quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Brinquedos barulhentos podem prejudicar as crianças

Ujatoba_brinquedo
Opção de brinquedos é o que não falta, principalmente nesta época do ano.  Mas é preciso que os pais redobrem a atenção na hora de comprar o presente, em especial quando se trata de segurança e saúde.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um barulho de 70 decibéis já é desagradável para o ouvido humano. Acima de 85 decibéis começa a danificar o mecanismo da audição. O contato contínuo com um brinquedo com esse volume pode prejudicar para sempre a audição das crianças. Os menores, de até três anos, são os mais afetados. E se eles têm a audição comprometida, isso pode atrasar todo o seu desenvolvimento como na área da fala e no desempenho escolar.
Brinquedos sonoros ilegais, como os comprados em camelôs, podem emitir um barulho acima do permitido pela lei, que é de 85 decibéis. Um carrinho de polícia “pirata”, por exemplo, pode chegar a até 120 decibéis de ruído. O que isso representa? O som de uma motosserra geralmente chega a 100 decibéis e o de uma britadeira alcança 110 decibéis. A maioria dos brinquedos vendidos em camelôs não tem selo de garantia de qualidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos). Esse selo garante que os brinquedos não trazem risco para a segurança e saúde da criança, pois passaram por diversos testes antes de chegar ao comércio.
As crianças estão expostas a altos níveis de barulho ao brincar com videogames, frequentar sala de jogos de computadores, ouvir música em fones de ouvido ou aparelhagens de som. Em ambientes ruidosos é aconselhável usar protetor auricular nos pequenos. “Os ruídos estão por toda parte. Dentro de casa estão no aspirador de pó, no liquidificador, na televisão em alto volume e até nos brinquedos. Tudo isso pode causar prejuízos à audição das crianças. Os pais devem proteger seus filhos de danos auditivos causados por excesso de barulho e, na hora das compras, prestar atenção ao nível sonoro do brinquedo”, lembra Marcella Vidal, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas.
Confira os produtos que merecem atenção:
- Brinquedos musicais como guitarra elétrica, tambor, buzina, trombeta podem emitir sons de até 120 dB (decibéis).
- Brinquedos como telefones infantis podem chegar a ruídos entre 123 a 129 dB(decibéis).
- Brinquedos feitos para ampliar o som da voz chegam a emitir até 135 dB (som comparado ao da decolagem de um avião).
- Brinquedos como arma de fogo que emitem sons de 150 dB (decibéis), podendo causar de imediato dor no ouvido.
- Alguns brinquedos para bater, dar pancadas e os ‘tagarelos’, que falam alto demais, são calculados com o nível de som de até 110 dB (decibéis).

Fonte: Universo Jatoba

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Saiba como dar chupeta ao bebê sem prejudicar saúde bucal

Muitos bebês aparecem chupando o dedo desde a ultrassonografia. Isso porque a sucção é uma necessidade fisiológica, fundamental para o crescimento e desenvolvimento psíquico do bebê. Na teoria, essa necessidade é totalmente suprida pelo aleitamento materno, mas há quem defenda que cada bebê tem um grau diferente de satisfação.

Para as mães, muitas vezes é difícil oferecer o peito toda vez que o bebê pede, e lançar mão da chupeta é uma saída. Ocorre que, apesar de muito criticada entre os pediatras e até pela OMS – Organização Mundial da Saúde – por prejudicar a sucção e interferir na amamentação natural, há novos estudos que tiram a chupeta desta lista negra.

Dentre os benefícios da chupeta estão o fator calmante que exerce sobre o bebê e mãe e a diminuição do risco de morte súbita, desde que seja introduzida após a terceira semana de vida ou com a amamentação já estabelecida e utilizada apenas durante o sono – recomendação da Academia Americana de Pediatria – AAP. 

“O ideal é limitar a momentos específicos do dia, como na hora de dormir, e procurar tirar esse hábito o quanto antes, entre um e dois anos de idade, já que a necessidade de sucção do bebê diminui rapidamente conforme ele cresce e desenvolve outras habilidades”, diz a fonoaudióloga, Camila G. de Lima e Menezes Nitatori, do Hospital Israelita Albert Einstein.


Como usar bem a chupeta

Bico ortodôntico – Minimiza as alterações na arcada dentária, uma vez que sua inclinação posiciona melhor a língua. Têm base mais achatada,que evita um distanciamento maior dos lábios.

Melhor chupeta que o dedo – Fica ainda mais difícil abandonar o hábito de chupar o dedo, que está sempre disponível, do que a chupeta. Além disso, o hábito de sugar o dedo pode ser pior para o posicionamento dos dentes por causa da força que a criança imprime com o dedo na arcada dentária. 

Só para dormir – Quando a criança pegar no sono é indicado retirar a chupeta, pois nesse momento ela não necessita realizar a sucção, e desta forma facilita seu fechamento dos lábios e a respiração pelo nariz.  

É chupeta que o bebê quer? – Muitas vezes, a chupeta é utilizada como uma forma de os pais encontrarem momentos de “sossego”. É comum recém-nascido recusar a chupeta a princípio. “Se por qualquer motivo oferecemos a chupeta ao bebê, sem deixá-lo demonstrar com seus choros diferentes o que deseja, sem experimentar acalmá-lo de outras maneiras, as chances de se acostumar a querer a chupeta a todo instante, e ter mais dificuldade de desapegar conforme crescer, aumentam consideravelmente”, afirma a fonoaudióloga.

Higiene – Ao comprar a chupeta, lave-a com água e detergente e enxague. Para esterilizá-la, basta ferver por cinco minutos no fogão ou no micro-ondas. É preciso higienizá-la após cada uso ou quando cair no chão. É importante retirar a água que ficar retida nela. Caso o bico e o disco estejam gastos, rachados ou pegajoso, é hora de comprar uma nova.

Fonte: Terra

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Demência: o que fazer para evitar um desastre global

Demência Ilustração SPL
Processo de morte das células do cérebro tem início entre dez e 15 anos antes de que os problemas de memória se tornam aparentes
A demência foi identificada por autoridades de saúde como "um desastre global prestes a acontecer", o maior problema médico enfrentado pela geração atual.
A cada quatro segundos, uma pessoa é diagnosticada com alguma forma de demência no mundo. Calcula-se que o número de casos cresça dos 44 milhões atuais para 135 milhões em 2050.
A demência já custa ao mundo US$ 604 bilhões por ano.
O termo demência é usado para descrever quadros médicos em que ocorre a perda - temporária ou permanente - das capacidades cognitivas de um indivíduo. Há múltiplas causas, entre elas, disfunções metabólicas, infecções, desnutrição ou doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer.
Nesta semana, representantes do G8 - as oito maiores economias do planeta - se reunirão em Londres para discutir formas de lidar com o problema.
O governo britânico, que ocupa a presidência rotativa do G8, anunciou nesta quarta-feira que está dobrando a verba dedicada à pesquisa sobre demência para 132 milhões de libras (mais de meio bilhão reais) até 2015.
Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde em 2012, o Brasil é o nono país do mundo com o maior número de casos, com 1 milhão de pacientes com demência.
A BBC perguntou a especialistas da área quais seriam suas prioridades se recebessem os fundos necessários e carta branca para lidar com o problema.

Antecipar diagnósticos

No dia em que seu médico lhe diz que você tem demência, você pode pensar que está vivendo o estágio inicial do problema. No entanto, não é o caso.

O que é demência?

