junho de 2012

PediaSuit - Você conhece?

Ontem, 19 de junho, visitei o Centro de Pesquisa Vitória, com a finalidade de convidar a Fisioterapeuta Claudiana Chiarello para dar uma palestra em um curso que estou realizando para o CRAID (Centro Regional de Atendimento Integrado ao Deficiente). Claudiana me deu uma aula sobre o PediaSuit e gostaria de compartilhar esta novidade com vocês através desta reportagem da Gazeta do Povo.

 / Arthur é um dos pacientes do centro. 
Arthur é um dos pacientes do centro.

Uma revolução no tratamento fisioterapêutico acontece no Centro Universitário Campos de Andrade, a Uniandrade, com o uso de equipamentos com tecnologia de ponta. A novidade é o uso de uma roupa especial, que cumpre a função de um esqueleto externo possibilitando uma série de intervenções específicas realizadas pelos profissionais, que garantem resultados de desenvolvimento surpreendentes. O método desse tratamento recebeu o nome de Pediasuit.
Hoje crianças com idade entre 02 e 12 anos são atendidas por uma equipe de 06 fisioterapeutas, que usam o método no Centro de Pesquisa Vitória, instalado no campus da universidade.
A história do tratamento
O método Pediasuit é o resultado de uma série de modificações e aprimoramentos desde o primeiro tratamento. A palavra suit (roupa, em inglês) funciona como um sufixo e está presente nos nomes dos outros métodos.
Em 1971, o Pinguin Suit foi desenvolvido pelo programa espacial russo para neutralizar os efeitos nocivos da falta de gravidade e hipocinesia e todas suas consequências sobre o corpo dos astronautas. Mais tarde, a tecnologia da “suit terapia” passou a ser compartilhada por profissionais de reabilitação.
Em 2006, o Pediasuit foi criado, juntamente com dois fisioterapeutas brasileiros e um fisiologista americano nos EUA. Eles perceberam que o traje precisava de melhorias e adaptações além de integração sensorial. A idéia era fazer uma roupa tão fácil de usar que pudesse ser ensinada aos terapeutas do mundo todo.

O Centro de Pesquisas Vitória

Pouco depois da chegada do Pediasuit ao Brasil, Mari Elen Andrade, mãe de uma criança com paralisia cerebral conheceu o método e submeteu a filha ao tratamento de terapia intensiva. Ao acompanhar os avanços proporcionados pelo tratamento, Mari Elen iniciou uma jornada para trazer o tratamento à Curitiba e contou com o apoio das fisioterapeutas Ana Cláudia Szczypior Costin e Claudiana Chiarello

 / Claudiana Chiarello usa a cama elástica combinada aos equipamentos do Pediasuit.  Fernando se diverteClaudiana Chiarello usa a cama elástica combinada aos equipamentos do Pediasuit. Fernando se diverte

Ana Cláudia e Claudiana foram a três centros de tratamento no Brasil, localizados em São Paulo capital, Campinas, no interior de São Paulo, e Salvador, na Bahia, além de realizarem o curso para certificação pelo Método Pediasuit em Fortlauderdale, Flórida, nos Estados Unidos.Em julho de 2011 o Centro de Pesquisas Vitória foi criado, na Uniandrade, tendo como primeira paciente a pequena Vitória, de 03 anos, filha de Mari Elen e que deu nome ao centro.

 / A menina Vitória, que deu nome ao centro de pesquisas da UniandradeA menina Vitória, que deu nome ao centro de pesquisas da Uniandrade

Tratamento intensivo com acompanhamento de ponta
Os moldes do tratamento realizado em Curitiba são resultado do estudo e aprimoramento do que foi observado em outros polos, antes da abertura do centro curitibano. Sob a orientação de pesquisa do Doutor em Engenharia Biomédica, Eduardo Borba Neves, a equipe realiza o tratamento combinando as diferentes metodologias, fazendo um trabalho inovador e diferenciado, adequado ao quadro de cada paciente.
O paciente atendido entra em uma rotina de treinamentos digna de atletas. O tratamento inicial é feito em um módulo intensivo, com duração de cinco semanas, variando de 70 a 80 horas. A manutenção entre os módulos intensivos, é realizado no centro, 3 vezes por semana.
Os resultados são então analisados e os profissionais detectam quais são as necessidades de continuidade do tratamento em cada caso.
O acompanhamento da evolução do paciente conta com o suporte de um aparelho chamado Biofeed, uma criação notável de um paranaense, também deficiente: o cientista da computação e mestre em engenharia biomédica, Leonardo Silva, de 39 anos. O aparelho tem como princípio fazer a leitura do movimento de uma pessoa através da colocação de sensores posicionados em lugares específicos do corpo.

 / Rafaela, acompanhada pela fisioterapeuta Ana Cláudia Costin, tem os seus movimentos medidos e monitorados pelo BiofeedRafaela, acompanhada pela fisioterapeuta Ana Cláudia Costin, tem os seus movimentos medidos e monitorados pelo Biofeed

O Biofeed é então um sistema de apoio ao terapeuta, usado para a avaliação de pacientes, ou atletas. Ele lê a amplitude do movimento das pessoas, mostra a informação no computador e possibilita a análise da evolução do tratamento, não só em uma ótica qualitativa, mas também quantitativa.

