Ouvir música em conjunto com um treinamento físico diário
foi um tratamento mais efetivo para a saúde cardíaca do que a realização
dos exercícios sem o acompanhamento musical
(Thinkstock)
Em sua pesquisa, a cientista avaliou os efeitos da música sobre a recuperação de 74 pacientes com doença arterial coronariana. Para isso, ela mediu o nível em seu sangue de marcadores que indicam a ação das células endoteliais e, portanto, a recuperação de seus vasos sanguíneos.
Os pacientes foram divididos em três grupos. Dez foram submetidos a um tratamento que envolvia a audição de suas músicas preferidas durante 30 minutos por dia, 33 passaram por um treinamento físico aeróbico diário, e outros 31 pacientes foram submetidos a um tratamento que combinava tanto os exercícios físicos quanto a audição de música.
Três semanas após o início do experimento, os pesquisadores perceberam que os marcadores analisados haviam aumentado sua concentração no sangue dos três grupos de pacientes. Os voluntários que obtiveram os melhores resultados — apresentando uma taxa de função endotelial significantemente maior que os outros — foram aqueles que combinaram o tratamento musical com os exercícios físicos.
Eles foram seguidos pelo grupo que utilizou apenas os exercícios físicos e, em último lugar, apareceu o grupo que se utilizou apenas da música em seu tratamento. "Os benefícios da música para a saúde vascular podem ter acontecido por causa das endorfinas liberadas pelo cérebro quando ouvimos as músicas que gostamos”, diz Ilic.
Segundo a pesquisadora, a audição de música pode ser usada em conjunto com os exercícios físicos para melhorar a função endotelial e ajudar na recuperação de pacientes com doenças coronárias. “Não há uma música ideal para todos; os pacientes devem escolher aquelas que aumentem suas emoções positivas e os deixem felizes e descontraídos."
DOENÇA CORONARIANA
Também chamada de coronariopatia, é uma frequente doença cardiovascular na qual o transporte que leva o sangue ao músculo cardíaco está bloqueado parcial ou completamente. É provocada pelo depósito de colesterol e outras gorduras nas paredes das artérias coronárias. Embora atinja os dois sexos, acomete os homens em geral dez anos mais cedo e, geralmente, acomete as mulheres após a menopausa. Idade avançada, pertencer ao sexo masculino, e ter histórico familiar na doença na família são alguns dos fatores de risco do problema, que também envolvem hábitos de vida, como tabagismo, má alimentação, sedentarismo e obesidade.
Fonte: Revista Veja
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