O termo é usado para descrever cerca de cem doenças degenerativas que levam à morte, em grande escala, de células do cérebro.
São afetados a memória, linguagem, agilidade mental, compreensão e juízo do paciente.
A forma mais comum de demência é o Mal de Alzheimer, responsável por 62% dos casos de demência.
A condição do paciente tende a piorar com o tempo, até que ele fique completamente dependente de cuidados.
Não há cura.
O processo de morte das células do cérebro tem início entre dez e 15 anos antes de que os problemas de memória se tornam aparentes.
Ou seja, quando o paciente faz o teste de memória e recebe o diagnóstico, ele já está sofrendo da doença há pelo menos dez anos.
A essa altura, um quinto dos principais centros de memória do cérebro já estão mortos.
Para alguns especialistas, isso talvez explique a ausência de êxito em testes com medicamentos para tratar o problema: eles estão tentando tratar a doença quando já é tarde demais.
O foco na antecipação do tratamento "é absolutamente essencial nas pesquisas", disse o neurologista Nick Fox, do National Hospital for Neurology and Neurosurgery, em Londres.
Já houve algum progresso. Agora já é possível ver algumas das proteínas associadas ao Mal de Alzheimer em tomografias do cérebro, mas o desafio é usar esses recursos para prever o desenvolvimento da demência.
"Houve imensos avanços em tecnologias que produzem imagens so cérebro. Vivemos uma nova era e isso é muito empolgante", disse Fox.
Outros métodos estão sendo investigados, como, por exemplo, técnicas que identificam a presença, no sangue de uma pessoa, de substâncias químicas que ofereçam indícios do desenvolvimento futuro da demência.
Outro ponto que os pesquisadores ressaltam é que há vários tipos de demência. O Mal de Alzheimer, a demência vascular e a demência com Corpos de Lewi têm sintomas similares, mas talvez requeiram tratamentos diferentes.

Interromper mortes de células

Não há remédios capazes de interromper nem desacelerar o progresso de qualquer forma de demência.
Havia muita esperança em duas drogas para tratar o Mal de Alzheimer - Solanezumab e Bapineuzumab - mas elas fracassaram nos testes.
Os experimentos sugerem, no entanto, que existe uma pequena chance de que a droga Solanezumab surta efeito em pacientes em estágios bem iniciais da doença.
Uma nova série de testes está sendo feita em pacientes com demência moderada.
"Se o Solanezumab tiver efeito sobre casos moderados de Mal de Alzheimer, então o caminho seria dar (a droga) cada vez mais cedo", disse Eric Karran, diretor de pesquisas da ONG britânica Alzheimer's Research UK.
Alcançar a cura é, obviamente, o sonho de todo especialista nesse campo. Mas retardar a evolução da demência já traria um impacto gigantesco.
Segundo cálculos, se conseguíssemos atrasar em cinco anos o desenvolvimento da doença, já cortaríamos pela metade o número de pessoas vivendo com demência.

Drogas para sintomas

Existem algumas drogas que ajudam as pessoas a viver com os sintomas da demência, mas não são suficientes.
Há medicamentos capazes de aumentar as sinalizações químicas entre as células do cérebro que sobreviveram.
Calcula-se que o número de casos cresça dos 44 milhões atuais para 135 milhões em 2050
Mas o mais recente medicamento desse tipo, Memantine, foi aprovado em 2003 nos Estados Unidos.
Desde então, não apareceu nenhum outro.
O médico Ronald Petersen, diretor do Alzheimer's Disease Research Centre na Mayo Clinic, Estados Unidos, disse à BBC: "Isso é terrível quando você leva em conta os bilhões que foram investidos nessa doença".
"Existem 44 milhões de pessoas com Mal de Alzheimer e também temos de tratá-las" (além de encontrar uma cura).
"Precisamos desenvolver drogas para tratar os sintomas e retardar o progresso da doença, como fazemos com (pacientes que sofreram) ataques cardíacos".

Minimizar riscos

Você quer cortar radicalmente suas chances de desenvolver câncer de pulmão? Não fume.
Quer evitar um ataque cardíaco? Faça exercícios e adote uma dieta saudável.
Mas se quiser evitar demência, não há respostas definitivas.
A idade é o maior fator de risco. Na Grã-Bretanha, uma em cada três pessoas com idade acima de 95 anos tem demência.
Há indícios de que exercícios regulares e dieta saudável tenham efeitos positivos em prevenir ou retardar o desenvolvimento da demência.
Mas ainda não se sabe com clareza de que forma o histórico familiar, o estilo de vida e o meio-ambiente se combinam para que um indivíduo tenha ou não demência.
O geriatra Peter Passmore, da British Geriatrics Society e da Queen's University Belfast, na Irlanda do Norte, disse que o melhor conselho até agora é: "Manter o coração saudável para evitar danos ao cérebro".
"Evite a obesidade, não fume, faça exercícios regularmente, controle a pressão sanguínea, o açúcar e o colesterol."
"Isso tem poucas chances de fazer mal e pode até fazer bem!"

Como cuidar eficazmente

A demência tem custos imensos para a sociedade, mas as contas médicas respondem por uma porção pequena da custo total.
O custo real está no tempo passado em casas para idosos e na renda perdida por familiares que abandonam seus empregos para cuidar de parentes doentes.
As pesquisas também precisam ser direcionadas para a busca da melhor maneira de se cuidar de pacientes com demência. E também de preservar a independência do paciente pelo maior tempo possível.
Estudos já mostraram que a ingestão de remédios antipsicóticos pode ser cortada pela metade se equipes que trabalham com os pacientes receberem o treinamento adequado.
Doug Brown, da Alzheimer's Society, disse que talvez um dos campos mais fáceis de pesquisa sobre demência seja o estudo de como cuidar dos pacientes.
"Podemos fazer muitos estudos sobre a assistência e os cuidados que oferecemos às pessoas com demência hoje para que vivem da melhor forma possível".

Fonte:

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Justiça proíbe venda de andador infantil no país

Perigosos: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) desaconselha uso de andador infantil
Perigosos: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) desaconselha uso de andador infantil (Divulgação)
 
A Justiça do Rio Grande do Sul concedeu liminar suspendendo a comercialização de andadores infantis em todo o país, como forma de garantir a segurança de bebês. Segundo a juíza Lizandra Cericato Villarroel, que atua em Passo Fundo, nenhum dos fabricantes atende às normas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o que coloca as crianças em risco de acidentes. A Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur) informou que vai recorrer da medida.
A decisão da juíza atende a uma solicitação de Ação Civil Pública da Associação Carazinhense de Defesa do Consumidor, feita pelo pediatra Rui Locatelli Wolf, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
A SBP começou, no início do ano, uma campanha desaconselhando o uso de andadores infantis, classificando-os como perigosos e desnecessários. Segundo Marislaine Lumena, presidente do Departamento Científico de Segurança da sociedade, além do risco de quedas de escada e outros acidentes, os andadores também causam um "aprendizado errado da marcha" e pode desestimular o desenvolvimento muscular da criança.