Tratamentos e quadros
A terapia com o macacão terapêutico ortopédico combinada com a fisioterapia intensiva tem sido benéfica para crianças com diagnósticos, incluindo:
- Paralisia Cerebral
- Atraso no desenvolvimento motor
- Traumatismo Crânio-Encefálico
- AVC
- Deficiências neurológicas
- Deficiências ortopédicas
- Doenças genéticas
- Incapacidades pós-cirúrgicas
- Lesões da medula espinhal
- Transtornos vestibulares
- Síndrome de Down

A sensação de quem vestiu a camisa
Depois de conhecer a história do Centro, do método e conversar muito com Ana Cláudia, Claudiana e Mari Elen, fui convidado a experimentar o macacão. Fui à sala de tratamento e me deparei com um ambiente bem colorido, com uma série de adereços lúdicos e vi de perto as instalações usadas no Pediasuit. Foi a chance que tive também de conhecer a própria Vitória.
A roupa é divida em duas partes, uma para o tronco e outra para os membros inferiores. O macacão sozinho é relativamente simples, composto por um colete e uma espécie shorts. A inovação vem com a combinação de infinitos ganchos, com uma série de elásticos especiais que permitem as fisioterapeutas a fazerem ajustes diretos na postura, ou no posicionamento muscular do paciente. A roupa te aperta, te puxa e te coloca no prumo em menos de cinco minutos.
Além do macacão, o Centro de Pesquisas Vitória conta com instalações que permitem trabalhos de fortalecimento e alongamento muscular, correção de postura e marcha, com o uso de cabos, pesos e grades que cercam o paciente em um ambiente monitorado e controlado pelas fisioterapeutas.

 / O autor no blog experimentou o método e foi parar na esteiraO autor no blog experimentou o método e foi parar na esteira

Eu fiquei na mão das doutoras por 40 minutos e sai de lá moído. As crianças treinam por três horas (com intervalo), todos os dias, e quem já fez fisioterapia sabe que esse pessoal não dá moleza não. Garanto que elas dão baile em muitos atletas. É uma experiência e tanto.



A equipe do Centro de Pesquisa Vitória é composta pelos fisioterapeutas, Dr. Eduardo Borba Neves; Dra. Claudiana R. Chiarello, Dra Ana Cláudia M. S. Costin; Dr.Armando F. Szinke, Dr Marcelo Rosário; Dra. Michele C. N. Oliveira e a sua Diretora Mari Elen Campos de Andrade.


Centro de Pesquisa Vitória
Rua Marumby, 283 – Campo Comprido, no campus do Centro Universitário Campos de Andrade.
Telefone – 41 3219-4101

Email -
vitoria@uniandrade.edu.br


Fonte:  http://www.gazetadopovo.com.br/blog/inclusilhado/?id=1237298

terça-feira, 19 de junho de 2012

Cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuros, diz estudo

De acordo com o relatório da Organização da Mundial (OMS), a cada ano, nascem aproximadamente 15 milhões de bebês prematuros. Foto: Shutterstock/Especial para Terra
De acordo com o relatório da Organização da Mundial (OMS), a cada ano, nascem aproximadamente 15 milhões de bebês prematuros
Foto: Shutterstock/Especial para Terra

 
Prematuridade é umas das grandes preocupações de uma gestação. De acordo com o relatório da Organização da Mundial (OMS) Born Too Soon: The global action report on preterm birth (na tradução livre, Nascido Cedo Demais: O relatório de ação global sobre o nascimento prematuro), a cada ano nascem aproximadamente 15 milhões de bebês prematuros em todo o mundo. No Brasil, são cerca de 280 mil, segundo o documento.

As principais causas de partos prematuros são gravidez múltipla, incompetência istmocervical (quando a gestante apresenta dilatação do colo do útero já nos primeiros meses de gestação) e infecções (de urina, bucais, resfriados), revela Silvana Chedid, especialista em reprodução humana e diretora do Instituto Valenciano de Infertilidade, de São Paulo. "Existem também mulheres que têm parto prematuro, mas que a medicina não sabe como explicar o motivo do fenômeno", afirma.

Um parto é considerado prematuro quando ele acontece antes de a gestação completar 37 semanas. "Os bebês prematuros extremos são aqueles que nascem antes de a gravidez completar 30 semanas", explica a médica. "Habitualmente, dependendo da qualidade da maternidade, bebês com cerca de 500 gramas de peso conseguem sobreviver. Mas as condições do hospital são cruciais para o quadro do recém-nascido", alerta.

Gravidez múltipla
As gestantes que estão esperando mais de um bebê correm um risco muito maior de ter um parto prematuro. Por conta do peso, o colo do útero sofre muita pressão, o que pode acabar resultando em nascimentos antes do momento adequado.

Segundo Silvana, a indicação geral para todas as grávidas de gêmeos é repouso. Sem muito esforço físico, a pressão no útero fica um pouco mais branda. Em casos mais específicos, o obstetra pode receitar medicações.

Incompetência istmocervical
A incompetência istmocervical é a dilatação do colo do útero nos primeiros meses da gestação. "O normal é que a dilatação apareça momentos antes do parto, próximo da 40ª semana de gestação. Por conta disso, as mulheres que são portadoras desse distúrbio podem ter o bebê antes do tempo", esclarece Silvana.

O problema pode ser solucionado com uma cirurgia chamada de cerclagem. Na operação, que será feita durante a gravidez, o médico vai dar um ponto em volta do colo do útero e deixará o local fechado até o dia do parto. A dilatação precoce, na maioria das vezes, é detectada no decorrer das consultas de pré-natal.

De acordo com a médica, uma das principais causas de incompetência de istmocervical é o aborto feito sem o devido acompanhamento médico. "O aborto provocado, feito em locais clandestinos, por profissionais que atuam na ilegalidade, pode acabar dilatando o colo de útero de maneira muito agressiva. Posteriormente, quando essa mulher decide engravidar, ela pode desenvolver esse problema", esclarece Silvana.

Infecções
Qualquer tipo de infecção durante a gestação pode trazer riscos de parto prematuro. O acúmulo das bactérias circulando no organismo pode estimular as contrações uterinas.

