Programa desenvolvido por cientistas ajuda a detectar com mais precisão os sinais do câncer de pulmão
(Thinkstock)
“Temos evidências de que o nosso modelo de calcular o risco pode prever com precisão quais são as anormalidades que aparecem na primeira tomografia e que requerem um acompanhamento — como uma biópsia ou cirurgia — e quais não”, explica Stephen Lam, um dos autores do estudo.
Modelo — O modelo de previsão do programa inclui uma calculadora de risco que avalia fatores como idade, sexo, histórico familiar e localização do nódulo, entre outras características. O estudo se apoiou ainda na tomodensitometria, uma técnica de geração de imagens médicas tridimensionais, auxiliada por computador.
“Reduzir o número de exames desnecessários e aumentar os trabalhos de diagnóstico rápido e intensivo em indivíduos com nódulos de alto risco são os principais objetivos do modelo”, afirma Martin Tammemagi, epidemiologista da Universidade de Brock e responsável pelo projeto.
Os cientistas testaram a ferramenta em uma população de quase 3.000 pessoas, incluindo atuais e ex-fumantes de 50 a 75 anos de idade, já submetidos a tomografias de baixa dosagem. O método desenvolvido pelos pesquisadores ajudou, em 94% dos casos, a determinar corretamente se o nódulo era ou não canceroso — o que os cientistas descreveram como uma “excelente exatidão de previsão”. Além disso, a tecnologia também ajudou a diagnosticar pequenos nódulos enganosos, medindo no máximo 10 milímetros, com exatidão.
Impacto — “Os modelos de previsão anteriores para nódulos de pulmão mostravam uma grande prevalência de câncer de pulmão, de 23% a 75%, em comparação com 5,5% no nosso estudo”, destacam os autores. Segundo Stephen Lam, o programa terá um impacto clínico imediato. “São ótimas notícias para todos, de pessoas com alto risco de desenvolver câncer de pulmão a radiologistas, médicos e cirurgiões torácicos”, conclui.
Fonte: Revista Veja
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