Fonte: Revista Veja

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Estudo mostra resultados promissores para vacina contra esclerose múltipla

Cérebro
A esclerose múltipla destrói a mielina, camada que reveste as fibras nervosas no cérebro, prejudicando a comunicação entre os neurônios e dando origem a uma série de problemas (Thinkstock)
Uma pesquisa realizada na Itália pode ser mais um passo rumo à prevenção da esclerose múltipla, uma doença autoimune incurável e de causas ainda desconhecidas. De acordo com um artigo publicado na última quarta-feira no periódico Neurology, os cientistas testaram, em humanos, a eficácia de uma vacina contra a doença e verificaram que o método foi capaz de evitá-la em mais da metade dos casos.
A vacina testada pelos pesquisadores é a BCG (Bacille Calmette Guerin), que contém uma bactéria em estado atenuado capaz de induzir uma resposta imunológica do organismo, impedindo inflamações. Criada na década de 1920, a BCG tem sido utilizada em todo o mundo como uma forma de imunização contra a tuberculose.
Como a esclerose múltipla e as demais doenças autoimunes costumam ser mais comuns em nações industrializadas, os cientistas responsáveis pelo trabalho defendem a hipótese de que as pessoas desses países têm menos contato com infecções na infância, o que impede o desenvolvimento de seu sistema imunológico. A exposição a certas bactérias por meio da vacina, portanto, seria capaz de fortalecer a imunidade.

Trabalho — Os pesquisadores reuniram 73 pessoas que tiveram algum sintoma inicial de esclerose múltipla, como problemas relacionados a visão, equilíbrio ou dormência em partes do corpo. Todos os participantes passaram por exames de ressonância magnética que indicavam o início da doença. Os sinais do distúrbio costumam piorar e se tornar mais frequentes com o passar do tempo.
Dos 73 voluntários, 33 receberam uma dose da vacina BCG, os demais não. Durante seis meses, os participantes de ambos os grupos foram submetidos a ressonâncias magnéticas mensais com o objetivo de verificar o grau de lesões cerebrais existentes. Ao fim desse período, enquanto os não vacinados tinham sete lesões, os vacinados tinham três.
Depois dessa fase, todos os voluntários tomaram medicações indicadas por neurologistas para atenuar os sintomas da esclerose. Cinco anos depois, 58% dos vacinados estavam livres do distúrbio, ante 30% dos participantes que não tomaram a vacina. Segundo os pesquisadores, mais estudos são necessários para avaliar a segurança e os efeitos a longo prazo da vacina como prevenção da esclerose múltipla.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Effects of Bacille Calmette-Guérin after the first demyelinating event in the CNS

Onde foi divulgada: periódico Neurology

Quem fez: Giovanni Ristori, Silvia Romano, Stefania Cannoni, e outros

Instituição: Sapienza - Universidade de Roma, na Itália, e outras

Dados de amostragem: 73 pessoas com sintomas iniciais de esclerose múltipla

Resultado: Os pesquisadores descobriram que a vacina BCG, usada para a prevenção contra a tuberculose, pode ser eficaz também para prevenir contra a esclerose múltipla

Fonte: Revista Veja


Veja 5 razões para NUNCA comprar um andador ou se desfazer do seu o quanto antes (coisa ruim a gente não doa nem vende, destrua):


Recebi um email de um Neuropediatra amigo meu e resolvi republicá-lo neste Blog, pois esta informação é muito importante!!!!!
 
1. RISCO DE MORTE:
Os acidentes são principalmente por queda de degrau ou escadas, e afetam principalmente a cabeça da criança, que está mais exposta e desprotegida. O osso do bebê é mais “molinho” então é mais fácil que uma batida na cabeça cause lesão do cérebro. Como a criança consegue uma velocidade maior com o andador também aumenta a “força” do trauma causando lesões mais graves.


2. OUTROS PERIGOS:
O Bebê no andador está sentado a uma altura maior que ele deveria. Isso dá mais “liber dade” a criança. Como sabemos, limites são importantes desde cedo na vida. Com uma altura maior a criança será capaz de alcançar objetos que representam riscos, como facas, fogão, puxar a toalha da mesa e cair algum objeto sobre ela, alcançar produtos perigosos e tóxicos. A maioria dos acidentes com o andador ocorrem com a supervisão do adulto, pois as crianças tem mais velocidade em cima do andador e os adultos não conseguem evitar o acidente.


3. ATRASO NO APRENDIZADO:
Como publicado na revista Pediatrics, uma das principais revistas científicas da área, crianças que usam andador demoram mais para aprender a andar, e inclusive podem apresentar um atraso no desenvolvimento motor e mental. Além disso apresentam prejuízo no estímulo ao fortalecimento e atividade muscular da criança. Conforme estudo as crianças que usam andador sentam, caminham e andam mais tarde que as crianças que não usaram andador. E os que usam andadores possuem escores inferiores nos testes de desenvolvimento.


4. Prefira uma DOR NAS COSTAS passageira do que uma DOR DE CABEÇA eterna:
Se você planejou ter seu filho, sabia que teria trabalho. Se você não planejou, certamente também optou por amá-lo e protegê-lo. São poucos meses que ele precisa para aprender a andar sozinho, tenha paciência, incentive-o e se dedique a ajudar o desenvolvimento dele. É melhor GANHAR esse tempo junto do seu filho do que PERDER tempo no hospital e com preocupações que você pode ter com as sequelas dos acidentes para o resto da vida.


5. NÃO PERCA OS MOMENTOS MAIS EMOCIONANTES DA VIDA DE SEU FILHO: Aprenda a curtir os momentos. Hoje em dia estamos todos ocupados, mas filho exige cuidado e atenção. Curta cada fase do desenvolvimento dele, ensine e tire fotos. Alternativas mais seguras e prazerosas que você pode usar: Tapete de recreação (esse tapetes tipo de borracha) – permita a criança se desenvolver no seu próprio passo, você acompanhará ela ao rolar, sentar, engatinhar, levantar e depois andar com apoio. Esse é o desenvolvimento normal que a criança precisa, ela não precisa andar do tempo certo. Além disso outros acessórios podem te ajudar com a dor nas costas uma vez que a criança já está mais preparada: Colete para apoio, brinquedo com rodinhas para a criança empurrar e se apoiar.
Se você está ocupada no momento, é mais seguro deixar a criança no cercadinho com os brinquedos apropriados para ela e com sua supervisão, do que no andador correndo por aí.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Cérebros de homens e mulheres têm conexões diferentes

Cérebro do homem e da mulher
Conexões cerebrais mostram maior atividade do hemisfério dianteiro para o traseiro em homens (acima), e no da esquerda para a direita em mulheres (abaixo) (Ragini Verma/Proceedings of National Academy of Sciences)
 
Os cérebros dos homens e das mulheres têm conexões que parecem confirmar estereótipos sobre atitudes e comportamentos próprios de cada sexo, revelou um estudo publicado no periódico PNAS.
A pesquisa analisou a atividade cerebral de 949 voluntários (521 mulheres e 428 homens) de 9 e 22 anos. O levantamento mostrou no homem uma quantidade maior de conexões na parte dianteira do cérebro, centro de coordenação das ações, e na traseira, onde fica o cerebelo, importante para a intuição. As imagens revelaram também uma grande quantidade de conexões dentro de cada um dos hemisférios. Isso sugere que o cérebro masculino é estruturado para facilitar a conexão entre percepção e ação.
Nas mulheres, por outro lado, essas conexões unem o hemisfério direito, onde se encontra a capacidade de análise e tratamento da informação, e o esquerdo, centro de intuição, o que indica uma facilidade de comunicação entre a intuição e o pensamento analítico.