Nesses casos, as infecções devem ser tratadas. Mesmo que o tratamento seja feito com outro especialista, o obstetra tem que estar ciente de todas as medicações que a paciente está tomando. O tratamento diminui as chances de ocorrer um nascimento antes do tempo.

Fonte: http://vidaeestilo.terra.com.br/fertilidade/noticias/0,,OI5844234-EI20144,00-Cerca+de+milhoes+de+bebes+nascem+prematuros+diz+estudo.html

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Doença de Pelizaeus-Merzbacher - Estudo traz esperança de tratamento para doença do sistema nervoso


Ratos de laboratório usados em pesquisa médica (Foto: BBC)
Ratos são usados para testar efeito do colesterol em pacientes de doença do sistema nervoso
Com base em um estudo preliminar feito com ratos, cientistas estão esperançosos de que uma dieta rica em colesterol possa beneficiar pessoas com um transtorno genético incurável que afeta os nervos.
Pacientes com a Doença de Pelizaeus-Merzbacher (PMD na sigla em inglês) apresentam alterações na mielina, uma camada gordurosa que envolve os nervos e que é essencial ao seu funcionamento.

Um estudo publicado na revista Nature Medicine mostrou que, em ratos, uma dieta rica em colesterol aliviou os sintomas da doença.
Segundo os autores, os ratos tratados "melhoraram dramaticamente".
A doença de Pelizaeus-Merzbacher é uma entre várias leucodistrofias, transtornos genéticos em que há alteração na mielina - substância que envolve e protege as fibras nervosas, auxiliando a transmissão de mensagens entre os nervos.
Por conta de anomalias no revestimento de mielina, as mensagens não viajam pelo sistema nervoso, resultando em uma série de problemas que afetam os movimentos e o raciocínio.
Pesquisadores do Max Planck Institute of Experimental Medicine, em Göttingen, na Alemanha, fizeram experimentos com ratos afetados pela doença, alimentando-os com uma dieta rica em colesterol.

Grande Potencial
Os primeiros testes foram feitos em ratos com seis semanas de idade que já apresentavam os sintomas iniciais da doença. Os que foram alimentados com uma dieta normal continuaram a piorar mas, no grupo alimentado com a dieta rica em colesterol, a doença se estabilizou.
"Esse tratamento de seis semanas com colesterol retardou o declínio na coordenação motora", os cientistas disseram.
Testes adicionais mostraram que iniciar a dieta mais cedo foi mais benéfico, levando os pesquisadores a concluir que, em ratos, o "tratamento deveria começar logo cedo e continuar até a vida adulta".
O estudo foi feito apenas com ratos e não se sabe se esse tratamento teria um efeito similar em humanos. Caso tivesse, também não se sabe quão cedo ele deveria começar.
Os autores do relatório disseram: "Colesterol na dieta não cura PMD, mas tem um potencial notável de aliviar defeitos".
Acredita-se que o colesterol desfaz os "engarrafamentos" dentro das células do cérebro.
A doença é provocada pela produção excessiva de uma proteína de que a mielina necessita. A proteína em excesso acaba ficando presa dentro das células.
Os especialistas suspeitam de que o colesterol adicional ajude a liberar a proteína.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120618_pelizaeus_merzbacher_experimento_mv.shtml

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Menina recebe veia transplantada obtida de células-tronco próprias

Veias sintéticas são propensas a desenvolver coágulos e sofrer bloqueios e os receptores de veias de doadores precisam tomar medicamentos imunossupressores para o resto da vida para evitar rejeição

Cirurgiões anunciaram ter transplantado a primeira veia desenvolvida em laboratório a partir das células-tronco de uma paciente de 10 anos, poupando-a do trauma de ter retirados vasos de seu próprio corpo.
O procedimento inovador pode dar esperanças a pacientes que não têm veias saudáveis para uso em diálise ou cirurgia de ponte de safena, destacou um artigo publicado na revista médica The Lancet.
Veias sintéticas são propensas a desenvolver coágulos e sofrer bloqueios e os receptores de veias de doadores precisam tomar medicamentos imunossupressores para o resto da vida para evitar rejeição.
No caso estudado, uma equipe médica da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, extraiu um segmento de 9 centímetros da veia da virilha de um doador falecido e removeu todas as células vivas.
Eles, então, injetaram no tecido células-tronco obtidas da medula da menina, diagnosticada com um bloqueio potencialmente letal da veia porta, um grande vaso que leva sangue ao fígado.
Duas semanas depois desta "semeadura", a veia foi implantada na paciente, usando a técnica da ponte de safena, acrescentaram os médicos.
"A menina do estudo foi poupada do trauma de ter veias retiradas do pescoço ou da perna com o risco associado de problemas nos membros inferiores", escreveram os pesquisadores Martin Birchall e George Hamilton em comentário publicado com o artigo.
As cirurgias para restaurar o fluxo sanguíneo da porta usando veias artificiais ou de doadores tiveram resultados diversos até agora.
A equipe de cientistas explicou que a paciente não teve complicações na cirurgia e que o fluxo sanguíneo normal foi restaurado imediatamente. E uma vez que as veias continham as próprias células da menina, ela não precisa tomar medicamentos imunossupressores.
A menina precisou de outro enxerto um ano após o primeiro, mas goza de boa saúde, consegue fazer longas caminhadas de até 3 quilômetros e faz ginástica moderadamente, destacou o artigo.
O novo método resultou em "uma melhora impactante na qualidade de vida da paciente", destacaram os autores do estudo, em um comunicado.
Birchall e Hamilton observaram que o alto custo e o longo prazo exigido para preparar este tipo de enxerto torna improvável que seja adotado como um tratamento normal imediatamente.
Embora o procedimento seja promissor, acrescentaram, é preciso que a técnica evolua passe por testes clínicos completos.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?tl=1&id=1264946&tit=Menina-recebe-veia-transplantada-obtida-de-celulas-tronco-proprias

