A menina, que tem Síndrome de Down, nasceu com a chamada Comunicação Interventricular (CIV). "O defeito gera um fluxo elevado de sangue nos pulmões provocando hipertensão arterial pulmonar, infecções respiratórias de repetição, baixo ganho de peso e baixa estatura", disse Pablo Tomé, médico e coordenador de Setor de Intervenções Congênitas do Incorpi, que foi responsável pela cirurgia realizada em fevereiro e divulgada nesta terça-feira (18).
A técnica utilizada foi a inserção de duas próteses de nitinol (liga
feita de níquel e titânio) por meio de cateteres que foram introduzidos
por orifícios na região da virilha da paciente. O nitinol tem
flexibilidade e memória térmica, o que permite que a prótese se deforme
para passar pelos cateteres e no coração, mas volte ao formato original
ao ser implantada nos orifícios cardíacos. O monitoramento foi feito por
raio X e ecocardiograma.
Além do tempo menor de recuperação, a técnica traz outras vantagens:
"A sensação dolorosa é menor, havendo também menor índice de
complicações pulmonares e de transfusões sanguíneas, quando comparadas à
cirurgia aberta convencional, além do bem-estar proporcionado para toda
família", explica Tomé.
O tratamento convencional dessa patologia é a cirurgia cardíaca,
com incisão no tórax do paciente, com visualização direta do
coração, parada cardiorrespiratória e circulação extracorpórea.
Tomé informou que o HFC é um dos poucos centros com capacidade técnica
para realizar o procedimento no país.
Fonte: UOL
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