Imaginação e criatividade: uma "área de trabalho"
envolvendo diversas partes do cérebro é responsável por essa habilidade
humana
(Thinkstock)
Avanço tecnológico – Alguns estudiosos já teorizavam que a imaginação humana estaria relacionada a uma rede neural, mas havia uma grande dificuldade em encontrar evidências para isso. A descoberta trazida pela pesquisa só foi possível com o uso de novas técnicas de análise cerebral, que permitiram o estudo da atividade em rede. Com a tecnologia mais antiga, dificilmente seria possível identificar essa rede, uma vez que a análise era focada em uma atividade isolada, insensível à maneira como ocorre a distribuição de informações.
Pesquisa – Os pesquisadores pediram a quinze participantes que imaginassem formas visuais abstratas e as combinassem mentalmente em novas figuras, mais complexas, ou que as desmanchassem em partes menores. Ao medir a atividade cerebral dessas pessoas durante o estudo, os pesquisadores esperavam encontrar intensa atividade no córtex visual, região responsável pelo processamento de imagens. Porém, eles perceberam que doze regiões do cérebro estavam ativas, envolvidas com a manipulação de imagens, formando uma rede, que seria a “área de trabalho mental” prevista pelos especialistas.
“Nossas descobertas nos aproximam da compreensão de como a organização do nosso cérebro nos diferencia de outras espécies e fornece uma área interna tão rica para pensarmos de forma livre e criativa. Entender essas diferenças pode nos ajudar a entender de onde vem a criatividade humana e talvez até nos permitir recriar o mesmo processo criativo em máquinas”, afirma Alex Schlegel, principal autor da pesquisa, publicada nesta segunda feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
Fonte: Veja
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