Vírus do resfriado pode matar o câncer, diz estudo

Vírus age matando diretamente as células cancerosas e provocando uma reação imunológica que ajuda a eliminar células tumorais remanescentes

Num passo significativo para o desenvolvimento de novos tratamentos contra o câncer, cientistas descobriram como um vírus do resfriado comum é capaz de matar tumores e desencadear uma reação imunológica, assim como uma vacina, ao ser injetado na circulação sanguínea.
Pesquisadores da Universidade de Leeds e do Instituto de Pesquisa do Câncer (ICR), ambos da Grã-Bretanha, disseram que, ao pegar carona nas células sanguíneas, o vírus se protegeu dos anticorpos que poderiam neutralizar suas propriedades anticâncer.
A descoberta sugere que terapias virais desse tipo, chamadas de reovírus, podem ser injetadas na corrente sanguínea durante consultas ambulatoriais – como na quimioterapia comum –, o que as torna potencialmente adequadas para tratar vários tipos de câncer.
O estudo, financiado em parte pela entidade beneficente Cancer Research UK, e conduzida em dez pacientes com câncer avançado do intestino, confirmou que os reovírus atacam em duas frentes – matando diretamente as células cancerosas, e provocando uma reação imunológica que ajuda a eliminar células tumorais remanescentes.
"Tratamentos virais, como os reovírus, estão mostrando uma promessa real em testes com pacientes. Esse estudo nos dá a ótima notícia de que seria possível oferecer esses tratamentos com uma injeção simples na corrente sanguínea", disse Kevin Harrington, do ICR, um dos coordenadores do trabalho publicado na quarta-feira na revista Science Translational Medicine.
Harrington disse que, se os tratamentos virais funcionassem apenas quando injetados diretamente nos tumores, isso seria uma barreira significativa à sua aplicação mais ampla.
"Mas a descoberta de que eles podem pegar carona nas células sanguíneas irá potencialmente torná-los relevante para uma ampla gama de cânceres", acrescentou.
Os reovírus estão sendo pesquisados por várias equipes do mundo todo, por já terem demonstrado a capacidade de contaminar e matar células cancerosas sem afetar os tecidos normais.
"Parece que o reovírus é ainda mais inteligente do que pensávamos", disse o pesquisador Alan Melcher, da Universidade de Leeds.
"Ao se aboletar nas células sanguíneas, o vírus está conseguindo se esconder da reação imunológica natural do organismo, e chegar intacto ao seu alvo. Isso poderia ser enormemente significativo para a absorção de terapias virais como esta na prática clínica."
O câncer matou 7,6 milhões de pessoas no mundo em 2008, ano mais recente com dados disponibilizados pela Organização Mundial da Saúde. O número de casos de câncer deve crescer mais de 75 por cento no mundo até 2030.
* Por Kate Kelland

Fonte: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2012-06-13/virus-do-resfriado-pode-matar-o-cancer-diz-estudo.html 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Distúrbios Mitocondriais - Cientistas britânicos apoiam uso de DNA de três pessoas em fertilização


Fertilização in vitro | Foto: PA
Técnica que utiliza DNA de três pessoas para criar embrião está sob discussão na Grã-Bretanha
Um dos principais conselhos de bioética da Grã-Bretanha publicou nesta terça-feira um relatório em apoio à criação de embriões usando material genético de três pessoas, técnica atualmente utilizada em pesquisas e que até o final deste ano deve receber a aprovação ou rejeição da sociedade britânica em uma consulta popular.
Polêmica, a técnica visa substituir material genético defeituoso no óvulo para eliminar doenças raras presentes na mitocôndria (componente celular que tem a presença de material genético), como síndromes que podem causar a morte prematura de crianças.
Conhecidas como distúrbios mitocondriais, tais doenças afetam uma em cada 6.500 crianças britânicas e podem causar incapacidade muscular, cegueira e insuficiência cardíaca.
O relatório, emitido pelo Conselho de Bioética de Nuffield (um respeitado órgão independente financiado por fundações internacionais) após oito meses de análise, não encontrou obstáculos éticos no uso de tais técnicas em tratamentos de reprodução assistida no futuro.
Limitado na questão ética, o anúncio não traz mais detalhes sobre aspectos de segurança e eficácia do procedimento, que ainda estão sob estudo em diferentes centros de pesquisa.

Realidade brasileira

Adelino Amaral, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida
No Brasil, o tema ainda não está em discussão mas pode ser colocado em pauta caso as pesquisas britânicas sejam bem sucedidas, disse em entrevista à BBC Brasil Adelino Amaral, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida.
"Em questão de qualidade dos procedimentos estamos par a par com os Estados Unidos e a Europa, mas em termos de pesquisa, ainda enfrentamos entraves burocráticos e éticos que os mantêm muito à nossa frente. Esta técnica específica representa um debate ainda muito distante no Brasil", diz.
Amaral avalia que toda técnica que visa diminuir a transmissão de doenças costuma ser bem vista pela sociedade, mas é preciso ver se ela é bem sucedida.
"Acho que pode entrar em discussão no Brasil, sim, mas primeiro precisamos ver se é algo que será comprovado pelos pesquisadores britânicos e se poderá ser replicado em outros centros", diz.
O médico diz que ainda neste ano a Sociedade deve ter uma reunião com três pontos principais: o destino de embriões congelados, a preocupação com a idade das mulheres que passam por fertilização in vitro (muitas acima de 55 anos estão fazendo o procedimento) e detalhes de reprodução assistida para casais homossexuais após a nova legislaçaõ de união civil.
"Se as pesquisas mostrarem que estas técnicas são suficientemente seguras e eficazes, nós pensamos que seria ético para as famílias que as usassem se assim quisessem, desde que recebam um nível apropriado de informação e apoio"
Geoff Watts, Centro Nuffield de Bioética
Antes de cruzar o Atlântico, no entanto, o tema ainda deve gerar polêmica não só entre a classe médica e científica mas também entre líderes religiosos e diferentes grupos da sociedade britânica.