“Estes mapas mostram diferenças impactantes e complementares na arquitetura cerebral que podem ajudar a explicar porque os homens são brilhantes em algumas tarefas, e as mulheres, em outras”, afirmou Ragini Verma, professora de radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e autora do estudo.
A cientista explica que os homens são, em média, mais aptos a aprender e executar uma única tarefa, como andar de bicicleta, esquiar ou navegar, enquanto as mulheres têm uma memória melhor e uma inteligência social maior, o que aumenta a aptidão delas para executar várias tarefas simultaneamente e encontrar soluções para um grupo.
Estudo amplo – Estudos anteriores já tinham mostrado diferenças entre os cérebros masculino e feminino. Mas a conectividade neuronal de regiões cerebrais vinculadas a aptidões cognitivas nunca havia sido analisada em uma população tão grande.
"Os mapas detalhados do conectoma (mapa completo das conexões cerebrais) no cérebro não vão apenas nos ajudar a entender melhor as diferenças na forma como homens e mulheres pensam, mas também a compreender as causas dos distúrbios neurológicos, frequentemente vinculados ao sexo", afirma Ruben Gur, professor de psicologia na Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia e coautor do estudo.
As próximas pesquisas deverão identificar com mais precisão quais conexões neuronais são próprias de um único sexo e quais estão presentes em ambos, explicou o psicólogo.

Fonte: Agência France-Presse

Oxitocina pode melhorar habilidades sociais de crianças autistas

Menino com autismo
As crianças com autismo geralmente têm problemas para socializar, em decorrência da baixa atividade de regiões do cérebro ligadas a essa função (Thinkstock)
A oxitocina é responsável por estimular os laços afetivos entre mãe e filho e também por criar a empatia entre duas pessoas. Não por acaso, ficou conhecida como "hormônio do amor". Cientistas da Universidade Yale, nos Estados Unidos, podem ter encontrado outro papel para a substância: melhorar as habilidades sociais de crianças com autismo. A descoberta foi relatada em um artigo publicado nesta segunda-feira no periódico PNAS.
No estudo, crianças autistas que inalaram oxitocina apresentaram maior atividade em regiões do cérebro ligadas a funções sociais como a empatia, geralmente prejudicadas em meninos e meninas que sofrem com o distúrbio.
As crianças beneficiadas pelo hormônio foram aquelas com uma forma mais moderada de autismo. Os cientistas ainda não sabem se isso significa que a substância funcione apenas em pessoas menos afetadas pela doença ou se a dosagem precisa ser determinada de acordo com o nível de comprometimento cerebral de cada paciente.

Pesquisa — Os pesquisadores reuniram dezessete crianças autistas com idades entre 8 e 16 anos. Elas foram expostas a um spray contendo oxitocina e, em seguida, submetidas a um exame de ressonância magnética. Durante o exame, as crianças passaram por um teste de percepção social e emocional, em que tinham de olhar para fotos de olhos e relacionar as imagens a determinadas emoções. Ao realizar essa tarefa, os cientistas verificaram o aumento na atividade das regiões do cérebro ligadas às conexões sociais.
Como a amostragem do estudo foi pequena, mais trabalhos são necessários para comprovar a descoberta. Segundo informações do jornal The New York Times, outra equipe de pesquisadores, da Universidade da Carolina do Norte, pretende realizar um estudo com 300 crianças com o objetivo de avaliar os efeitos de doses diárias de oxitocina por um período de seis meses a um ano.

OXITOCINA
A oxitocina é um hormônio produzido em uma região do cérebro chamada hipotálamo, e depois armazenado na hipófise. A oxitocina estimula a liberação de dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de prazer e de motivação, e de serotonina, outro neurotransmissor que tem efeitos positivos no humor e na redução da ansiedade.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Oxytocin enhances brain function in children with autism

Onde foi divulgada: periódico PNAS

Quem fez: Ilanit Gordon, Brent C. Vander Wyk, Randi H. Bennett, Cara Cordeaux, Molly V. Lucas, Jeffrey A. Eilbott, Orna Zagoory-Sharon, James F. Leckman, Ruth Feldman e Kevin A. Pelphrey

Instituição: Universidade Yale, nos Estados Unidos

Dados de amostragem: 17 crianças de 8 a 16 anos

Resultado: Os pesquisadores descobriram que, em crianças autistas, a oxitocina pode aumentar a atividade de regiões do cérebro ligadas a funções sociais
Fonte: Revista Veja

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Dispositivo utiliza abelhas para detectar câncer e outras doenças

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Um dispositivo criado por uma designer portuguesa utiliza a aguçada sensibilidade das abelhas para encontrar tumores e outras doenças graves no organismo humano. Por meio do novo aparelho, os insetos passam a dar complemento aos exames, identificando, ainda em fase inicial, as anormalidades na saúde das pessoas.
Desenvolvido pela designer Susana Soares, o dispositivo é composto por duas câmaras e conectado ao corpo do paciente submetido ao exame. Em um dos reservatórios, o cheiro exalado pelo organismo da pessoa é retido, e, no outro, ficam as abelhas prontas para entrar em ação: caso um odor desconhecido seja identificado, elas ficam perturbadas, voando em direções diferentes, o que explica a ocorrência das doenças.
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As abelhas conseguem perceber as menores moléculas presentes no ar e são sensíveis às propriedades exaladas pelas glândulas apócrinas, que carregam as informações sobre a saúde do organismo. Segundo informou recentemente o site InHabitat, quando colocados no dispositivo, os polinizadores identificam todos os odores relacionados ao câncer de pulmão, câncer de pele e do pâncreas, assim como tuberculose.
O grande avanço sustentável para a descoberta de doenças foi apresentado na Dutch Design Week, um dos mais importantes eventos de design da Europa, realizado em Eindhoven, na Holanda. Ainda não há previsão de quando o equipamento passará a ser utilizado nos hospitais e laboratórios, mas, em algumas partes do mundo, as abelhas já vêm sendo incorporadas em biosensores, durante a execução de exames específicos.

Fonte: Gabriel Felix
Discovery Notícias

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Com piercing na língua, tetraplégicos conseguem controlar cadeira de rodas


O piercing do tamanho de um feijão produz um campo magnético que muda quando a língua se movimenta Foto: Reprodução / BBCBrasil.com
Cientistas nos Estados Unidos descobriram uma forma de fazer com que pessoas possam controlar cadeiras de rodas e computadores usando um piercing na língua. A descoberta pode ajudar a dar mais independência a pessoas com paralisia. O movimento de um pequeno ímã dentro de um piercing é detectado por sensores e convertido em impulsos eletrônicos, que podem controlar uma série de aparelhos.

A equipe de cientistas disse que está explorando a "destreza incrível" da língua. A pesquisa foi publicada na revista científica Science Translational Medicine. A equipe da Georgia Institute of Technology percebeu que, devido à grande flexibilidade da língua, um piercing no órgão pode servir para propósitos bem mais ambiciosos do que o meramente decorativo.

Uma grande parte do cérebro é usada para controlar a língua, que tem mecanismos bastante sofisticados usados na fala. Essas partes ficam intactas mesmo em casos de lesão na espinha dorsal, que provocam a paralisia.

"Estamos investigando as capacidades inerentes da língua, que é uma parte tão incrível do corpo", disse o pesquisador Maysam Ghovanloo à BBC.

Precisão
O piercing do tamanho de um feijão produz um campo magnético que muda quando a língua se movimenta. Sensores colocados na bochecha conseguem detectar a posição precisa do piercing.

