Existem cinco medicamentos antidepressivos aprovados pelo FDA (órgão que
fiscaliza alimentos e medicamentos nos Estados Unidos) para o
tratamento de transtornos obsessivo-compulsivos. Entretanto, às vezes
esses medicamentos são ineficazes e as normas médicas sugerem que o
tratamento inclua um antipsicótico. Cientistas agora descobriram que
talvez seja mais eficiente incluir a terapia cognitivo-comportamental
(TCC).
Os pesquisadores estudaram 100 pessoas com transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
que estavam tomando antidepressivos sem apresentar muitas melhoras. Os
participantes foram divididos em três grupos: 40 tomaram o antipsicótico
risperidona (cujo nome comercial é Risperdal), 20 receberam comprimidos
de placebo e 40 realizaram terapia de exposição e prevenção de rituais
(EPR) – um tipo de terapia cognitivo-comportamental – duas vezes por
semana durante oito semanas. Todos os participantes continuaram tomando
seus antidepressivos.
O estudo foi publicado online no periódico JAMA
Psychiatry e diversos autores possuem relações financeiras com empresas
farmacêuticas.
Com o uso de escalas e questionários devidamente
validados, os pesquisadores descobriram que 80 por cento dos pacientes
que realizaram a terapia de EPR apresentaram redução dos sintomas,
progresso no desempenho das atividades diárias e melhora da qualidade de
vida. Aproximadamente 23 por cento obtiveram melhoras após tomar
risperidona e 15 por cento melhoraram com o uso do placebo."Os pacientes com transtorno obsessivo compulsivo devem receber antes de tudo a ERP e os sintomas de alguns atingirão um grau mínimo", afirmou a Dra. Helen Blair Simpson, principal autora do estudo e professora de Psiquiatria da Universidade Columbia.
"Aqui temos uma notícia promissora", afirmou. "Existem bons tratamentos."
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