'Frankenstein' e referendo

David King, diretor da ONG Human Genetics Alert, criticou o procedimento comparando-o à criação de um "Frankenstein".
"Assim como a criação do Frankenstein foi produzida a partir da junção de partes de muitos corpos diferentes, me parece agora que cientistas e seus assistentes bioéticos ultrapassam o limite do grotesco, das normas da natureza e da cultura humana", avalia.
"As técnicas propostas (...) abrem um precedente para permitir a criação de bebês 'sob medida' geneticamente modificados" e cruzam "o que é normalmente considerado o limite ético mais importante para a prevenção de uma nova eugenia", acrescenta.
Geoff Watts, do Centro Nuffield, diz que a doadora não poderia ser classificada como uma "segunda mãe" aos olhos da lei e que a técnica poderia trazer benefícios.
"Se as pesquisas mostrarem que estas técnicas são suficientemente seguras e eficazes, nós pensamos que seria ético para as famílias que as usassem se assim quisessem, desde que recebam um nível apropriado de informação e apoio. Elas poderiam trazer significativos benefícios sociais e de saúde para as famílias e indivíduos que potencialmente viveriam suas vidas sem distúrbios que podem ser muitos severos e debilitantes", avalia.
Ainda em janeiro deste ano o governo britânico decidiu promover uma consulta pública a respeito do assunto, a partir de setembro. Só depois deste referendo a Grã-Bretanha decidirá se o método, atualmente usado apenas em pesquisas, poderá ser aplicado em pacientes.
Atualmente, seria necessária uma mudança legal no país para que o procedimento possa ser oferecido a pacientes.
Ao anunciar a consulta pública, o ministro britânico para Universidades e Ciência, David Willetts, disse que "cientistas fizeram uma descoberta importante e potencialmente salvadora de vidas ao conseguir prevenir doenças mitocondriais". Mas ele faz a ressalva de que, "com todos os avanços da ciência moderna, é vital que escutemos a opinião do público antes de considerar qualquer mudança".

Distúrbios hereditários

A mitocôndria pode ser encontrada em quase todas as células humanas, provendo a energia que essas células precisam para funcionar.
Fertilização in vitro | Foto: PA
Material genético com características do pai e
da mãe seria preservado, dizem cientistas
Como os núcleos da célula, a mitocôndria contém DNA, ainda que em pequenas quantidades.
Em média, um em cada 6.500 bebês britânicos nasce com problemas hereditários em seu DNA mitocondrial, cujos efeitos podem ser graves ou até mesmo fatais, dependendo de quais células são afetadas.
Cientistas acreditam ter encontrado uma forma de substituir a mitocôndria defeituosa e, assim, eventualmente prevenir o feto de desenvolver uma doença.
A técnica consiste no uso de dois óvulos - um da mãe do feto, e outro de uma doadora.
De forma geral, a técnica poderia permitir aos cientistas trocar o DNA mitocondrial do óvulo da mãe, caso tenha potencial causador dos distúrbios, pelo de uma doadora saudável. O núcleo, no entanto, que mantém as características pessoais, seria originado pelo material genético do pai e da mãe da criança.
O embrião resultante tem uma mitocôndria em tese saudável e ativa vinda da doadora e não da mãe.
O procedimento não tem, assim, impacto no DNA do feto nem na determinação de fatores como a aparência da criança.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120611_dna_mitocondria_estudo_jp.shtml

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Do tamanho de um botão


Uma iniciativa pioneira em território brasileiro, Do tamanho de um botão é um livro infantil, em formato de revista, ricamente ilustrado, voltado a crianças em idade pré-escolar que tiveram seus irmãozinhos nascidos prematuramente. Escrito pela idealizadora do Projeto Pequenos Guerreiros e também autora do blog, Monica Bednarczuk Lopes da Silva.

Sinopse:
Para onde foi a mamãe? E meu irmãozinho onde estará?
Estas são dúvidas corriqueiras que percorrem as cabecinhas das crianças quando ocorre o nascimento prematuro do irmão.
Bia conta sua história e mostra de maneira lúdica que os tempos de internação passam e logo a família terá um final feliz!

Número de páginas: 24
Autora: Monica Bednarczuk Lopes da Silva
Ano: 2010
Preço: R$ 15,00 (frete incluso para território nacional)
para remessa internacional, escreva para: projetopequenosguerreiros@hotmail.com

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A importância do teste do pezinho

Entenda por que seu filho deve fazer o teste, garantido por lei nas redes pública e privada

Renata Losso
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Teste do pezinho é direito de todos os recém-nascidos e ajuda a diagnosticar doenças graves antes mesmo da manifestação dos sintomas
Algumas gotinhas de sangue tiradas do calcanhar do seu filho, logo nos primeiros dias de vida, podem ser essenciais para a saúde e o bem-estar dele. O teste de triagem neonatal, conhecido popularmente como “teste do pezinho”, pode diagnosticar algumas doenças antes mesmo da manifestação dos sintomas e é um direito de todas as crianças brasileiras.
De acordo com Regina Paloschi Munhoz, responsável pelo departamento de triagem neonatal das maternidades Santa Joana e Pro Matre Paulista, o simples procedimento evita lesões graves que podem até levar à morte. “Os pais podem dar ao filho a chance de um tratamento antes mesmo do surgimento da doença”, explica.
De acordo com o pediatra Paulo Pachi, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, são quatro doenças que podem ser detectadas com o teste básico, obrigatório em todas as redes de saúde, pública ou particular: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, fibrose cística e anemia falciforme.
Embora nem todas sejam doenças comuns, o diagnóstico não deve ser deixado de lado. “São doenças graves”, alerta Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, e autor do site Pediatria em Foco.