Em testes feitos com 23 pessoas sem qualquer tipo de paralisia e 11 tetraplégicos, seis posições diferentes dentro da boca foram programadas para mover uma cadeira de rodas elétrica ou controlar um computador. Por exemplo, quando a língua tocava o lado esquerdo da bochecha, a cadeira se mexia para a esquerda.
Em média, as pessoas tetraplégicas conseguiam desempenhar tarefas até três vezes mais rápido e com o mesmo nível de precisão, em comparação com outras tecnologias disponíveis hoje Foto: Reprodução / BBCBrasil.com
Em média, as pessoas tetraplégicas conseguiam desempenhar tarefas até três vezes mais rápido e com o mesmo nível de precisão, em comparação com outras tecnologias disponíveis hoje
Foto: Reprodução / BBCBrasil.com

Em média, as pessoas tetraplégicas conseguiam desempenhar tarefas até três vezes mais rápido e com o mesmo nível de precisão, em comparação com outras tecnologias disponíveis hoje.

Os pesquisadores querem desenvolver comandos colocados em cada um dos dentes da boca, possibilitando a criação de um número "ilimitado" de instruções, permitindo que tetraplégicos possam discar um número de telefone, mudar um canal de televisão ou até mesmo digitar uma mensagem.

"As pessoas serão capazes de fazer mais coisas e de forma mais eficiente", diz Ghovanloo. Ele disse que algumas pessoas mais idosas se recusaram a participar da experiência por terem restrições ao uso de um piercing na língua, mas que os mais jovens acharam a experiência "muito legal".

Os aparelhos testados estão disponíveis somente nos laboratórios. A equipe está estudando formas de aumentar a estabilidade da tecnologia, para conseguir aprová-la junto às autoridades americanas. Isso abriria a possibilidade de se comercializar a descoberta.

O diretor da instituição de pesquisas Spinal Research, Mark Bacon, disse que o objetivo principal da ciência deve continuar sendo a busca por formas de regenerar a espinha dorsal, mas que pessoas tetraplégicas podem se beneficiar muito com a tecnologia criada no laboratório.

"A língua é capaz de comandos tão sofisticados usados na fala que não existe motivo para não se usar esta versatilidade de movimento para controlar aparelhos de forma discreta."

Ele faz a ressalva de que é importante desenvolver mecanismos que protejam as pessoas de acidentes, quando a língua estiver sendo usada para atividades como comer, falar e engolir.

Fonte

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Médicos podem ver através da pele com óculos de raio X

oculos-raiox-medicos-atraves-pele-pacientes-discovery-noticias
Os óculos de raio X têm uma reputação duvidosa, sempre relegados às páginas da ficção científica ou às caixas de promoções da loja mágica do Mario. No entanto, um novo modelo de óculos agora permite que os médicos enxerguem através da pele dos pacientes: o Eyes-On Glasses System. Criado pela Evena Medical, uma empresa de tecnologia de imagem do Vale do Silício, o dispositivo permite encontrar veias de localização difícil para tratamentos intravenosos.
O visor, encaixado na cabeça, é equipado com tecnologia de imagem vascular, que enfermeiros e profissionais da área médica costumam transportar como um equipamento autônomo. O sistema projeta sobreposições de conteúdo digital no campo de visão do usuário.
“Estudos mostram que até 40% dos procedimentos intravenosos exigem múltiplas tentativas de localizar e acessar uma veia, o que não só desperdiça um tempo valioso da equipe de enfermagem como atrasa o tratamento, causando desconforto e insatisfação ao paciente”, afirma Frank Ball, presidente da Evena Medical, em um release.
“Com os óculos, os enfermeiros podem localizar com facilidade e rapidez os melhores veias para cada paciente — mesmo em ambientes clínicos desafiadores, como unidades pediátricas ou neonatais”.
Os óculos também dispõem de memória digital para verificação e documentação das condições da veia durante todo o período de internação do paciente. Além disso, recursos de telemedicina permitem que o sistema compartilhe imagens remotamente. O Eyes-On Glasses também pode interagir com prontuários médicos eletrônicos para uma documentação mais completa dos dados do paciente.
A Evena apresentou os óculos na Feira Internacional de Medicina de Dusseldorf, na Alemanha.

Fonte: Nic Halverson
Discovery Notícias

Nicolelis divulga primeiras imagens de exoesqueleto

Foto do exoesqueleto divulgada por Nicolelis. Dispositivo será controlado pelo pensamento
Foto do exoesqueleto divulgada por Nicolelis. Dispositivo será controlado pelo pensamento (Reprodução/Facebook/Miguel Nicolelis)
 
O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis divulgou nesta segunda-feira, em sua página do Facebook, as primeiras imagens do exoesqueleto, uma veste robótica controlada por pensamento, do Projeto Andar de Novo. Há mais de dois anos, Nicolelis anunciou que o dispositivo seria usado por um paciente tetraplégico para dar o pontapé inicial do jogo de abertura da Copa do Mundo no Brasil.
As fotografias, que, segundo o pesquisador, foram tiradas em Paris, mostram a imagem frontal e lateral do protótipo metálico preso a um boneco.
As primeiras pessoas a testar o exoesqueleto serão pacientes da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) da unidade Lar Escola São Francisco, na capital paulista. Os escolhidos serão jovens adultos com lesão medular incompleta, que ainda permite algum grau de locomoção. Um capacete com sensores vai captar a atividade elétrica cerebral de seu usuário, e transmiti-la para o exoesqueleto, que executará os movimentos.
Diferencial – A principal diferença entre o exoesqueleto desenvolvido por Nicolelis e outros já existentes é o "feedback tátil". O paciente que usar a veste robótica de Nicolelis pode sentir o chão e o peso do corpo ao pisar. Isso facilita muito o ato de andar.
A pesquisa de Nicolelis tem como linha geral a interface entre cérebros e máquinas. No último estudo divulgado, ele e sua equipe descrevem como conseguiram fazer com que macacos aprendessem a usar apenas a mente para controlar o movimento de duas mãos virtuais, exibidas na tela de um computador.

Pesquisador promete usar o dispositivo para permitir que um paciente tetraplégico dê o pontapé inicial do jogo de abertura da Copa do Mundo no Brasil

 Fonte: Revista Veja

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

"Circles of Life"

SILFOS
As músicas do novo CD do SILFOS, "Circles of Life" agora podem ser compradas digitalmente pelo site da Onerpm, algumas delas podem ser ouvidas no player deste Blog:
https://onerpm.com/#/disco/album&album_number=269787401

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Robô-verme remove tumores cerebrais

robo-larva-tumores-cerebaris-discovery-noticias
Vermes geralmente indicam decomposição e morte, mas inspiraram o protótipo de um robô que pode auxiliar neurocirurgiões a salvar vidas. Há quatro anos, a equipe de J. Marc Simard, professor de neurocirurgia da faculdade de medicina da Universidade de Maryland, Baltimore, está desenvolvendo um robô intracraniano que ajudará na remoção de tumores cerebrais.
Em forma de dedo mecânico, o robô possui múltiplas articulações que executam uma série de movimentos de sondagem. Com um instrumento de cauterização elétrica na extremidade, o robô aquece e destrói os tumores, enquanto um tubo suga os detritos. O robô também pode ser controlado remotamente enquanto o paciente permanece em um equipamento de ressonância magnética, oferecendo ao cirurgião uma excelente visão de tumores difíceis de localizar.
A invenção de Siemard foi inspirada em um programa de TV, em que cirurgiões plásticos usavam larvas esterilizadas para remover tecidos danificados ou mortos de um paciente.
“Era um sistema natural, que diferenciava o tecido bom do ruim”, explica Simard em um release. “Em outras palavras, as larvas removiam todo o tecido doente e deixavam apenas o sadio, e eram realmente pequenas. Imaginei que se uma coisa parecida removesse um tumor cerebral, seria um verdadeiro gol de placa”.
Além de reduzir o tamanho da incisão, o robô pode ser acionado por controle remoto sob a monitoração contínua do aparelho de ressonância, o que auxilia o cirurgião a definir os limites do tumor durante a cirurgia.
“Em uma operação convencional, realizamos uma ressonância magnética e usamos marcadores fixados no couro cabeludo ou no crânio para saber em que posição estamos no cérebro do paciente. Mas quando o cirurgião começa a remover o tumor, os tecidos mudam de lugar, de tal modo que os limites previamente estabelecidos já não existem mais, daí a necessidade de diferenciar o tecido normal de um tumor. É muito difícil determinar isso a olho nu, mas com a ressonância magnética, a capacidade de diferenciar os tecidos é muito maior”.
O protótipo que remove tumores ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento e exigirá extensos testes clínicos antes de chegar às salas de cirurgia.

