quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Cientista cria orelha biônica impressa em 3D que dá super audição

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Quem nunca quis ter um super poder? Ou então uma mão ou braço biônico como visto em tantas obras de ficção-científica? Pode ser cedo para sonhar com isso, mas um cientista afirma ter criado a primeira prótese que dá ao usuário uma forma de habilidade sobre-humana.
O último projeto de Michael McAlpine (Ph.D. em Química pela Harvard) envolveu uma ideia considerada louca por seus colegas: em vez de conectar nanotubos em substratos flexíveis de plástico para melhorar a comunicação entre o corpo humano e aparelhos eletrônicos, que tal colocá-los diretamente no corpo?
O primeiro grande passo do projeto foi imprimir uma orelha sintética, criada usando uma bioimpressora 3D. A complexa estrutura biomecânica foi fabricada colocando células vivas e prata condutora em camadas. Logo, o que começou como uma exploração de propriedades materiais tornou-se aplicável de forma comercial: os implantes cocleares (o principal tratamento para portadores de deficiência auditiva) são feitos à mão, num longo e trabalhoso processo, cujo custo é altíssimo.
A ideia de McAlpine vai além de automatizar este processo. Sua idealização é criar super-humanos! “Reparar a audição perdida é um nobre objetivo, mas o que nós fizemos é uma espiral que recebe sinais eletromagnéticos e forma uma conexão direta com o seu cérebro.”
Normalmente, minúsculos pelos em nossas orelhas interpretam os sinais auditivos e os transformam em sinais elétricos que por sua vez são interpretados pelo cérebro. A inovação do cientista acaba com o intermediário acústico, enviando os sinais elétricos diretamente na medula. “Evoluímos em um mundo onde precisávamos ouvir leões. Mas hoje em dia, faz mais sentido que um dos nossos sentidos converse diretamente com o nosso cérebro, eletricamente.”
A orelha foi escolhida por ser simples e trazer o cenário perfeito para o teste. Ela combina o elétrico e o biológico, e não possui vasculatura – é pura cartilagem. O objetivo final é que implantes e próteses como essa, com resultado bioeletrônico, sejam completamente normais no futuro.

Fonte: Alexandre Ottoni & Deive Pazos
Discovery Notícias

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