Quando e como
O ideal é que a coleta seja realizada a partir de 48 horas após o nascimento. Antes disso, segundo Paulo Pachi, o metabolismo do bebê ainda não permite detectar possíveis problemas de saúde. Mas o período de espera não se aplica a todas as crianças. Segundo Regina, a coleta deve ser feita no tempo determinado pelo pediatra do recém-nascido, respeitando casos de crianças prematuras e de baixo peso, por exemplo.

Também é possível, embora não seja obrigatório por lei e fique por conta da escolha dos pais e do pediatra, ampliar o teste para o diagnóstico de mais de quarenta doenças graves, como galactosemia e toxoplasmose. Mas, segundo Reibscheid, o teste básico já dá conta de detectar as doenças mais graves e mais comuns.
O calcanhar, por ser uma região bastante vascularizada, é a parte do corpo escolhida para fazer a coleta das gotinhas de sangue – daí o nome “teste do pezinho” – com a ajuda de um papel filtro. O procedimento é rápido e simples.

Esquecimento fatal
Como o teste do pezinho é 100% preventivo e seus resultados saem de 10 a 15 dias depois do nascimento, é comum os pais caírem na armadilha de esquecê-lo. Mas esta não é uma atitude adequada. “Nem sempre o resultado do teste chegará na casa dos pais, mas é importante não esquecê-lo e ir atrás assim que sair”, recomenda Marcelo Reibscheid.

Fonte:  http://delas.ig.com.br/filhos/2012-06-06/a-importancia-do-teste-do-pezinho.html

Brasil cria substância que transforma vacina injetável em oral

Teste em humanos começa em doses contra hepatite B e em breve pode substituir a agulha nas aplicações contra gripe, catapora e rotavírus


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Vacinas do futuro devem aposentar a injeção

A gotinha indolor pode substituir de vez a injeção nas campanhas de vacinação em massa do futuro. O Brasil deu o primeiro passo em direção a esta realidade. Até o final do ano, começam os testes em humanos de um composto que transforma a dose injetável que protege contra a hepatite B em uma administrada por via oral.
A projeção é que o mesmo mecanismo de ação transformadora seja utilizado em vacinas contra a gripe, catapora, hepatite C e rotavírus, hoje aplicadas por meio da seringa e da agulha. Os criadores, em entrevista ao iG, afirmam que já estudam também adicionar a substância às vacinas que ainda estão em teste, como as da dengue, do HIV e do câncer.
Isso sugere que, quando chegarem ao mercado, elas também não causarão a dor da picada e a proteção contra estas doenças será possível via gotas.
“Nosso grande objetivo era facilitar a aplicação das vacinas em larga escala e diminuir os custos na rede pública”, afirma Ogari Pacheco, presidente do laboratório Cristália, entidade que desenvolveu a substância transformadora da vacina injetável para oral em parceria com o Instituto Butantan, que é do governo do Estado de São Paulo.
“Além de não provocar o incômodo da agulhada, a vantagem é que por ser oral é possível associar outros tipos de imunização na mesma dose”, afirmou Marcelo de Franco, diretor substituto do Butantan. Indolor e protetora contra o maior número possível de doenças são as duas principais características desejadas nas vacinas do futuro, dizem especialistas.

Como funciona
As análises sobre a aplicação da substância transformadora da vacina contra a hepatite B são as que estão em fase mais avançada e, por isso, serão as primeiras a serem testadas em humanos. Até dezembro, as avaliações devem começar, mas ainda não há prazo para que cheguem à população.
A inovação foi possibilitada pela descoberta de um novo veículo, feito por meio de nanopartículas. Chamada de sílica nanoestruturada, a substância eleva a produção de anticorpos contra a doença, e não é anulada pela acidez do sistema gastrointestinal. Isso permite que ela alcance a corrente sanguínea, levando a proteção a todo organismo. Atualmente, com exceção da vacina contra a paralisia infantil, todas as outras são aplicadas via injeção por conta da ação do suco gástrico.
“Como a vacina contra a hepatite B já faz parte do calendário público de vacinas, decidimos ceder a patente de uso nesta dose para o governos federal e do Estado de São Paulo”, afirmou o presidente do laboratório Cristália. O acordo deve ser anunciado hoje à noite, em evento com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha e o governador paulista, Geraldo Alckmin.

Fonte: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2012-06-05/brasil-cria-substancia-que-transforma-vacina-injetavel-em-oral.html

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Computadores que aprendem sozinhos

Divulgação / Watson, da IBM, participa do Jeopardy!, um jogo de perguntas e respostas da tevê americana  
Watson, da IBM, participa do Jeopardy!, um jogo de perguntas e respostas da tevê americana
Sistemas cognitivos

Empresas apostam em máquinas e softwares inteligentes, capazes de processar enormes quantidades de informação