Fonte: Nic Halverson
Discovery Notícias

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Células do olho podem ajudar a diagnosticar Mal de Alzheimer

Exame de vista | Crédito: AP
Cientistas acreditam que Mal de Alzheimer poderá ser diagnosticado junto com exame de vista
Alterações em células específicas da retina podem ajudar a diagnosticar e acompanhar a progressão do Mal de Alzheimer, segundo uma nova pesquisa conduzida por cientistas americanos.
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta os neurônios. Seu sintoma primário é a perda da capacidade de memória.
A equipe de pesquisadores descobriu que camundongos com a doença perderam espessura na camada das células oculares.
Como a retina é uma extensão direta do cérebro, eles acreditam que a perda de neurônios retinais pode estar relacionada à diminuição de células do cérebro devido ao Alzheimer.
As descobertas foram reveladas durante uma conferência de neurociência ocorrida nos Estados Unidos.
A equipe prevê que, futuramente, os oftalmologistas, munidos dos devidos aparelhos, consigam detectar o Mal de Alzheimer durante um exame de vista periódico.
Segundo o estudo dos cientistas, alterações nas células da retina também poderiam ajudar a detectar o glaucoma – que leva à cegueira – e que é considerado uma doença neurodegenerativa similar ao Alzheimer.
Scott Turner, diretor do programa de transtornos de memória do Centro Médico da Universidade Georgetown, nos Estados Unidos, afirmou: " A retina é uma extensão do cérebro, por isso faz sentido que os mesmos processos patológicos encontrados no cérebro de Alzheimer também sejam observados no olho. "
Turner e sua equipe analisaram a espessura da retina em uma área que anteriormente não havia sido investigada. O estudo incluiu camada nuclear interna e a camada de células ganglionares da retina (um tipo de neurônio encontrado na retina).
Eles concluíram que uma perda de espessura ocorreu apenas em camundongos com Mal de Alzheimer. A camada de células ganglionares da retina foi reduzida à metade de seu tamanho e a camada nuclear interna diminuiu em mais de um terço.
"Nossa descoberta sugere uma nova compreensão do processo da doença em seres humanos e pode levar a novas formas de diagnosticar ou prever a doença de Alzheimer que poderiam ser tão simples como um exame de vista", explicou Turner.

Não-invasivo

Turner acrescentou que, eventualmente, os tratamentos desenvolvidos para frear a progressão do Mal de Alzheimer também poderiam ser usados para tratar o glaucoma.
"Esperamos que isso se traduza em pacientes humanos e suspeitamos que o afinamento da retina, assim como o afinamento cortical, ocorre muito antes do início do processo de demência", disse Tuner à BBC News.
"Porém, estudos em humanos ainda são necessários para comprovar nossa tese. O problema é que os biomarcadores principais da doença de Alzheimer são muito caros ou invasivos. Já um exame minucioso da espessura da retina – por tomografia de coerência ótica – seria um procedimento barato e não-invasivo".
A causa do Mal de Alzheimer , uma das principais causadoras da demência, ainda é desconhecida.
Apesar de ainda não haver cura, médicos acreditam que o tratamento precoce do Alzheimer é a maneira mais eficaz para evitar a perda de memória, seu principal sintoma.
Para Laura Phipps, do Alzheimer Research UK, centro de pesquisa para a doença baseado no Reino Unido, há cada vez mais evidências ligando a perda de células da retina ao Mal de Alzheimer.
"Diagnosticar a doença de Alzheimer com precisão pode ser uma tarefa difícil. Por isso, é vital para continuar investindo em pesquisa para melhorar os métodos de diagnóstico", afirmou Phipps.

Fonte:
BBC

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Jovem usa máquina feita pelo pai para aprender a andar em Santa Isabel

Hugo usa a máquina pela quarta vez (Foto: Carolina Paes/ G1)
 Uma máquina de 2 metros de altura e cerca de 40 quilos ganhou lugar especial na casa do ambulante José Dimas da Silva, em Santa Isabel (SP). Para recebê-la foi preciso mudar os hábitos da família: onde antes era a sala virou quarto e vice-versa. “Foi bom ganhar um quarto novo. Aqui é mais bonito, arejado e me deixa mais perto da máquina”, diz o estudante Hugo Aparecido da Silva. Finalmente, um ano após o pai de Hugo, José Dimas, decidir criar uma máquina que ajudasse o filho a andar, o equipamento começou a ser usado pelo jovem de 16 anos.
Hugo nunca andou sozinho. Uma experiência que desde o começo de novembro está chegando cada vez mais perto de ser realizada. “Estou andando pela quarta vez já”, dá risada o estudante. “Nunca fiz isso. É gostoso e diferente, mas muito bom. Quero mais. Não imaginava que andar mexia todas essas partes”.  Aos 11 meses a família descobriu em Hugo uma paralisia cerebral, que afetou a parte motora dos membros inferiores do adolescente.
A ideia do simulador veio depois que o pai dele encontrou na internet um equipamento  feito na Argentina. Segundo José Dimas, um mecânico fez uma máquina parecida para o filho. Ele tentou comprar, mas custaria US$ 30 mil. Apesar de não ter habilidades práticas, o pai de Santa Isabel, tinha o mesmo combustível que o pai argentino: o desejo de ver o filho caminhando. Depois de alguns meses de trabalho, de investir R$ 2,5 mil e de contar com a ajuda de amigos, Dimas esperou ansioso para que o filho pudesse usar o aparelho.
O uso do equipamento só foi liberado depois que Hugo se recuperou de uma cirurgia feita no joelho, em julho deste ano. Só então as sessões de fisioterapia voltaram e o simulador pode ser testado.
O fisioterapeuta que acompanha Hugo, Silvio Massaki Igarasi, se impressionou com a história. “Nunca tinha visto algo assim sendo usado para caso de paralisia, em que não se tem uma resposta muscular. Foi a primeira vez. Normalmente usamos esse tipo de máquina em atletas para dar mais mobilidade. Não imaginava que alguém poderia fazer um estímulo mecânico e usar um motor para fazer a função do cérebro. Achei muito interessante”, diz.

