terça-feira, 16 de novembro de 2010

A ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM BEBÊS DE ALTO RISCO SOB OS CONCEITOS BOBATH




Nos últimos 30 anos, grandes avanços na tecnologia médica e hospitalar contribuíram para um consistente declínio nos índices de mortalidade neonatal. Recém nascidos com 26 semanas de idade gestacional começaram a se tornar viáveis. Consequentemente, alguns bebês passaram a sobreviver em berçários, por um período de até 3 meses, durante os quais seu sistema nervoso tem de se desenvolver sob condições não fisiológicas e freqüentemente adversas, expostos a grandes riscos de agressões. (GHERPELLI, 1989)
Em decorrência desta evolução tem-se um maior número de bebês prematuros atendidos nas UTIs neonatais, sendo necessário que se pense não apenas na sobrevida das crianças, mas também no seu desenvolvimento mais próximo a normalidade. (TANAKA, 1996)
Portanto, após a alta hospitalar é importante que este bebê tenha um acompanhamento interdisciplinar ( Neuropediatria, Pediatria, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional), onde periodicamente são feitas avaliações para se detectar possíveis desvios em seu desenvolvimento sensório motor e de linguagem.
O Fonoaudiólogo é membro importante desta equipe e, para desenvolver seu trabalho da maneira mais precisa possível deve conhecer muito bem as etapas do desenvolvimento motor e de linguagem e deve fazer dos pais do bebê seus parceiros, principalmente quando denotada a necessidade de intervenção.
É necessário ressaltar que os pais de um bebê que possa vir a desenvolver uma condição como a Paralisia Cerebral, necessitam de tanto apoio quanto o próprio bebê, sendo também função desta equipe prepara-los para manusear seu filho, estabelecendo um bom vínculo que se refletirá visivelmente no desenvolvimento da criança.

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