A era dos chips acabou. A sociedade vive agora a transição para uma nova etapa do desenvolvimento científico e tecnológico, guiada pela criação de máquinas e softwares inteligentes. A análise é do vice-presidente de inovação da IBM, Bernard Meyerson, físico que já depositou mais de 40 patentes e coordena 40 centros de pesquisa pelo mundo.
Ele prevê que em três gerações circuitos integrados em escala atômica já tenham se popularizado. Segundo Meyerson, a indústria está se voltando para os sistemas cognitivos, capazes de processar enormes quantidades de informação e entregar resultados precisos. “Hoje há dados sobre quase tudo e temos de usá-los para enfrentar questões como desperdício de alimento.”
Os novos dispositivos também podem ajudar a planejar a dinâmica de grandes cidades. No Rio de Janeiro, por exemplo, a IBM tem contrato com a prefeitura para mapear o clima e as áreas com risco de deslizamento de terra. O objetivo é aperfeiçoar os sistemas de alertas de tempestades e a distribuição dos equipamentos públicos de emergência.
Garoto-propaganda.
A vitrine da empresa é o Watson, um supercomputador capaz de interagir com humanos. Ele entende nossa linguagem, mesmo quando expressamos ambiguidade ou formulamos frases em tons diferentes.
Watson ficou conhecido em fevereiro do ano passado ao ganhar o famoso jogo de perguntas e respostas da TV americana Jeopardy!. Deixou para trás Brad Rutter, competidor que mais ganhou dinheiro no programa, e Ken Jennings, que detém o recorde de número de vitórias (74). Em 1997, outro supercomputador da IBM, o Deep Blue, ficou conhecido por derrotar o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov.
No jogo, Watson não estava conectado à internet. Usou sua memória e capacidade de processamento para responder às perguntas em frações de segundos. Antes, os programadores tinham gravado 200 milhões de páginas de conteúdo na máquina e aplicado milhares de testes para treiná-la. “É um sistema que aprende sozinho e dá respostas diferentes à mesma pergunta”, diz Sal Vella, vice-presidente de arquitetura e tecnologia da IBM.
Em março um irmão gêmeo do Watson foi instalado no tradicional centro de estudos sobre câncer Sloan-Kettering, em Nova York. O computador está recebendo cópias de todos os jornais médicos já produzidos no mundo, além de registros clínicos (com permissão de pacientes). Quando terminar a “residência”, Watson vai ajudar médicos no diagnóstico e no tratamento de doentes. “Quando competiu em Jeopardy!, Watson dava a resposta sem saber a pergunta. Mas num hospital ele precisa justificar a decisão de recomendar tratamento ‘a’ e não ‘b’”, diz Vella.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/tecnologia/conteudo.phtml?tl=1&id=1261772&tit=Computadores-que-aprendem-sozinhos

Excesso de açúcar prejudica o cérebro



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A glicose, embora seja um combustível essencial para o raciocínio, pode gerar um efeito deletério quando presente em grande quantidade nas células

Vai fazer prova, prestar concurso, participar de um trabalho que exige grande concentração? Evite os doces antes e durante as tarefas, ao menos os industrializados, como chocolates, refrigerantes e outras guloseimas ricas em açúcar refinado. Em compensação, pode caprichar no salmão, no óleo de linhaça e nas nozes no almoço ou no jantar.
Uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia (Ucla) e divulgada no último dia 15 na publicação americana Journal of Psicologhy mostra que ingerir grandes quantidades de açúcar pode dificultar a comunicação entre os neurônios e deixar o cérebro lento. Por outro lado, o ômega 3 presente em peixes e em algumas sementes pode minimizar os “estragos”.
O estudo, feito com camundongos, mostrou a relação entre a ingestão de alta dose de açúcar e o comprometimento das sinapses, ligações entre as células cerebrais que possibilitam o raciocínio. Os animais, divididos em dois grupos, foram alimentados durante seis semanas com xarope de milho com alta concentração de frutose (seis vezes mais doce do que a cana-de-açúcar) e apenas um dos grupos recebeu ômega 3.
Os resultados mostram que a glicose (a frutose transforma-se em glicose no fígado, antes de cair na corrente sanguínea e chegar ao cérebro), embora seja um combustível essencial para o cérebro, pode gerar um efeito deletério quando presente em excesso nas células. Após as seis semanas, os pesquisadores puseram os ratos em um labirinto para que realizassem uma atividade que haviam aprendido antes de ingerirem frutose em excesso: encontrar a saída.
Os animais alimentados apenas com açúcar não conseguiram. Mostraram-se desorientados, sem coordenação e não acharam a saída. Já os que ingeriram DHA, um tipo de ácido graxo do ômega 3, também apresentaram dificuldades em realizar a tarefa, mas acabaram encontrando a única saída existente, embora tenham demorado mais do que a primeira vez.

Radicais livres
Tal “apagão” começa a ser desvendado pela ciência e o que já se sabe é que, se a glicose é importante para manter o motor do cérebro funcionando, uma overdose da substância não fará com que tenhamos um supercérebro. Pelo contrário: ela pode estimular a secreção acelerada do neurotransmissor glutamato, que aumenta o estresse oxidativo cerebral, gerando radicais livres que “atacam” os neurônios.
“Esses radicais livres causam pequenos danos funcionais no cérebro e até microlesões estruturais, o que faz com que o raciocínio e o funcionamento cerebral de modo geral fiquem comprometidos”, explica o chefe do Setor de Neurologia do Hospital Cajuru e professor de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Renato Puppi Munhoz.
O médico afirma que o metabolismo desacelera e até mesmo o oxigênio – outro combustível importante para manter as células vivas e em amplo funcionamento – fica com seu suplemento comprometido, já que a glicose interfere negativamente na vascularização e impede que o órgão seja plenamente irrigado. “Isso é notado em pessoas que têm diabete, por exemplo”, diz Munhoz.