Dimas não sai nem um só minuto do lado do filho durante fisioterapia (Foto: Carolina Paes/ G1) 
Dimas não sai nem um só minuto do lado do filho
durante fisioterapia (Foto: Carolina Paes/ G1)

Movimentando as pernas
O G1 acompanhou uma sessão e pode comprovar os efeitos do "cérebro mecânico" criado pelo pai, que tem apenas um sonho: ver o filho andar. “Com ela meu filho fez algo que nunca tinha feito na vida e isso que é importante. Já é um sonho realizado, o que vier é lucro. Estamos muito animados”, diz Dimas.
Já foram 15 sessões de fisioterapia, mas apenas há quatro o estudante tem usado o simulador. Além de ter que fazer alguns ajustes no equipamento, como a colocação de fivelas nas costas e pernas para dar mais segurança e conforto para Hugo, foi preciso cuidar de alguns detalhes antes de estrear a máquina. “O uso dela atrasou em um mês, pois tivemos que curar algumas feridas no corpo por ele ter ficado muito tempo deitado no pós-operatório. Além disso tivemos que fazer com que os joelhos dele dobrassem de novo com exercícios manuais”, explica o fisioterapeuta.
Desde que inventou o simulador, Dimas tinha receio do equipamento não ser aprovado. Um medo que dia a dia foi ficando cada vez mais distante. “Estava com medo dos médicos recusarem, mas toda a equipe olhou a foto que levei no dia da consulta e gostou. Ai você fica aliviado e contente. Depois disso minha esperança na máquina aumentou mais. Por alguns minutos achei que não iam aprovar”, lembra. A opinião do fisioterapeuta só confirmou as expectativas do ambulante. “Quando as sessões começaram aqui em casa perguntei para ele o que precisávamos para melhorar o Hugo. Ele respondeu muita caminhada. Ai mostrei a máquina.”
E em pouco tempo de uso todo o esforço já vem dando resultado. Hugo vem correspondendo bem ao tratamento sem dores na perna e com alguns efeitos positivos. “Nas últimas vezes ele está sentindo as pernas formingando, o que no caso dele é um sinal de que os nervos estão melhorando a sensibilidade. Depois disso vem o estímulo motor e a contração muscular. Ai estamos perto para ele conseguir andar”, diz Igarasi.
O fisioterapeuta ainda explica que tudo isso também depende das respostas do organismo e dos estímulos. É preciso muita persistência. “Tratar o Hugo é bom porque ele é um paciente motivado que tem força de vontade e procura sempre te ajudar quando precisamos dar uma reposta positiva. Além de tudo, ele tem força para vencer mais essa etapa da paralisia cerebral que é bem complicada. Nem todos os pacientes têm essas respostas que ele está tendo. Ele tem bons resultados apesar da doença  e chances de um dia andar sem muleta, mas é preciso muito estímulo. Não temos certeza que ele vai ter toda a recuperação que esperamos, mas depende da persistência”, afirma o fisioterapeuta.
De acordo com Igarasi isso deve acontecer pelo estímulo que a máquina causa na articulação do tornozelo, do joelho e do quadril. “Apenas com exercício manual não conseguimos isso. O estímulo da máquina é contínuo e ajuda na contração da musculatura. Esperamos então desenvolver mais a área motora do cérebro dele para desenvolver a marcha”, explica.
Mas para o pai essa resposta do corpo já é a faísca necessária para ele não parar. “ A resposta foi boa. Fico feliz. O formigamento é bom porque é um sinal que está mexendo algo lá. Está dando certo então”, afirma o ambulante.
Bem calmo e tranquilo, diferentemente do pai agitado, Hugo revela sua opinião sobre a nova 'queridinha da família'. “ Eu gostei de usar. Gosto de ficar nela. No começo tinha medo de cair”, desabafa. “Mas depois criei coragem e fui. A vontade de melhorar é maior. Quero sair da cama e devo isso a meu pai também. A sensação das pernas mexendo sozinhas, como se estivesse andando, é gostoso”.

Dimas e o filho orgulhosos dos resultados da máquina (Foto: Carolina Paes/ G1) 
Dimas e o filho orgulhosos dos resultados da máquina (Foto: Carolina Paes/ G1)

Liberdade
Três vezes na semana, de 20 a 30 minutos. Esse é o tempo permitido para Hugo usar o simulador.  A velocidade, segundo o fisioterapeuta, é baixa, de menos de 10 km/h. As sessões de fisioterapia começam sempre com a movimentação dos joelhos e um alongamento.
Mas apesar da máquina ser grande e cheia de cabos, botões, travas de segurança, guindaste e fivelas, Hugo não a larga por nada. “Eu gosto de andar nela e só não gosto quando tenho que sair. Quero sempre ficar mais”, diz. “Com ela, tenho a sensação de liberdade também porque ali estou caminhando sem as muletas. O Silvio pede que na hora que estou nela me imagine andando de verdade. Ai nessa hora penso que estou caminhando sozinho pela cidade. É um incetivo para ir mais rápido. Hoje acredito que isso possa ser possível mesmo e cada vez mais me orgulho do meu pai”, afirma Hugo.
E como não poderia deixar de ser, o ambulante, mecânico, pai, ganha mais uma função. Dessa vez ele vira assistente de fisioterapia e não para um só minuto. Mexe daqui. Levanta dali. Questiona o profissional. Anima o filho e olha para o canto da casa com a certeza de que os passos reais de Hugo não estão distantes de serem vistos. “Sofremos juntos e em cada vitória estamos unidos também. O que importa é ver o Hugo feliz e caminhando. Sei que isso não está longe e não posso parar.”

Fonte: G1


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Aulas de música na infância têm efeito duradouro para a mente

Os adultos que costumavam tocar algum instrumento na infância, mesmo que não façam mais isso há décadas, respondem mais rápido aos sons da fala, diz pesquisa. E quanto mais tempo praticando, mais rápido o cérebro fica.
A revista “The Journal of Neuroscience”, publicada semanalmente pela Sociedade de Neurociência, observou 44 pessoas entre 50 e 70 anos. Os voluntários ouviram uma sílaba da fala sintetizada, “da”, e enquanto isso os pesquisadores observavam a área do cérebro com processos de informação do som, o tronco encefálico.
Apesar de nenhum dos participantes terem tocado algum instrumento nos últimos 40 anos, os que estudaram música por um período entre 4 e 14 anos, começando na infância, responderam mais rápido aos sons do que os que nunca estudaram música.
Habilidades duradouras
Quando as pessoas crescem geralmente elas experimentam mudanças no cérebro que comprometem a audição. Por exemplo, a mente dos mais idosos demoram mais para responder a mudanças rápidas de sons, o que é importante para interpretar falas.
Pode ser que aprender a tocar um instrumento musical ainda na infância causa alterações na mente que não mudam mais ao longo da vida. Ou, de algum jeito a música clássica prepara a mente para o futuro aprendizado auditivo, dizem os pesquisadores.
Outra pesquisa da mesma equipe descobriu que os adultos mais jovens seriam melhores ouvintes se eles tivessem estudado algum instrumento quando criança. Os especialistas também acreditam que o treino musical, com ênfase nas habilidades de ritmo, exercitam o sistema auditivo.
Mas esses estudos são relativamente pequenos e não podem dizer com certeza se é apenas o treino musical que vai estimular esses efeitos. Mas é indiscutível que as crianças que tem a possibilidade de aprender a tocar instrumentos, o que pode ser bastante caro, talvez façam parte de uma parcela privilegiada da população e isso pode ser uma influência.
Comentando a pesquisa, Michael Kilgard, da Universidade do Texas, e que não estava envolvido nos estudos, disse que ser um milissegundo mais rápido pode não parecer muito, mas que o cérebro é muito sensitivo ao tempo e um milissegundo somado agravado sobre milhares de neurônios pode sim fazer diferença na vida dos adultos com idade avançada.
Fonte:  Redação Pais & Filhos

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Tradutor de linguagem de sinais dá nova voz aos surdos