Ômega 3 “compensa” malefícios
A pesquisa feita na Uni­versidade da Califórnia é uma comprovação de que a glicose em excesso pode fazer mal, algo que já é observado em pacientes com diabete ou aqueles que, mesmo sem ter a doença, têm o índice glicêmico elevado – acima de 270 dl/mg, o nível já é considerado alto. Além disso, o estudo também mostra que o ômega 3, conhecido por promover o rejuvenescimento celular, realmente faz bem à saúde.
“Há uma hipótese de que o ômega 3 ajude na reconstituição das membranas celulares. Isso porque ele é uma espécie de lipídio [gordura], e uma parte da membrana externa é feita de lipídio”, explica o neurologista do Hospital Vita Hudson Famelli. Ou seja, o ômega 3 presente em peixes de águas frias, como o salmão e a sardinha, é o principal fornecedor do material que forma as membranas, por onde a corrente elétrica do cérebro se propaga.
Mesmo quem ingere alimentos que contenham gran­de concentração desse tipo de ácido graxo, no entanto, não está liberado para exagerar naqueles ricos em glicose, como os que possuem açúcar refinado, pois a ingestão de um não compensa a do outro. A longo prazo, o hábito pode levar à obesidade, que também contribui para a “lentidão” cerebral. “O tecido adiposo libera adipocitocinas, substâncias inflamatórias que também são capazes de gerar os mesmos radicais livres e promover o envelhecimento e a morte das células”, explica a nutricionista Eda Scur. 

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/saude/conteudo.phtml?tl=1&id=1261795&tit=Excesso-de-acucar-prejudica-o-cerebro

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Retinopatia da prematuridade e reeducação visual - vídeo com dicas!

 

Este vídeo foi produzido pelo Blog Pequenos Guerreiros (http://www.projetopequenosguerreiros.com) e conta com a participação de profissionais do CRAID - Centro Regional de Atendimento Integrado ao Deficiente.

Ratos voltam a andar após lesão na medula espinhal

Conexões rompidas foram refeitas com injeções, estimulação elétrica e prótese robótica. Ainda não se sabe se técnica funcionará em humanos
Por: Alessandro Greco

Rato paraplégico volta a andar após estimulação neuroelétrica e treinamento com veste robótica.
Foto: Divulgação EFPL

Um grupo de ratos em um laboratório em Lausanne, Suíça, reaprendeu a andar após ter a medula espinhal lesionada de forma semelhante à que acontece com humanos que ficam paraplégicos. A técnica de reabilitação combina injeções, estimulação elétrica e uma veste controlada por um equipamento robótico. “Acreditávamos que os ratos recuperassem uma parte dos movimentos em resposta ao nosso sistema de neuroreabilitação robótico. Ficamos, porém, surpresos, com a extensão da recuperação. Os ratos paralisados foram capazes de ultrapassar obstáculos e subir escadas”, afirmou ao iG Janine Heutschi, uma das autoras da pesquisa, da Escola Politécnica Federal de Lausanne.
Para chegar a este resultado os pesquisadores primeiro injetaram químicos para estimular os neurônios da região em que a medula estava cortada e, em seguida, estimularam eletricamente a região. Esta dupla ação reativou os neurônios do local e refez as conexões entre as duas partes da medula. O passo seguinte foi fazer os ratos caminharem novamente com uma veste suspensa por um braço robótico no qual apenas as patas de trás ficavam no chão. “Fizemos os ratos andarem apenas com as patas de trás para evitar a situação em que as da frente (que não foram afetadas pela lesão) conduzissem os membros paralisados. Ao colocar os ratos em pé sabemos que o movimento deles é gerado apenas devido ao envio de sinais do cérebro à parte lesionada. Portanto, de forma geral, os ratos precisam de estímulos e do controle de equilíbrio dado pela interface robótica para conseguir andar de novo”, explicou Janine.
O grupo da Politécnica de Lausanne dividiu as cobaias em dois grupos: alguns ratinhos eram obrigados a andar e subir degraus voluntariamente, incentivados por uma guloseima, enquanto o outro andou em uma esteira, sem incentivo. Enquanto os que buscavam o petisco efetivamente subiram os degraus e ultrapassaram obstáculos, o grupo treinado pela esteira não conseguia andar voluntariamente no chão estático. Aparentemente, segundo os resultados, é necessário envolver o centro de decisões do cérebro, com um treinamento ativo, para remodelar os circuitos neurais envolvidos no movimento. 

Para humanos, uma realidade ainda distante
A pesquisa comprova que, em certas condições, é possível refazer as conexões mesmo após uma lesão grave na medula e abre a possibilidade de se criar algo semelhante para seres humanos. “Os resultados são encorajadores, mas é preciso ter muita cautela porque existem diferenças muito significativas na organização funcional da medula espinhal de roedores e de primatas”, comentou em entrevista ao iG o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que também trabalha com reabilitação de paraplégicos e tetraplégicos usando robótica, mas que não esteve envolvido no estudo.
Nicolelis ainda completou: “É bem sabido que a estimulação elétrica da medula espinhal de roedores e felinos pode produzir locomoção quando o animal é colocado numa esteira rolante. No caso de primatas, incluindo o homem, esse fenômeno é bem mais difícil de ser induzido. Assim, estudos em primatas precisam ser realizados com essa técnica para que se tenha mais segurança que existe uma possibilidade mais concreta do método funcionar em seres humanos. De qualquer forma, é um estudo muito elegante e bem feito.”

Os pesquisadores estão agora planejando fazer estudos clínicos em pessoas com lesão na medula espinhal. “Esses estudos irão mostrar o quanto conseguiremos recuperar os movimentos em humanos com esta técnica”, explicou Janine.

O estudo foi publicado nesta quinta-feira (31/05/2012) no periódico científico Science.


Fonte:  http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2012-05-31/ratos-voltam-a-andar-apos-lesao-na-medula-espinhal.html