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Até o momento, a melhor forma de preencher a lacuna de comunicação entre as pessoas surdas e as que podem ouvir era a linguagem de sinais. Agora, um novo tradutor dessa linguagem gestual, que converte os sinais para a língua falada e escrita – e vice-versa – pode abrir um novo leque de possibilidades para as cerca de 360 milhões de pessoas com deficiência auditiva em todo o mundo – e até para quem não entende a linguagem dos sinais.
Desenvolvido por uma equipe de pesquisadores chineses, o tradutor usa um computador e uma câmera Kinect que reconhece gestos para fornecer aos não-surdos uma tradução falada e escrita em inglês e mandarim. Inversamente, o sistema converte as palavras proferidas por uma pessoa não-surda em sinais precisos, executados por um avatar na tela.
Segundo os pesquisadores, o tradutor é um protótipo eficiente e de baixo custo, que funciona em tempo real. Neste vídeo, os desenvolvedores preveem diversos usos para a nova tecnologia, como consultórios médicos e quiosques de aeroportos, que poderiam proporcionar aos surdos novas oportunidades de emprego e interação.
Em um esforço para ajustar os algoritmos do tradutor e coletar dados, um grupo de professores e estudantes da Universidade Union de Pequim aderiu ao projeto. Segundo o site Phys.org , uma jovem chamada Dandan Yin contou aos pesquisadores que o projeto realizou seu sonho de infância “ao criar uma máquina para as pessoas com deficiência auditiva”.
Além da universidade, a Microsoft Research Connections, a Academia Chinesa de Ciências e a Microsoft Research Asia fizeram contribuições fundamentais ao projeto.

Fonte: Nic Halverson
Discovery Notícias

Sete sinais de que o seu filho pode ter dislexia

Crianças com dificuldade de aprendizagem na escola podem ser vistas por pais e professores como desinteressadas e desleixadas. Mas as notas vermelhas talvez sejam sinal de dislexia, distúrbio que afeta a capacidade de ler e escrever. A condição afeta cerca de 5% da população brasileira, segundo o Instituto ABCD, organização social voltada a jovens com dislexia e outros problemas de aprendizagem.
Não há cura para a dislexia, que se manisfesta por herança genética e não se relaciona com distúrbios psicológicos. O tratamento, feito com fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos, costuma garantir uma vida normal aos portadores do transtorno. "A leitura e a escrita vão exigir esforço constante, mas a criança pode seguir sua vida escolar sem problemas", afirma Carolina Piza, pesquisadora e neuropsicóloga do Núcleo de Atendimento Infantil Interdisciplinar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "O desenvolvimento intelectual e a capacidade de comunicação não são afetados."
A neuropsicóloga explica que o diagnóstico de uma criança disléxica pode ser feito apenas a partir da alfabetização, quando um professor percebe que a evolução do aluno está aquém da esperada. Mesmo assim, é necessário que a criança seja submetida à análise de professores, psicólogos e fonoaudiólogos para diferenciar se ela tem dificuldades pontuais ou é disléxica.

Confira sete sinais de que seu filho pode ser disléxico: 
1.Leitura lenta e pouco fluente: Crianças com dislexia costumam demorar mais para ler do que aquelas sem o distúrbio. Isso porque elas têm dificuldade em identificar palavras e associá-las a seus sentidos. Sua leitura em voz alta costuma ser menos fluente do que a das outras crianças da mesma idade escolar.
2.Erros Ortográficos: A dislexia prejudica a consciência fonográfica, isto é, a habilidade de discriminar sons parecidos. Por isso, letras com pronúncias semelhantes, como V e F ou B e D, costumam ser trocadas na escrita, ocasionando erros ortográficos. Crianças disléxicas também têm dificuldade de memorizar regras de ortografia e até de juntar duas letras para formar uma sílaba simples.
3.Demora na construção de frases:  Pela dificuldade de formar palavras e atribuir significados a elas, os portadores do distúrbio costumam apresentar lentidão para construir frases. Muitas vezes, as sentenças têm sentido, mas são gramaticalmente incorretas, como "eu era com sono".
4.Dificuldade em seguir ordens longas: A memória operacional é conhecida popularmente como memória de curto prazo. É ela que acessamos ao anotar um número de telefone antes de esquecê-lo ou ao realizar operações matemáticas. A dislexia afeta essa memória. Por isso, ordens longas – como abrir um determinado livro em uma determinada página e fazer um determinado exercício – são um desafio para os disléxicos.
5.Escrita espelhada: Escrever palavras de trás para a frente, como se o texto tivesse sido colocado diante de um espelho, pode ser um sinal do distúrbio. A escrita espelhada decorre da dificuldade na formação de palavras e no aprendizado do alfabeto, presente nos disléxicos em idade escolar.
6.Falta de concentração: Disléxicos podem ter problemas de se concentrar em atividades que exijam atenção, como quebra-cabeças e jogos dos sete erros. O déficit de atenção se manifesta também na escola, durante as aulas.
7. Dificuldades com noções de tempo e espaço: Crianças disléxicas demoram mais do que as outras para adquirir noções temporais e espaciais, assim como a dominância de lados e os conceitos de direita e esquerda. Elas podem confundir “ontem e hoje” ou “acima e abaixo”.


Fonte: Revista Veja - Mariana Janjacomo

Homem com paralisia cerebral conta sua história

Ser portador de paralisia cerebral é sentença para se levar a vida completamente dependente dos outros e sem conquistas próprias. Certo? Errado! Para o contador Mauro Sérgio Langowski, de 37 anos, a afirmação é totalmente falsa e prova isto contando sua história de vida. Ele não só estudou, conquistou sua casa própria e se formou bacharel em Ciências Contábeis, como ganhou o 2.º lugar num prêmio científico do Conselho Estadual de Contabilidade.
Mauro tem paralisia cerebral de nascença, por problema no parto. Ele conta que viveu até os 21 anos em casa, numa colônia polonesa em Colombo, sob os cuidados da família, até que conheceu um grupo de amigos portadores de deficiência. Os amigos lhe mostraram que a vida de uma pessoa especial pode ter novos horizontes e o estimularam a estudar. Através de curso supletivo, fez os ensinos fundamental e médio e, no dia que pegou o diploma, já tinha sido aprovado no vestibular da Facinter para o curso de Ciências Contábeis. Fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e conseguiu bolsa de estudos para custear a faculdade.
Por causa da deficiência, Mauro tem problemas na fala e anda de cadeira de rodas. Mas recebeu o apoio e o carinho de muita gente. Fez trabalhos e provas orais e, depois de quatro anos e meio de muita batalha, se formou com louvor no dia 30 de abril. Tirou nota 9,6 no seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o que levou a coordenadora do curso, Viviane da Costa Freitag, a inscrever o trabalho num prêmio anual do Conselho Estadual de Contabilidade. O trabalho ficou
tão bom que Mauro ficou entre os 20 finalistas e conquistou o segundo lugar.

Dificuldades
Mauro nunca andou e depende de cadeira de rodas para se locomover. Na época em que ainda fazia faculdade, apesar de já ter comprado sua casa no Tatuquara, teve dificuldades para andar pelas ruas esburacadas e sem asfalto, o que resultou na quebra de algumas cadeiras. Para evitar o deslocamento tão longo e os consertos e compras de novas cadeiras, conseguiu um quarto na Casa do Estudante Universitário (CEU), onde morou até o final do curso universitário.
Mauro se orgulha em fazer quase tudo sozinho. As poucas coisas que ele não consegue fazer são comer sozinho, escrever usando caneta e fazer a barba. “O resto eu faço tudo sozinho, sem a ajuda de ninguém”, disse o contador.

Fonte: